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A Visão 24:14

A Visão 24:14

– Por Stan Parks –

Em Mateus 24:14 Jesus prometeu: “E será pregado este evangelho do reino por todo o mundo, para testemunho a todas as ethnē (grupo de pessoas). Então, virá o fim."

A Visão da 24:14 é ver o evangelho compartilhado com todos os grupos de pessoas na Terra em nossa geração. Almejamos estar na geração que termina o que Jesus começou e pelo que outros obreiros fiéis antes de nós deram suas vidas. Sabemos que Jesus espera para voltar até que cada grupo de pessoas tenha uma oportunidade de responder ao evangelho e se tornar parte de Sua Noiva.

Reconhecemos que a melhor maneira de dar a cada grupo de pessoas esta oportunidade é ver a igreja começar e se multiplicar em seu grupo. Isto se torna a melhor esperança para que todos possam ouvir as Boas Novas, na medida em que os discípulos destas igrejas multiplicadoras estejam motivados a compartilhar o evangelho com cada um que for possível.

Estas igrejas multiplicadoras podem tornar-se o que chamamos de Movimento de Plantação de Igrejas (MPI). Um MPI é definido como a multiplicação de discípulos fazendo discípulos e líderes desenvolvendo líderes, resultando em igrejas nativas plantando igrejas que começam a se espalhar rapidamente por meio de um grupo de pessoas ou segmento populacional. 

A coalizão 24:14 não é uma organização. Somos uma comunidade de indivíduos, equipes, igrejas, organizações, redes e movimentos que se comprometeram em ver Movimentos de Plantação de Igrejas em cada povo e lugar não alcançado. Nosso objetivo inicial é ver engajamento efetivo de CPM em cada povo e lugar não-alcançado até 31 de dezembro de 2025.

Isto significa ter uma equipe (local, de fora ou mista) equipada em estratégia de movimento local em cada povo e lugar não alcançado até aquela data. Não fazemos afirmações sobre quando a tarefa da Grande Comissão estará concluída. Isso é responsabilidade de Deus. Ele determina o quão frutíferos serão os movimentos.

Empenhamo-nos na Visão 24:14 baseados em quatro valores:

  1. Alcançar o não alcançado, em linha com Mateus 24:14: levando o evangelho do Reino para cada povo e lugar não alcançado. 
  2. Cumprir isso por meio de Movimentos de Plantação de Igrejas, envolvendo discípulos, igrejas, líderes e movimentos que se multiplicam. 
  3. Agir com o senso de urgência de um tempo de guerra para engajar cada povo e lugar não alcançado com uma estratégia de movimento até o final de 2025. 
  4. Fazer essas coisas em colaboração com outros.

Nossa visão é ver o evangelho do Reino proclamado ao longo de todo o mundo como testemunho a todos os grupos de pessoas em nossa geração. Convidamos você a juntar-se a nós em oração e serviço para iniciar movimentos do reino em cada lugar e povo não alcançado.

 

 

Stan Parks Ph.D. serve na Coalizão 24:14 (Equipe de Facilitação), Beyond (VP de Estratégias Globais) e Ethne (Equipe de Liderança).  É instrutor e coach de uma variedade de Movimentos de Plantação de Igrejas globalmente e tem vivido e servido entre os não alcançados desde 1994.Este material apareceu pela primeira vez nas páginas 2-3 do livro 24:14 – Um Testemunho para Todos os Povos, disponível no site da 24:14 ou na Amazon.

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Fatos Brutais

Fatos Brutais

– Por Justin Long –

Pouco antes de ascender ao céu, Jesus deu a seus discípulos a tarefa à qual nos referimos como a Grande Comissão: “ide por todo o mundo”, fazendo discípulos de cada grupo de pessoas. Desde então, os cristãos têm sonhado com o dia em que esta tarefa seria concluída. Muitos de nós a conectamos com Mateus 24:14, a promessa de Jesus de que “este evangelho do Reino será pregado em todo o mundo como testemunho a todas as nações, e então virá o fim” (NVI). Embora possamos debater os significados precisos da passagem, tendemos a pensar que a tarefa será “concluída” e a conclusão está de alguma forma ligada ao “fim”.

Enquanto aguardamos ansiosamente o retorno de Cristo, devemos enfrentar os “fatos brutais”: se o Fim da Tarefa e o Retorno de Jesus se correlacionam de alguma forma, é provável que seu retorno ainda esteja distante. De acordo com muitos indicadores, o “fim da tarefa” está ficando mais distante de nós!

Como podemos medir “o fim da tarefa”? Duas possibilidades estão ligadas às Escrituras: uma medida de proclamação e uma medida de discipulado.

