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Pequenos Grupos que têm o DNA de Movimento de Fazedores de Discípulos – Parte 1

Pequenos Grupos que têm o DNA de Movimento de Fazedores de Discípulos – Parte 1

Por Paul Watson –

Grupos, e o processo do grupo, são um elemento estratégico de nossa estratégia para plantar o evangelho em todo o mundo. Subestimar o poder dos grupos e a importância do processo grupal é um dos maiores erros que um plantador do evangelho pode cometer.

Grupos de Discipulado

Use agrupamentos existentes. Há muitos benefícios em se engajar a grupos existentes em vez de iniciar grupos que são compostos de pessoas de diferentes grupos.  Um deles é que ao se engajar a grupos existentes, você reduz muitas barreiras culturais que retardam (ou interrompem) o processo de grupo. As famílias têm estruturas de autoridade já existentes. Grupos de afinidade bem estabelecidos já têm líderes e seguidores. Dito isso, os grupos ainda precisam ser discipulados. Em outras palavras, precisam ser ensinados como estudar a Bíblia juntos, como descobrir o que Deus diz através de Sua Palavra, como mudar suas vidas para obedecer à Palavra de Deus e como compartilhar passagens bíblicas com amigos e familiares. Veja aqui como estabelecer um DNA de grupo saudável.

Estabeleça logo o DNA. Os grupos estabelecem os hábitos e o DNA para reuniões muito rapidamente – até a terceira ou quarta reunião. Os grupos são muito resistentes a mudanças depois que tenham estabelecido seu padrão de reunião. Consequentemente, o DNA do grupo deve ser estabelecido durante sua primeira reunião com o grupo.

Estabeleça o DNA por meio da ação. Você não pode dizer às pessoas qual DNA elas precisam ter. Você tem que levá-las a fazer coisas ou a pensar sobre as coisas de uma maneira que as leve a construir hábitos. Esses hábitos se transformam em DNA. Se você estabelecer o DNA – por meio de ação, não de instruções – então os grupos replicarão esse DNA naturalmente dentro de seus celeiros e em celeiros sobrepostos. Falaremos mais sobre isto na seção Processo de Grupo.

Estabeleça o DNA por meio da repetição. O DNA do grupo é produto do que se faz, e se faz com frequência. Você não pode fazer algo uma ou duas vezes e esperar que ele se transforme em DNA.

Estabeleça o DNA certo. Há um DNA mínimo necessário para que os grupos se reproduzam após a primeira geração. Vamos dar uma olhada em cada elemento.

De que DNA você precisa para grupos que se multiplicam e se tornam igrejas que se reproduzem?

Oração

Assim como a oração é um elemento essencial dos movimentos, a oração é também um elemento crítico dos grupos. Desde a primeira reunião, incorporamos a oração no processo de grupo. Lembre-se, nunca pedimos às pessoas perdidas que baixem a cabeça e orem. Não explicamos o que é a oração. Não temos uma palestra sobre o fato de essa ser uma parte importante do DNA do grupo. Em vez disso, introduzimos uma simples pergunta: “Pelo que você está grato hoje?”. Cada pessoa do grupo compartilha. Mais tarde, depois que eles escolhem seguir a Cristo, dizemos: “Você se lembra como abrimos cada reunião com a pergunta: ‘Pelo que você está grato?’ Agora, como seguidores de Cristo, falamos com Deus da mesma maneira. Vamos dizer a Ele pelo que estamos agradecidos?”.

Intercessão

Toda intercessão é oração, mas nem toda oração é intercessão. É por isso que separamos intercessão e oração como partes do DNA dos grupos que se reproduzem. A intercessão envolve compartilhar preocupações e tensões pessoais, assim como as preocupações e tensões de outros. Uma simples pergunta, “Que coisas têm estressado você nessa semana?”, introduz este elemento de DNA a grupos de pessoas perdidas. Mais uma vez, cada pessoa compartilha. Depois que o grupo se torna um grupo batizado de crentes, dizemos: “Da mesma forma que vocês compartilharam coisas que estressaram uns com os outros, agora vocês podem compartilhar essas mesmas coisas com Deus. Vamos fazer isso agora.”

