Nossa meta inicial em 1998 era de 200 grupos em um Povo Não Alcançado; essa era a visão: “Deus nos dê 200 grupos”. Quando eu disse isso, pensei: “Devo contar para alguém? Eles vão pensar que estou louco!” Isso porque nunca havia tido algum progresso por décadas, na verdade, por séculos. Mas agora, depois de começar a partir desse PNA, outros 75 PNAs têm muitos crentes nessa família de movimentos vinculados, entre os muçulmanos (exceto um PNA hindu). À medida que se espalha do nosso país para outros países, alguns comunistas de contexto budista estão sendo alcançados. Mas o foco maior está nos muçulmanos. Mesmo em países como Camboja, Vietnã e Tailândia, com minorias muçulmanas, focamos nos muçulmanos que vivem nesses países.

Isso está no DNA que cultivamos desde o primeiro dia. Cresce do senso individual de mordomia. Desde o início decidimos contar apenas muçulmanos em grupos, para manter nosso foco ali. Estamos em um país onde os muçulmanos são a maioria dominante, então recebemos convites para outros blocos onde há grande número de muçulmanos: Sul da Ásia, Sudeste Asiático, Oriente Médio, bloco turco e bloco da Ásia Central. E pergunto: “Se o Senhor está dando mais frutos em nosso país agora, mesmo que não seja a mesma variante do Islã de outros lugares, nossa história pode construir fé e aprimorar modelos de ministério para que outras equipes possam dar frutos em outros lugares?” Então tenho orientado pessoas no Oriente Médio, que chegaram aos movimentos. Também temos treinado pessoas em outras áreas que chegaram aos movimentos ou de movimentos emergentes entre os muçulmanos. Em alguns lugares, nos comprometemos com um período de três a cinco anos de coaching regular com pessoas selecionadas, que estão prontas para melhorar seu modelo, alinhando-se com as práticas frutíferas que descobrimos.

Fizemos muitos estudos etnográficos para adequar nosso modelo à cultura de um PNA. Fiz um estudo sobre o poder sociopolítico dos líderes islâmicos e meus parceiros nacionais puderam fazer muitas perguntas, como meus assistentes de pesquisa. Presumi que nosso modelo, desenvolvido para se adequar ao nosso contexto, poderia ter relevância apenas no grupo de pessoas não alcançadas que estávamos inicialmente tentando alcançar. Mas, então, nosso movimento se cruzou com outros povos não-alcançados. Descobrimos que nosso padrão de pesquisa profunda da cultura local e do contexto implantou o DNA da adequabilidade de contexto em nosso modelo. Essa flexibilidade nos permitiu ajustar-nos a diferentes contextos à medida que o evangelho se expandia. Ver isso me deu mais confiança para aceitar um convite para o Oriente Médio. Pude ver que estava funcionando em muitos contextos culturais diferentes. Depois, alguns dos participantes do treinamento que fizemos no Oriente Médio, que estavam começando a multiplicar pequenos grupos, se juntaram a mim para uma série de círculos de coaching pelo Zoom. Treinamos uns aos outros enquanto eles aprendiam as habilidades dos círculos de coaching. Depois de algum tempo, o fruto desses círculos de coaching ajudou a desenvolver dois movimentos. Isso aumentou minha confiança de que eu deveria usar parte de meu tempo para orientar e treinar fora de nosso país, ajudando outras equipes a implementarem as práticas frutíferas que Deus nos estava ensinando. 

Ficamos agradavelmente surpresos com a propagação do evangelho em mais lugares e grupos de pessoas em nosso país, e também felizes por podermos ajudar os ministérios a avançarem em seus frutos em outros países. Eu me belisco ao final de cada avaliação trimestral e digo: “Estou realmente neste sonho? Senhor, o que impede que ele se expanda para a próxima fase?” Quando olho para a história dos nossos últimos cinco anos antes da COVID, ele se multiplicou por 13 vezes. Isso me deixa muito empolgado com os próximos cinco anos. Continuamos perguntando: “Que obstáculos estão impedindo o crescimento? Como eles podem ser minimizados? Vamos continuar crescendo!”

Penso na parábola em Marcos 4:26-29, onde Jesus fala sobre o agricultor que vai dormir depois de plantar sua semente. Jesus diz: “Ele está dormindo e não sabe como, mas a semente brota e cresce! Ela cresce sozinha!” Foi assim que me senti muitas vezes. Isso não significa que você não deve plantar sua semente com diligência, da melhor maneira possível. Mas também há uma sensação de que depois de terminar um dia de trabalho e deitar a cabeça no travesseiro, você pode simplesmente dormir, porque Deus está trabalhando e vai levar o fruto do evangelho adiante por meio de outras pessoas.

Desde 2008, quando multiplicamos mais de 50 grupos, comecei a escrever artigos após cada retiro trimestral. (Temos três dias de retiros trimestrais com os catalisadores do movimento local, e geralmente escrevo três ou quatro artigos com base em nossas discussões, nesses 14 anos. São muitos artigos!) E me pediram para dar muitos cursos para bacharelado e mestrado e para programas de doutorado. Então, tenho muitos cursos sobre tópicos bíblicos, missionários e de liderança relacionados a movimentos. Separei esses artigos em um conjunto de 12 livros em desenvolvimento. Escrevi parcialmente cada livro, e três livros estão terminados até agora. Estão disponíveis em um site: www.focusonfruit.org. Se você quiser se aprofundar nisso, pode baixar os livros digitais que foram concluídos até agora. Escrevemos primeiro em nosso idioma nacional com base em nossos longos diálogos com líderes de campo. Digito enquanto os catalisadores de movimento discutem o que estão aprendendo. É um processo bastante longo: checar novamente, fazer checagem cruzada, certificar-se de que temos triangulação de diferentes plantadores de igrejas em diferentes populações e ambientes antes de nos tornarmos confiantes de que uma prática frutífera surgiu. Um de nossos livros completos é sobre práticas frutíferas, outro é sobre as habilidades essenciais que os catalisadores frutíferos treinam repetidamente com seus líderes e são reproduzidos através das gerações de grupos. Outros livros são ferramentas bíblicas que os líderes de grupos multiplicadores de crentes estão usando.