Como medida de discipulado, podemos tanto considerar o quanto do mundo afirma ser cristão como quanto do mundo poderia ser considerado um “discípulo ativo”.

O Centro de Estudos do Cristianismo Global (CSGC, na sigla em inglês) contabiliza cristãos de todos os tipos. Eles nos dizem que em 1900, 33% do mundo era cristão; em 2000, 33% do mundo era cristão. E em 2050, a menos que as coisas mudem drasticamente, o mundo ainda será 33% cristão! Uma igreja que só cresce no mesmo ritmo da população não está levando o evangelho para “todo o mundo como testemunho a todas as nações”.

E quanto aos “discípulos ativos”? Esta medida é muito mais difícil, já que não podemos conhecer realmente o “estado do coração”. Mas em O Futuro da Igreja Global, Patrick Johnstone estimou que os “evangélicos” representariam cerca de 6,9% da população mundial em 2010. Pesquisas mostram que o número de evangélicos está crescendo mais rapidamente do que a maioria dos outros segmentos do cristianismo, mas continua a ser um pequeno percentual do mundo.

O número de crentes não é, no entanto, a única medida para completar a tarefa. A “Proclamação”, como observado acima, é outra. Algumas pessoas ouvirão o evangelho e não o aceitarão. Três medidas de proclamação são amplamente utilizadas: não-evangelizado, não alcançado e não engajado. (A Missão Fronteiras analisou estas três medidas em profundidade na edição de janeiro-fevereiro de 2007: http://www.missionfrontiers.org/issue/article/which-peoples-need-priority-attention)

Não evangelizado é uma tentativa de medir quem não tem acesso ao evangelho: quem, realisticamente, não terá a chance de ouvir as boas novas e respondê-las ao longo da vida. O CSGC estima que 54% do mundo era não-evangelizado em 1900 e 28% é não-evangelizado hoje. Esta é uma boa notícia: o percentual do mundo sem acesso ao evangelho caiu significativamente. Entretanto, a má notícia: em 1900, a população total de pessoas não-evangelizadas era de 880 milhões. Hoje, devido ao crescimento da população, esse número subiu para 2,1 bilhões.

Enquanto o percentual de pessoas não evangelizadas foi cortado quase pela metade, o número total de pessoas sem acesso mais que dobrou. A tarefa remanescente cresceu em tamanho.

Não-alcançado é ligeiramente diferente: ele mede quais grupos não evangelizados não têm uma igreja local, nativa, que possa levar o evangelho ao grupo todo sem a ajuda de missionários transculturais. O Projeto Josué (Joshua Project) lista cerca de 7.000 grupos não alcançados, totalizando 3,15 bilhões de pessoas, o que representa 42% do mundo.

Finalmente, grupos não engajados são aqueles que não têm nenhum engajamento de uma equipe de plantação de igreja. Hoje, existem 1.510 grupos não engajados: o número vem diminuindo desde sua introdução em 1999 pelo IMB (International Mission Board). Este declínio é um bom sinal, mas significa que para os grupos “recém engajados”, o trabalho não está terminado; apenas acabou de começar! É muito mais fácil engajar um grupo com uma equipe de plantação de igrejas do que ver resultados duradouros.

O “fato brutal” é que, por qualquer uma destas medidas, nenhum de nossos esforços existentes alcançará todas as pessoas de todos os grupos logo. Há várias razões-chave para isso.

Primeiro, a maioria dos esforços cristãos vai para lugares onde a igreja está, ao invés de lugares onde ela não está. A maior parte do dinheiro dado às causas cristãs é gasto em nós mesmos e até a maior parte do dinheiro de missões é gasto em áreas majoritariamente cristãs. Para cada 100.000 dólares dos recursos pessoais, o cristão mediano doa 1 dólar para chegar aos não alcançados (0,00001%).

A distribuição das pessoas também reflete este desequilíbrio problemático. Apenas 3% dos missionários transculturais servem entre os não-alcançados. Se contarmos todos os obreiros cristãos servindo em tempo integral, apenas 0,37% servem os não-alcançados. Enviamos um missionário para cada 179.000 hindus, cada 260.000 budistas e cada 405.500 muçulmanos.

Segundo, a maioria dos cristãos está fora do contato com o mundo não-cristão: globalmente, 81% de todos os não-cristãos não conhecem pessoalmente um crente. Para os muçulmanos, hindus e budistas, isso sobe para 86%. No Oriente Médio e no Norte da África, o percentual é de 90%. Na Turquia e no Irã é de 93% e no Afeganistão 97% das pessoas não conhecem pessoalmente um cristão.