Ministério

David Watson define ministério como: “Deus usando Seu povo para responder às orações dos perdidos e dos salvos”. Como qualquer grupo – perdido ou salvo – compartilha necessidades, haverá um desejo do grupo de fazer a diferença. Tudo o que o grupo precisa é de um pequeno empurrão. Faça a pergunta: “Como compartilhamos coisas que nos estressaram, há alguma forma de podermos ajudar uns aos outros durante a próxima semana?” Continue com: “Você conhece alguém em sua comunidade que precisa de nossa ajuda?” Incorpore este DNA desde o início e você não terá que se preocupar em motivar o grupo a transformar sua comunidade quando eles se tornarem cristãos.

Evangelismo/Replicação

Você sabia que pessoas perdidas podem fazer evangelismo? Bem, elas podem se você mantiver isso simples o suficiente. Evangelismo, em sua essência, é compartilhar o evangelho com outra pessoa. Quando se trabalha com pessoas perdidas, elas não conhecem todo o evangelho. Isso é totalmente correto. Só queremos que elas compartilhem a história que acabaram de ouvir com alguém que não estava no grupo. Fazemos com que elas pensem assim com uma simples pergunta: “Quem você conhece que precisa ouvir essa história nessa semana?”

Se essa pessoa estiver interessada, em vez de trazê-la para o grupo existente, temos a primeira pessoa perdida a começar um grupo com eles, seus amigos e sua família. Assim, a primeira pessoa perdida experimenta o estudo em seu grupo original e depois replica o mesmo estudo no grupo que começou com seu amigo.

Tivemos grupos que começaram quatro outros grupos antes de o primeiro grupo se tornar um grupo de crentes batizados. Algumas semanas após o primeiro grupo ter sido batizado, os outros grupos chegaram a um lugar onde escolheram seguir a Cristo e foram batizados também.

Na parte 2 descreveremos elementos adicionais do DNA necessário para grupos que se multiplicam e se tornam igrejas que se reproduzem.

Paul fundou o Fazer Discípulos Contagioso (www.contagiousdisciplemaking.com) para construir uma comunidade para os Fazedores de Discípulos e orientá-los na aplicação dos princípios do Movimento de Fazedores de Discípulos nos EUA e no Canadá. É instrutor regular de Perspectivas do Movimento Cristão Mundial e é coautor de Fazer Discípulos Contagioso: Liderando Outros em uma Jornada Espiritual de Descoberta (tradução livre do título, ainda não disponível em português) com seu pai, David Watson.

Adaptado de um artigo da edição de novembro-dezembro de 2012 da Missão Fronteiras, www.missionfrontiers.org, pág. 22-24.

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Segurança em Intercessão pelos Não Alcançados: Guardar sigilo ou ser Sábio?

Segurança em Intercessão pelos Não Alcançados: Guardar sigilo ou ser Sábio?

Por Chuck Baker –

O Corpo de Cristo em todo o mundo quer saber como o Reino de Deus está avançando entre as nações. Os trabalhadores do Evangelho no campo querem que outros crentes estejam bem informados – para oração efetiva, para encorajamento e para encontrar parceiros. Às vezes estes bons objetivos só podem ser atingidos parcialmente, devido aos riscos muito reais de prejudicar ministérios ou trazer danos aos crentes locais ao compartilhar muitos detalhes. As informações que compartilhamos devem ser cuidadosamente restringidas, com base na necessidade de saber não para acumular segredos, mas para servir aos outros de forma sábia. Inúmeros ministérios entre os não-alcançados têm sido prejudicados pela publicação de relatos que trombeteavam um grande número de conversões em uma área ou grupo de pessoas de menor alcance. Outros foram prejudicados por compartilhar nomes e detalhes específicos com um parceiro de confiança, que depois os compartilhou com outra pessoa, que em seguida os compartilhou em um fórum acessado por inimigos do evangelho. Portanto, precisamos ser sábios como serpentes ao considerar quais informações compartilhar com quem.  

Ao mesmo tempo, não queremos que nossos limites para compartilhar informações bloqueiem a cooperação e a parceria. Os ministérios de campo fariam bem em estabelecer canais de comunicação confiáveis – tanto tecnicamente (como e-mail ou mensagens seguras), mas, mais importante ainda, com pessoas de confiança que saibam como compartilhar informações adequadamente. Os intercessores podem manter-se próximos aos padrões bíblicos de oração (como encontrado, por exemplo, nos Salmos, Efésios 1:15-23; 3:14-21; Filipenses 1:9-11 e Colossenses 1:9-12). Estes expressam material de oração atemporal, que não depende de detalhes específicos das várias situações. 