Terceiro, as igrejas que estamos mantendo existem em grande parte em lugares com crescimento populacional lento. A população global está crescendo mais rapidamente em lugares onde não estamos. O cristianismo permaneceu estático em 33% da população mundial de 1910 a 2010. Enquanto isso, o Islã cresceu de 12,6% da população mundial em 1910 para 15,6% em 1970 e para uma estimativa de 23,9% em 2020. Isto ocorreu em grande parte devido ao crescimento populacional das comunidades muçulmanas, e não à conversão. Mas o fato é que no último século o Islã quase dobrou como percentual do mundo e o percentual de cristãos permaneceu o mesmo.

Quarto, o mundo cristão está fragmentado e carece de unidade para trabalhar em conjunto para alcançar a Grande Comissão. Globalmente, estima-se que existam 41.000 denominações. O número de agências missionárias disparou de 600 em 1900 para 5.400 hoje. A falta geral de comunicação, e mais ainda de coordenação, é um fator que paralisa os esforços para fazer discípulos de todas as ethnē (etnias). 

Quinto, muitas igrejas, com frequência, não dão ênfase adequada ao discipulado, à obediência a Cristo e à vontade de segui-lo de todo o coração. O baixo comprometimento produz pouca reprodução e corre o risco de declinar ou implodir. Isto manifesta-se na perda de cristãos, aqueles que deixam a igreja. Em um ano mediano, 5 milhões de pessoas optam por se tornar cristãos, mas 13 milhões optam por deixar o cristianismo. Se as tendências atuais continuarem, de 2010-2050 40 milhões de pessoas mudarão para o cristianismo enquanto 106 milhões deixarão a igreja.

Sexto, não nos adaptamos estrategicamente à realidade de uma igreja global. Cristãos do hemisfério sul cresceram de 20% dos cristãos do mundo em 1910 para uma estimativa de 64,7% até 2020. No entanto, a cristãos do hemisfério norte ainda tem uma grande proporção da riqueza cristã. Devido ao etnocentrismo e a perspectivas estreitas, priorizamos o envio de pessoas de nossas próprias culturas como missionários. Continuamos usando a maior parte de nossos recursos para apoiar equipes de culturas distantes dedicadas a engajar grupos não-alcançados, em vez de priorizar e fornecer recursos adequados às equipes de cultura próxima para chegarem aos grupos vizinhos não-alcançados.

Sétimo, estamos perdendo espaço. Como resultado dos seis pontos anteriores e de outros fatores, há um número crescente tanto de pessoas perdidas em geral quanto de pessoas não alcançadas em particular. O número de pessoas perdidas no mundo cresceu de 3,2 bilhões de pessoas para 5 bilhões em 2015, enquanto aquelas sem acesso ao evangelho cresceu de 1,1 bilhão em 1985 para 2,2 bilhões em 2018.

Apesar de nosso desejo sincero de cumprir a Grande Comissão, a menos que mudemos a forma como “corremos a corrida”, as tendências atuais nos dizem que não temos nenhuma possibilidade de ver a linha de chegada em breve. Não poderemos fechar a lacuna de perda de forma gradativa. Precisamos enfrentar o fato brutal de que missões e plantação de igrejas, na mesma forma de sempre, não atingirão o objetivo

Precisamos de movimentos onde o número de novos crentes exceda a taxa de crescimento anual da população. Precisamos de igrejas multiplicando igrejas e movimentos multiplicando movimentos entre os não alcançados. Isto não é um sonho ou mera teoria. Deus está fazendo isso em alguns lugares. Há mais de 650 MPI (pelo menos quatro correntes distintas de igrejas consistentes de 4 ou mais gerações de igrejas plantadas) disseminados em cada continente. Há mais de 250 outros movimentos emergentes, que estão tendo a 2ª ou 3ª geração de igrejas plantadas.

Devemos prestar atenção ao que Deus está fazendo e estar dispostos a avaliar realisticamente nossos esforços para que possamos trocar estratégias minimamente frutíferas por estratégias altamente frutíferas.

 

 

(1) [1] Banco de Dados do Mundo Cristão, 2015, *Barrett e Johnson. 2001. “Tendências Cristãs Mundiais” p. 656, e [2] Atlas do Cristianismo Global 2009. Veja também: Deployment of Missionaries, Status global 2018
(2) ibid.
(3) http://www.gordonconwell.edu/ockenga/research/documents/ChristianityinitsGlobalContext.pdf
(4) http://www.ijfm.org/PDFs_IJFM/29_1_PDFs/IJFM_29_1-Johnson&Hickman.pdf
http://www.gordonconwell.edu/ockenga/research/documents/ChristianityinitsGlobalContext.pdf
5 http://www.ijfm.org/PDFs_IJFM/29_1_PDFs/IJFM_29_1-Johnson&Hickman.pdf
6 http://www.pewforum.org/2017/04/05/the-changing-global-religious-landscape/

Justin Long está envolvido na pesquisa de missões globais há 25 anos e atualmente atua como Diretor de Pesquisa Global para Beyond, onde edita o Índice de Movimento e a Pesquisa Distrital Global.

Este material constou das páginas 149-155 do livro 24:14 – Um Testemunho para Todos os Povos, disponível no site da 24:14 ou na Amazon, expandido de um artigo publicado originalmente na edição de janeiro-fevereiro de 2018 da Missão Fronteiras, www.missionfrontiers.org, pág. 14-16.

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Por que dar à colaboração

Por que dar à colaboração

– Por Chris McBride –

O mundo está mudando, e o poder das redes está chegando à maturidade. As redes sociais têm-nos mostrado numerosos exemplos do que ocorre quando muitos se empenham juntos no cumprimento de uma visão. 

24:14 oferece uma forma de os doadores ofertarem a uma rede dentro do corpo de Cristo, trabalhando juntos para realizar a Grande Comissão. Precisamos mais do que simplesmente dizer: “Vamos trabalhar juntos”. Exemplos recentes de colaboração bem sucedidos nos mostram alguns ingredientes essenciais.

Visão clara para Colaboração 

A Visão 24:14 é que cada grupo de pessoas em cada lugar do mundo tenha uma comunidade de crentes focada em multiplicar discípulos em um Movimento de Plantação de Igrejas. Este nível de clareza permite que crentes em todo o mundo contribuam para esta poderosa visão.

Mecanismos Claros para Colaboração 

Nossa comunidade 24:14 se apoia mutuamente por meio do compartilhamento de informações, recursos, treinamento, coaching, aprendizagem e encorajamento. Organizar e apoiar equipes regionais e sub-regionais colaborativas permite a ação em nível local. Não pretendemos avançar nenhuma agenda ou metodologia organizacional. Promovemos o sucesso de cada organização, igreja, equipe, movimento e rede em nossa comunidade.

Construindo Estrutura de Suporte para Colaboração 

As melhores práticas entre os esforços de colaboração renderam uma lição importante: colaboração exige muito trabalho. A maioria das igrejas, redes, agências e movimentos têm muita coisa em suas agendas. A colaboração pioneira muitas vezes exige um trabalho dedicado de uma terceira parte: uma ideia que chamamos de “espinha dorsal da colaboração”.

Não percebemos a espinha dorsal de uma pessoa quando a encontramos pela primeira vez, mas notaríamos se ela não tivesse uma! Uma espinha dorsal fornece a estrutura de apoio que permite que o resto do corpo funcione em conjunto. Uma espinha dorsal colaborativa funciona organizando os esforços que permitem que igrejas, redes, agências e movimentos operem em uníssono em direção a um objetivo comum.

Definindo os Objetivos da Colaboração 

A equipe de liderança da 24:14 estabeleceu nossa espinha dorsal com os seguintes objetivos:

  • Expandir o compromisso em orar e jejuar por movimentos de multiplicação de discípulos. 
  • Aprofundar o desenvolvimento de uma equipe de pesquisadores e o compartilhamento de dados que identifiquem de forma confiável as lacunas até o nível regional. 
  • Desenvolver uma Equipe de Estratégia Global de 32 regiões, organizada para documentar, avaliar e celebrar os planos de ação. 
  • Publicar comunicações regulares, incluindo conteúdo de blogs, livros, artigos de periódicos e postagens em mídias sociais.
  • Apoiar a Capacitação de Comunidades por Fases, facilitada por experientes mentores de movimento. 
  • Facilitar mais a polinização cruzada entre praticantes do movimento. 
  • Mobilizar recursos, apoiando uma coalizão de igrejas, fundações e doadores em projetos na lacuna da Grande Comissão. 

Acreditamos que a colaboração em torno da Grande Comissão é um dos melhores investimentos que um crente pode fazer. Ao considerar onde investir sua doação para o reino, por favor, considere, em espírito de oração, apoiar a colaboração que visa envolver todas as pessoas e lugares em um Movimento de Plantação de Igrejas.

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O Poder das Equipes Regionais

O Poder das Equipes Regionais

– Por Chris McBride –

Se eu não aprendi o poder da multiplicação na escola, provavelmente aprendi com a COVID-19.