A intercessão efetiva não requer saber tudo o que é possível sobre ministérios e situações. Uma boa pergunta a ser considerada por todos nós seria: “Quanto eu realmente preciso saber ou compartilhar, a fim de obedecer a Cristo e servir Seus discípulos que vivem em perigo?” Nosso objetivo na guarda de informações não é a segurança perfeita, mas a redução de riscos desnecessários. Queremos deixar espaço para riscos muito necessários, assumidos de bom grado para trazer um testemunho em áreas perigosas, ainda não alcançadas com as Boas Novas de Cristo. 

Vemos valor na circulação de informações de grupos de pessoas como as que estão prontamente disponíveis no projeto Josué e em outras fontes públicas. A inclusão de algumas informações básicas sobre movimentos e como orar por movimentos também é muito útil. Ao mesmo tempo, recomendamos pensar cinco ou dez anos à frente, em um tempo em que os movimentos realmente acontecem em uma região específica e começamos a nos perguntar se já havíamos falado demais sobre lugares específicos ou chamado a atenção para um método específico de divulgação. Recomendamos a alguns filhos de Deus que se tornem mais cuidadosos nos detalhes que mencionamos nos guias de oração e naquilo que está em nossas listas de correio.

Aqui estão alguns pensamentos para ajudar a ajustar o material que compartilhamos para mobilizar a oração.