A primeira metade de 2020 trouxe uma lição que os Movimentos de Plantação de Igrejas nos vêm apresentando há anos: a multiplicação enche uma área com um vírus… ou discípulos do Reino, de uma forma que a adição nunca pode! Comunidades em rede multiplicam o impacto porque dão poder a múltiplos líderes para obedecerem a Jesus pessoalmente. Quando líderes regionais guiados pelo Espírito, e que conhecem suas comunidades, começam a modelar a doação de liderança, o impacto viral logo se segue.

24:14 é uma comunidade colaborativa. Trabalhamos juntos em direção a uma visão comum: Engagar cada grupo de pessoas e cada lugar do mundo para multiplicar a formação de discípulos e a plantação de igrejas. Qual é a melhor maneira de fazermos isso em um mundo de povos e culturas diversas?

Esforços de colaboração do passado muitas vezes falharam porque implementaram uma abordagem de “mínimo denominador comum” para a colaboração. Muitas pessoas perseguiram diversas agendas em sua colaboração, e a inclusão em torno da visão ampla significou que os objetivos tinham que permanecer amplos. Como os objetivos eram frequentemente globais e generalizados, os participantes achavam difícil encontrar maneiras de contribuir de modo significativo para o objetivo maior.

As Equipes Regionais da 24:14 procuram aprender com as experiências passadas. Ao formar equipes em regiões com formação similar na área de linguística, cultural, de segurança e de religião dominante, tais equipes têm mais fatores em comum do que diferentes. Quando uma equipe regional é formada por líderes que fazem discípulos para iniciar movimentos de plantação de igrejas, eles têm um caminho claro para o sucesso. A equipe regional pode colaborar para preencher as lacunas na multiplicação da igreja, planejamento estratégico, oração e compartilhamento de recursos. Assim, muitos outros encontram encorajamento e apoio para trilhar esse caminho.

Equipes regionais possibilitam uma visão global para ser multiplicada em muitas regiões. Na medida em que essas equipes atuam com sucesso, incentivam a formação de comunidades colaborativas em nível de país, depois em nível de estado e a seguir em nível de município. Quando relacionamentos se formam e a confiança passa a ser construída, a energia começa a crescer, os perdidos são alcançados e as lacunas são preenchidas.

As equipes de liderança de cada região são formadas de acordo com os líderes de movimento de cada região. A maioria dos líderes regionais tem pastoreado movimentos grandes, que iniciaram novos trabalhos em outras áreas e têm caminhado com outros líderes globais durante anos. A rede de líderes regionais tem relacionamentos fortes e confiança mútua, crescendo ano após ano.

Nossa comunidade 24:14 trabalha em conjunto globalmente para apoiar uns aos outros. Conhecimento compartilhado, ferramentas compartilhadas, recursos compartilhados e experiências compartilhadas ajudam a rede a crescer de forma viral. O poder de nossa comunidade é distribuído por meio de nossas regiões… e, em última instância, por você.

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24:14 – A História

24:14 – A História

– Por Chris McBride –

Velhos Tesouros assim como Novos 

O início da década de 1990 foi um período bom para a igreja global. Trabalhamos muito e coisas animadoras ocorreram. A Cortina de Ferro tinha-se aberto e as pessoas estavam vindo para Cristo. 

Mas não estávamos chegando aos lugares mais difíceis de serem alcançados. Grupos inteiros de pessoas tinham gerações de almas entrando na eternidade sem Cristo. A população global estava crescendo rapidamente e a Igreja não estava acompanhando esse ritmo.

Então algo inesperado ocorreu. Avanços começaram a ocorrer quando mensageiros do evangelho começaram a lançar um novo olhar aos comandos originais de Cristo. Surpreendentes notícias vinham da Índia. Da China. Do Sudeste Asiático. Depois, da África: modelos simples e reprodutíveis, facilitando a multiplicação de discípulos. Discípulos fortalecidos, obedecendo a Jesus, fazendo discípulos e se reunindo em novas igrejas. Multiplicação exponencial dessas igrejas entre os perdidos. Um crescimento incrível como este aconteceu na igreja primitiva (como registrado no livro de Atos) e somente ocasionalmente na história da igreja (como o ministério de Patrick na Irlanda e o movimento Wesleyano primitivo). 

Um novo tesouro havia surgido da velha sabedoria.

O Espírito Sopra

Na medida em que a década inaugural dos anos 2000 avançava, mais e mais destes Movimentos de Plantação de Igrejas (MPI) surgiram. (MPI é um termo guarda-chuva que usamos para descrever movimentos de multiplicação de discípulos, que formam igrejas multiplicadoras). Em 2007, missiólogos estavam rastreando mais de 30 MPI. Em 2010, eles podiam contar mais de 60, muitos dos quais tinham começado de forma completamente independente uns dos outros. Em seguida, o número passou de 100. Enquanto a maioria dos movimentos continuava, alguns acabaram e os obreiros que buscavam movimentos que se multiplicam para alcançar os perdidos continuavam a aprender e a aumentar em número.