  1. Pode não haver mal algum em mencionar o número de crentes, mas em alguns casos, pode provocar problemas. Se os opositores do evangelho conhecem o número de crentes em determinado povo e/ou lugar, será que isso poderia levar a uma ação específica contra esses crentes? Isto é especialmente verdade se um número grande inspirar um esforço para encontrar e erradicar este novo grupo “perigoso”. Quão essencial é isso para o público a que se destina? E qual é o nosso motivo para mencionar números? É para fazer com que uma determinada organização pareça boa? Arrecadar fundos? Devemos perguntar a nós mesmos: “Esta publicação chama a atenção para o trabalho de Deus ou para minha organização?” E depois, estar dispostos a manter o foco na glória de Deus entre as nações.
  2. Considere como seria se o material fosse lido por alguém com autoridade entre o grupo alvo. Se isto fosse lido por um policial da área, o que ele pensaria a respeito disso? Na medida do possível, queremos transmitir uma perspectiva cativante: não se opor a pessoas da religião majoritária e sim formular coisas, como a busca de bênçãos e da orientação de Deus para as pessoas de quem gostamos. Sabendo que nosso material pode eventualmente ser lido por tais pessoas, queremos seguir buscando seu maior bem: saúde pessoal e integridade, famílias alegres, viver em paz com pessoas até mesmo de outras religiões. 
  3. Queremos que todos os crentes em todos os lugares tenham esse tipo de conversa cativante com e em torno de amigos não alcançados. Considere escrever como se fosse compartilhar sua mensagem com amigos não-alcançados. Transmita que desejamos uma verdadeira mudança e um avanço, que queremos que todas as grandes promessas de Deus em Cristo sejam deles!
  4. Suponha que qualquer material escrito possa ser lido por pessoas fortemente contrárias a qualquer divulgação do evangelho entre povos não-alcançados. Pergunte a si mesmo: “Será que alguém usando o Google e esta informação de oração poderia mais facilmente encontrar os obreiros e os novos crentes nestes lugares?” Você já mencionou portos específicos, montanhas, mesquitas, lugares santos etc., em um povo “sem nome”, que poderia facilmente ser localizado no Google Maps, dentro de um determinado distrito? Uma pesquisa nesse distrito poderia dar informação a pessoas locais que procuram descobrir “recém-chegados” ou “estranhos” ou “estrangeiros” que vivem na área? Recomendamos que o material escrito deixe fora todas as referências a números de crentes e batismos entre grupos com menos de 100.000 habitantes. Podemos dizer algo como: “Há muitos poucos crentes conhecidos, mas estamos pedindo a Deus que os multiplique e também suas testemunhas” 
  5. Você pode estar compartilhando informações apenas com um grupo de pessoas em quem você confia, mas nunca se sabe quando alguma delas vai compartilhar coisas que sabe com pessoas menos cuidadosas ou de maneiras não seguras. Para áreas de alta segurança, é melhor para a maioria de nós não saber detalhes do que está acontecendo e onde. É melhor nem mesmo dizer: “Algo está acontecendo [em um local específico]”; ao contrário, “até onde sabemos, essa é uma área/grupo de pessoas especialmente carente”.
  6. Uma regra simples é: se você compartilhar detalhes específicos, evite compartilhar um grupo de pessoas ou um local que possam ser identificados. Se você compartilhar sobre o grupo de pessoas ou local, comunique apenas as informações prontamente disponíveis. Uma maneira de compartilhar detalhes específicos é usar nomes codificados para pessoas, lugares e outros detalhes. Você também pode descrever os esforços de forma codificada, como o uso de linguagem comercial em vez de evangelismo e linguagem de plantação de igrejas (um novo grupo de clientes foi iniciado em pessoas XYZ), mas mesmo aqui você provavelmente deveria usar nomes codificados. É crucial que os nomes de código nunca sejam associados aos nomes reais, mesmo naquilo que é considerado como um local seguro de dados (que muitas vezes não é seguro para sempre). 
  7. Quando possível, inclua textos reais das Escrituras para que as pessoas possam orar. Escolha textos que expressem dimensões do coração de Deus para essas pessoas de maneiras que seriam atraentes para alguém daquele grupo de pessoas que as lê. Desta forma, você ajuda os intercessores a escutarem mais de perto a Deus, e ajuda pessoas locais a conhecerem as bênçãos de Deus que estamos buscando para elas. 
  8. Descreva as necessidades sentidas pelas pessoas, como se você estivesse tentando encontrar uma maneira de atendê-las. Tenha empatia com a dor local, enquanto você prepara material para intercessores, agentes apostólicos e aqueles que oferecem apoio à obra e que clamam a Deus para que traga movimentos reais! 
  9. Na medida em que os movimentos crescem, tendem a aumentar a perseguição e a reação contra o ministério em geral, em todo o seu contexto, e os movimentos em particular. Podemos dizer algo como: “Ore pelos poucos crentes entre estes povos, que se encontram em pequenos grupos de discipulado para compartilhar um testemunho relevante, mostrar o amor e o poder de Deus, e multiplicar novos grupos pequenos entre seus amigos. Alguns discípulos pagaram um preço muito alto por sua obediência, e alguns até mesmo foram martirizados. Ore pelas famílias dos mártires e ore para que seus perseguidores sejam salvos”. 
  10. Já que Deus está fazendo acontecer movimentos de plantação de igrejas em muitos povos e lugares, nosso papel na mobilização de toda a Igreja para discipular todas os PNA também está mudando. Os muitos milhares de novos crentes nestes movimentos são também Igreja do Senhor. E são a porção da Igreja que realmente está ganhando milhares de novos crentes em PNA. Portanto, devemos perguntar a nós mesmos: “Qual é nossa melhor contribuição? Tentar enviar mais obreiros de origem cristã, de culturas distantes? Ajudar as equipes no campo na medida em que começam a ver os movimentos – para permitir que mantenham o curso e ajudem os movimentos a se desenvolver? Ou dedicar mais esforço para orar, apoiar e não matar os movimentos que já estão acontecendo?” Enquanto a Igreja global ainda precisa fazer os dois primeiros, especialmente em áreas sem movimentos, precisamos colocar muito mais prioridade na terceira abordagem, que pode ser a mais frutífera em um número crescente de áreas. 
  11. Como ajudar e não prejudicar movimentos e líderes de movimento precisa ser uma nova área prioritária de aprendizado para nós. Muita oposição direta e indireta aos movimentos não vem de governos ou outras religiões, mas de denominações e líderes de igrejas existentes. Precisamos ajudar as igrejas a entenderem como ajudar os movimentos a crescerem e permanecerem saudáveis, e como não os prejudicar. Isto exigirá novos níveis de sensibilidade cultural, discernimento espiritual e oração sintonizada.
  12. Recomendamos algumas mudanças nas publicações de oração e de mobilização associadas a vários PNA. Queremos especialmente exercer a sabedoria ao mobilizar oração para os muitos milhares de novos crentes em movimentos de igrejas domésticas de baixa visibilidade. Acreditamos que já tenha passado o tempo de elaborar publicações específicas sobre PNA, especialmente aqueles com menos de 100.000 habitantes. Enquanto há 20 anos atrás, mobilizar qualquer pessoa a fazer qualquer coisa por PNA era a prioridade, as maiores prioridades hoje são: a) que os novos crentes em movimentos alcancem mais de seus amigos e vizinhos através da oração e do amor, e b) que esses movimentos catalisem novos movimentos em grupos próximos e não-alcançados.
  13. À luz destas coisas, estamos reescrevendo alguns guias de oração, dando mais ênfase a como orar e quais Escrituras orar, e informações menos específicas sobre povos e número de crentes. Este modo mais silencioso de envolvimento é impopular para alguns, mas precisamos priorizar a salvação de pessoas reais, discipulando-as até a maturidade, com o avanço do Reino de Deus cheio de oração. Este objetivo maior significa ajustar alguns esforços de mobilização para colocar menos atenção em locais e grupos sensíveis. Em alguns casos, isso pode significar menos financiamento ou transferência de fundos para projetos e ministérios mais estratégicos e menos chamativos. Nós seguimos o espírito de João Batista: “Convém que ele cresça e que eu diminua”. Nosso objetivo não é nos sentirmos bem conosco mesmos e com nossas atividades, mas fazer o que realmente levará ao grande avanço do Reino de Deus.
  14. Ensinar as pessoas a como devem orar, e especialmente as Escrituras fundamentais a respeito dos perdidos e sobre as testemunhas entre eles é muito valioso! Nosso desconhecimento de detalhes específicos não impede que Deus ouça e trabalhe através de nossas orações. Certamente, orações não detalhadas como as do salmista e de Paulo podem realizar grandes coisas diante do trono da graça. Precisamos crescer em maturidade para não deixar que a falta de informação acabe com nosso entusiasmo e dedicação à oração pelos não-alcançados. Vamos continuar e até acelerar o bom trabalho de orar ao Senhor da Seara… mas compartilhar informações específicas de forma muito seletiva.