Como os movimentos continuavam a crescer em número e a se expandir em impacto, muitos líderes perceberam que este era o vento do Espírito soprando sobre os Movimentos de Plantação de Igrejas. Milhões de novos crentes estavam vindo para o Reino. Era hora de içar as velas.

Nasce uma Comunidade

Em 2017, nasceu a 24:14, na sequência de dois eventos internacionais onde se reuniram líderes globais de organizações missionárias, igrejas, redes e movimentos já comprometidos em chegar aos não alcançados por meio de Movimentos de Plantação de Igrejas – MPI. Nós nos deparamos com uma simples pergunta: 

“O que é necessário para orar e trabalhar juntos para iniciar movimentos do reino em cada povo e lugar não alcançado em nossa geração?”

​O Espírito Santo moveu os participantes da Summit 24:14 a buscarem humildemente um esforço unificado para engajar os não alcançados – especificamente por meio dos Movimentos de Plantação de Igrejas, com urgência sacrificial até 2025. Como resultado, lançamos uma coalizão global de organizações semelhantes, igrejas e crentes – conhecida como 24:14 – para ver esta visão de Deus cumprida.

Construindo Juntos

Desde 2017, temos refinado essa visão juntos: Cada povo em cada lugar com uma comunidade de crentes focalizada na multiplicação de discípulos de Jesus em um Movimento de Plantação de Igrejas. Cuidamos e trabalhamos para ver essa semente cair em boa terra e se multiplicar em uma colheita digna do Rei.

24:14 é uma comunidade colaborativa aberta, que serve àqueles que catalisam e apoiam Movimentos de Plantação de Igrejas. Não levantamos bandeiras organizacionais; trabalhamos em unidade colaborativa apenas a serviço de Jesus. 

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O Que É Necessário Para Cumprir a Grande Comissão?

O Que É Necessário Para Cumprir a Grande Comissão?

– Por Stan Parks –

Nas instruções finais a seus discípulos (Mateus 28:18-20), Jesus apresentou um plano maravilhoso para todos os seus discípulos – tanto os daquela época como os de agora.

Nas instruções finais a seus discípulos (Mateus 28:18-20), Jesus apresentou um plano maravilhoso para todos os seus discípulos – tanto os daquela época como os de agora. 

Nós vamos no Nome que tem toda a autoridade – no céu e na terra. Recebemos o poder do Espírito Santo enquanto vamos – às pessoas em nossa Jerusalém, Judéia, Samaria (“inimigos” próximos) e aos confins da terra. Jesus nos chama para fazermos discípulos de todas as ethnē, batizando-os em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo e ensinando-os a obedecer a tudo o que ele ordenou. E ele está sempre conosco.

O que é necessário para cumprir a Grande Comissão? Na tentativa de compreender a “tarefa remanescente”, usamos termos como “não alcançado”, “não-evangelizado”, “não engajado”, e “menos alcançado”.

Muitas vezes usamos estes termos de forma intercambiável. Isto pode ser bastante perigoso, pois não significam a mesma coisa e podemos não querer dizer a mesma coisa quando os usamos.

“Não Alcançado” foi originalmente definido em uma reunião de missiólogos, realizada em Chicago, logo após a ideia completa de povos não alcançados ter-se tornado popular. Foi definido como “um grupo de pessoas sem uma igreja que possa evangelizar o grupo até suas fronteiras sem ajuda transcultural”. 

“Não evangelizado”, como é geralmente usado, foi definido na Enciclopédia Cristã Mundial como uma equação matemática para estimar o número de pessoas dentro de um grupo de pessoas que teriam tido acesso ao evangelho pelo menos uma vez na vida. É uma quantificação do número de pessoas que têm acesso ao evangelho. Um grupo pode ser, por exemplo, 30% evangelizado, o que significa que os pesquisadores estimam que 30% já ouviram o evangelho e 70% não ouviram. Não é uma declaração sobre a qualidade da igreja local ou de sua capacidade para concluir a tarefa por conta própria. 

“Não engajado” foi criado pelo movimento Finishing the Task e definido como um grupo de pessoas sem uma equipe com uma estratégia de plantação de igrejas. Se um grupo de vários milhões de pessoas tem uma equipe de dois ou três que o “engajou” com uma estratégia de plantação da igreja, ele está “engajado” (mas quase certamente mal atendido). Finishing the Task mantém a lista de não engajados derivada de outras listas.