Chuck Baker tem treinado plantadores de igrejas e candidatos a missionários há mais de 35 anos na Ásia e na Califórnia. Editou guias de oração e liderou muitos concertos de oração para Povos Não Alcançados. Este artigo foi desenvolvido a partir de correspondência recente com uma equipe que adotou um Grupo de Povo Não Alcançado em uma região sensível, onde novos crentes têm sido martirizados. 

Esse conteúdo é de um artigo que apareceu na edição de janeiro-fevereiro de 2021 da Missão Fronteiras, www.missionfrontiers.org, páginas 33-36.

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A IMPORT NCIA DA ORAÇÃO

A IMPORT NCIA DA ORAÇÃO

Extraído com permissão do livro altamente recomendado

The Kingdom Unleashed: How Jesus’ 1st-Century Kingdom Values Are Transforming Thousands of Cultures and Awakening His Church by Jerry Trousdale & Glenn Sunshine. 

(Kindle Locations 761-838, from Chapter 3 “Praying Small Prayers to an Almighty God”)

Oração foi… central na vida de Jesus e na vida dos crentes da igreja primitiva. Em monastérios, a vida estava estruturada em torno de orações regulares. O monasticismo tem, em geral, uma reputação negativa entre os evangélicos, mas é relevante notar que todas grandes reformas na Igreja, incluindo a Reforma, começaram em monastérios. 

Também podemos dizer, de maneira inequívoca, que todo movimento do Espírito foi precedido de longas e intensas orações. A questão, então, é porque cristãos no Hemisfério Norte dedicam tão pouco tempo e atenção à oração? A resposta é encontrada numa alteração significativa na cultura, que teve lugar entre os séculos XVIII e XIV. 

 

Do Deísmo ao Materialismo

No começo do século XVII, pensadores na Europa estavam tornando-se cada vez mais racionalistas. Alguns começaram a se mover em direção ao deísmo, a ideia de que Deus criou o universo e então deu um passo para trás e deixou as coisas caminharem por si sós, sem interferir mais nelas. Isso era feito com uma noção equivocada de proteger a glória de Deus; se Deus intervém no mundo, raciocinavam, isso sugere que Ele não o fez direito na primeira vez. Os deístas, então, não tinham espaço para revelação, para milagres, para a Encarnação – ou para oração. 

O deísmo é uma visão de mundo fundamentalmente instável. Sugere que Deus atua somente como o Criador do universo, não como seu Sustentador. Portanto, fica muito fácil excluir Deus completamente do sistema se você puder encontrar uma explicação para o universo que não exija um Criador. No começo do século XIX, o estabelecimento científico começou a argumentar que o universo era eterno e, portanto, Deus era desnecessário. Eles, então, se tornaram materialistas, isso é, argumentavam que as únicas coisas que existiam eram matéria e energia. Dadas essas suposições, um materialista deve concluir que todos os eventos físicos têm puramente causas físicas, e a observação empírica e a ciência são as únicas coisas que qualificam algo como verdadeiro conhecimento. 

Os cristãos nunca adotaram um ponto de vista materialista, por razões óbvias, ainda que elementos do materialismo tenham moldado tanto a mentalidade cultural no Hemisfério Norte que moldaram, de facto, a visão de mundo da Igreja. Quando combinado com o fato/ distinção de valor, que discutimos no último capítulo, o materialismo tem tido um efeito devastador sobre a oração e sobre a confiança no Espírito Santo sobre a vida da Igreja. Reconhecemos (pelo menos em teoria) que Deus pode agir no mundo físico – mas tendemos a não esperar que Ele o faça. Quando oramos por doença, por exemplo, tendemos a assumir que Deus irá trabalhar através da mente e das habilidades do médico ou através de remédios ou através do processo normal de cura do corpo, ou mesmo com milagres, e então oramos dessa forma. Tendemos a não fazer orações específicas por intervenção divina no mundo físico. Por quê? Porque temos errado em nossa prática, relegando Deus principalmente ao reino dos valores – coisas intangíveis – em vez de dar a Ele o senhorio sobre o mundo dos fatos que podem ser medidos e estudados pela ciência. 

 

O Problema da Riqueza

A riqueza do Hemisfério Norte também tem tido um impacto negativo na oração porque inconscientemente cremos que não precisamos confiar em oração para a maioria das coisas em nossas vidas cotidianas. O Hemisfério Norte é tão rico que a maioria de nós não tem que se preocupar em como atender nossas necessidades básicas. As coisas que pensamos que precisamos seriam mais bem descritas como coisas que queremos, e nossos problemas são na maioria “problemas de primeiro mundo” e nossas “orações” se parecem mais com desejos egoístas. As Escrituras nos alertam com frequência sobre os perigos da riqueza, incluindo presumir o futuro (Lucas 12: 16-21) e esquecer-se do Senhor (Deuteronômio 8:17-18) porque assumimos que chegamos onde estamos por causa de nosso próprio poder e habilidades. As instruções de Jesus para orar por nosso pão de cada dia parecem irrelevantes quando temos uma geladeira cheia de comida.

Essa abundância de recursos também seduz a igreja a distanciar-se da confiança em oração. Considere como as decisões são tipicamente tomadas nas igrejas: há uma curta oração seguida por uma longa discussão sobre os assuntos; uma proposta é feita e votada; e uma breve oração é feita para pedir a Deus que abençoe a decisão que foi tomada. Estaríamos muitissimamente melhor se dedicássemos mais do nosso tempo, se não a maior parte dele, buscando a sabedoria de Deus através da oração em vez de confiarmos em nossas próprias ideias. No entanto, estamos tão acostumados a tomar nossas próprias decisões e a confiar em nossos próprios recursos que parece natural fazer isso também na igreja. Pagamos consultores de marketing, mídia e administração para nos dizer como fazer crescer a igreja, como realizar campanhas de administração, como levantar dinheiro para um fundo de construção – são exemplos de confiar em nossos próprios recursos e não em oração e no Espírito Santo. 

A verdade simples é esta: os métodos seculares nunca produzirão resultados espirituais. Não há consultores nos lugares onde a Igreja está crescendo mais rapidamente. Esses irmãos e irmãs têm que depender da oração e da obediência às instruções dadas nas Escrituras para a difusão do Evangelho. 