“Menos Alcançado” é um termo genérico que se refere ao núcleo da tarefa remanescente. Não tem uma definição específica, e é frequentemente usado quando não se deseja uma definição específica.

Qual é a tarefa?

O objetivo da 24:14 é ser parte da geração que cumpre a Grande Comissão. E pensamos que a melhor maneira de cumprir a Grande Comissão (fazer discípulos de cada grupo de pessoas) é por meio de movimentos do Reino em cada povo e lugar. 

Todos estes termos – não-evangelizados, não alcançados, não engajados, menos alcançados – são úteis de maneiras distintas. No entanto, podem ser confusos e até contraproducentes, dependendo de como são utilizados.

Queremos ver todos evangelizados, mas não apenas evangelizados. Em outras palavras, não é suficiente que todos ouçam o evangelho. Sabemos que serão feitos discípulos “de todas as nações, tribos, povos e línguas” (Apocalipse 7:9).

Queremos ver cada grupo de pessoas alcançado – tendo uma igreja forte o suficiente para evangelizar seu próprio povo. Mas isso não é tudo o que queremos. O Projeto Josué (Joshua Project) diz que um grupo alcançado tem 2% de cristãos evangélicos. Isto significa que eles estimam que aqueles 2% podem compartilhar a boa notícia com os 98% restantes. Este é um passo importante, mas não ficamos satisfeitos se apenas 2% de um povo se tornar seguidor de Jesus. 

Queremos ver todos os grupos engajados, mas não apenas engajados. Você gostaria que sua cidade de cinco ou dez milhões de pessoas tivesse apenas dois obreiros servindo para levar o evangelho?

A redação original da Grande Comissão deixa claro o único comando central nestes versos: fazer discípulos (mathēteusate). Não apenas discípulos individuais, mas discipulando ethnē – grupos étnicos inteiros. Os outros verbos (“ir”, “batizar”, “ensinar”) apoiam o comando principal – discipular todas as ethnē.

A palavra grega ethnos (singular de ethnē) é definida como “um corpo de pessoas unidas por parentesco, cultura e tradições comuns, nação, povo”.   Apocalipse 7:9 completa a imagem das ethnē (“nações”) que serão alcançadas, acrescentando mais três termos descritivos: tribos, povos e línguas – vários grupos com identidades comuns. 

A definição de grupo de pessoas de Lausanne 1982 diz: “Para fins de evangelização, um grupo de pessoas é o maior grupo dentro do qual o Evangelho pode ser difundido como um movimento de plantação de igrejas sem encontrar barreiras de compreensão ou aceitação”.

Como discipulamos toda uma nação, tribo, povo, língua?

Vemos um exemplo em Atos 19:10, que diz que todos os judeus e gregos da província da Ásia (15 milhões de pessoas!) “ouviram a palavra do Senhor” em dois anos. Em Romanos 15 (versículos 19-23), Paulo afirma que de Jerusalém até o Ilírico não havia mais lugar para seu trabalho pioneiro. Então, o que é necessário para cumprir a Grande Comissão? Certamente somente Deus pode determinar quando a Grande Comissão será finalmente “cumprida”. No entanto, o objetivo parece ser o de fazer discípulos de uma massa crítica de pessoas em cada ethnos, resultando em igrejas. Discípulos vivendo o reino de Deus – dentro e fora da igreja – transformando suas comunidades e trazendo continuamente mais pessoas para Seu reino.

Engajamento em Movimentos do Reino

É por isso que aqueles que firmaram o compromisso 24:14 se concentram em ver engajamentos em movimentos do reino. Reconhecemos que somente um movimento de multiplicação de discípulos, igrejas e líderes pode discipular inteiramente comunidades, grupos linguísticos, cidades e nações. 

Com muita frequência, em missões, perguntamos apenas: “O que eu posso fazer?” Em vez disso, precisamos perguntar: “O que deve ser feito?” para cumprirmos nossa parte na Grande Comissão.

Não podemos nos contentar em apenas dizer: “Irei e tentarei ganhar algumas pessoas para o Senhor e iniciar algumas igrejas”. Precisamos perguntar: “O que é preciso para ver este único ethnos ou estas várias ethnē discipulados”?

Em uma região desafiadora e não alcançada abrangendo vários países, uma equipe missionária serviu em muitos lugares e viu 220 igrejas serem iniciadas em três anos. Isto é muito bom, especialmente à luz de seus contextos difíceis e, algumas vezes, hostis. Mas esta equipe tinha a visão de ver a região inteira discipulada. 

A pergunta deles era: “O que é necessário para discipular nossa região nesta geração”? A resposta foi que um sólido começo (um começo – não um fim) exigiria 10.000 igrejas. Portanto, 220 igrejas em três anos não seriam suficientes!

Deus mostrou a eles que para alcançar sua região seriam necessárias múltiplas correntes de igrejas de rápida reprodução. Eles estavam dispostos a mudar tudo. Quando Deus enviou a eles treinadores de Movimento de Plantação de Igrejas, buscaram as Escrituras, oraram e fizeram algumas mudanças radicais. Até agora, Deus iniciou mais de 7.000 igrejas naquela região. 

Um pastor asiático havia plantado 12 igrejas em 14 anos. Isto foi bom, mas não estava mudando o status de perdidos em sua região. Deus deu a ele e a seus companheiros de trabalho uma visão para se integrarem em ver todo o Norte da Índia alcançado. Eles começaram o árduo trabalho de desaprender padrões tradicionais e aprender mais estratégias bíblicas. Hoje 36.000 igrejas foram iniciadas. E isso é apenas o começo daquilo para o qual Deus os chamou.

Em outra parte do mundo não alcançado, Deus iniciou uma enxurrada de movimentos entre um grupo linguístico que resultou no alcance de outros sete grupos linguísticos e de cinco megacidades. Eles viram de 10 a 13 milhões de pessoas batizadas em 25 anos. Todavia, os convertidos não representam o foco deles. Quando perguntado como ele se sente sobre esses milhões de novos crentes, um de seus líderes disse: “O meu foco não são os salvos, mas os que ainda não alcançamos – os milhões que ainda vivem na escuridão porque não fizemos o que precisa ser feito.”

Eles viram 10-13 milhões de pessoas serem batizadas em 25 anos, mas esse não é o foco deles. Quando perguntado como se sentia sobre esses milhões de novos crentes, um de seus líderes disse: “Eu não estou focado em todos os que foram salvos. Eu estou focado naqueles que falhamos em alcançar – os milhões que ainda vivem na escuridão porque não fizemos o que precisa ser feito”.  

Uma marca desses movimentos é que uma pessoa ou uma equipe de pessoas aceita uma visão do tamanho de Deus. Ver toda uma região de múltiplos países repleta do Reino de Deus. Ver um grupo inteiro de pessoas não alcançadas – de oito milhões, ou 14 milhões ou três milhões – serem alcançadas, de modo que todas tenham uma chance de responder ao evangelho. Eles perguntam: “O que deve acontecer?” e não “O que podemos fazer?”. Como resultado, eles se ajustam aos padrões de Deus e são preenchidos com Seu poder. Eles desempenham um papel em fazer nascer igrejas que se reproduzem, que começam a discipular e a transformar seus grupos.

O objetivo inicial da 24:14 no movimento de engajamentos em cada povo e lugar não alcançado não é a linha de chegada. É apenas uma linha de partida para cada povo e lugar (ou seja, os grupos de pessoas naquele lugar). Não podemos concluir a tarefa entre cada grupo até que a tarefa tenha sido iniciada entre todos os grupos.Para ver Movimentos do Reino em cada povo e lugar não podemos confiar apenas na escolha de estratégias e métodos. Precisamos estar prontos e comprometidos em buscar a mesma dinâmica que Deus deu à igreja primitiva. O que é necessário para ver o evangelho proclamado como um testemunho para todas as ethnē (Mateus 24:14)?

 

 

Stan Parks Ph.D. serve na Coalizão 24:14 (Equipe de Facilitação), Beyond (Vice Presidente de Estratégias Globais) e Ethne (Equipe de Liderança).  É instrutor e coach de uma variedade de MPI globalmente e tem vivido e servido entre os não alcançados desde 1994.

Este material apareceu pela primeira vez nas páginas 139-144, 147 do livro 24:14 – Um Testemunho para Todos os Povos, disponível no site da 24:14 ou na Amazon.

Os sete próximos parágrafos foram extraídos e editados de https://justinlong.org/2015/01/unreached-is-not-unevangelized-is-not-unengaged/. Consulte este artigo para obter mais informações sobre esses termos
Como descrito na “Visão 24:14”: 24:14 – Um Testemunho para Todos os Povos, pág. 2-3.
A Greek-English Lexicon of the New Testament and Other Early Christian Literature, terceira edição, 2000. Revisado e editado por Frederick William Danker, baseado em Walter Bauer e outras edições anteriores em inglês por W.F. Arndt, F.W. Gingrich, e F.W. Danker. Chicago e Londres: University of Chicago Press, pág. 276.
Não é fácil contar e documentar um número tão elevado; por isso um intervalo estimado