 

Questões de estilo de vida e de mentalidade 

Outra barreira à oração é o estilo de vida: estamos simplesmente muito ocupados. As igrejas são construídas em torno de programas que nos mantêm fazendo coisas, e individualmente temos tanta coisa acontecendo que não temos tempo para orar. Ou assim pensamos. Martinho Lutero disse que estava tão ocupado que não podia fazer tudo sem levar pelo menos duas horas por dia para orar. Ele sabia de algo que nós temos esquecido.

Nossa maneira de nos ocuparmos está ligada a um preconceito cultural de agir para fazer as coisas acontecerem. Nossa cultura adora slogans e aforismos como “Deus ajuda aqueles que se ajudam” ou “se vai ser, depende de mim”. Sabemos em nossas mentes que estas noções não vêm das Escrituras, mas muitas vezes nossas ações não se alinham com esse pensamento. Nosso ideal cultural é ser forte, independente e autossuficiente. No entanto, a Bíblia nos diz que somos fortes quando somos fracos, que somos dependentes de Deus e uns dos outros, que não podemos fazer nada além de Jesus. As igrejas realizam aulas e seminários sobre evangelismo pessoal, encorajam as pessoas a convidarem seus amigos para a igreja, mas raramente realizam reuniões de oração focalizadas na formação de discípulos e no crescimento do Reino. No entanto, Jesus disse aos discípulos para não tentar espalhar o Evangelho sem esperar primeiro pelo Espírito Santo, e cada grande esforço nos Evangelhos e em Atos é precedido por uma oração profunda e intensa. Em outras palavras, se quisermos fazer avançar a Igreja, a ação crítica que devemos tomar é a oração. 

Outra barreira ainda é a falta de disciplina mental. Nossa cultura acelerada e a disponibilidade constante da internet, muitas vezes em nossos bolsos, afetaram tanto nossas mentes que nossa capacidade de atenção diminuiu de 12 segundos em 2000 para 8,25 segundos em 2015 – e a capacidade média de atenção de um peixe-dourado é de nove segundos! É claro que podemos nos concentrar mais em coisas que realmente cativam nossa atenção, mas infelizmente, parece que a oração não é uma delas. Assim, é difícil para nós administrar qualquer coisa além de orações curtas – ao contrário de nossos irmãos e irmãs no Hemisfério Sul que, muitas vezes, passam toda a noite em oração. 

Outra área onde nos falta disciplina é na prática do jejum. O jejum está intimamente associado à oração, biblicamente, historicamente e atualmente no Hemisfério Sul, mas é raro encontrar cristãos no Hemisfério Norte que jejuem. A distinção de fato/valor discutida no capítulo dois está novamente em ação aqui; não entendemos o que o jejum deve realizar, pois não vemos uma conexão estreita entre corpo e espírito. E em uma cultura consumista como a nossa, a abnegação parece estranha, alarmante e insalubre para todos. Se nós acreditássemos na oração, oraríamos mais. 

Parte da razão para isso é, mais uma vez, a distinção entre fato/valor, juntamente com a mentalidade materialista. O mundo físico do fato é separado e distinto do mundo do espírito, de acordo com esta falsa visão de mundo, e, consequentemente, fica difícil vermos como a oração pode produzir mudanças no reino físico. Sabemos intelectualmente que Deus pode fazer as coisas acontecerem no mundo físico, mas não esperamos que Ele o faça. 

Psicologicamente, também temos que lidar com o problema da oração sem resposta (ou, mais precisamente, a oração que Deus responde com um “não” ou com um “espere”). As pessoas temem fazer orações específicas porque, muitas vezes, Deus não nos concedeu o que pedimos. Damos cobertura a nós mesmos nestas situações, garantindo que oramos “se for de sua vontade”, mas não acreditamos ou confiamos que Deus nos dará o que pedimos. Nossas orações parecem ineficazes, o que reforça a distinção fato/valor em nossas mentes e nos faz menos inclinados a orar, preferindo, ao invés disso, agir.

O efeito de tudo isso é que, mesmo em nossos programas de discipulado, temos a tendência de desconsiderar a oração. Oferecemos aulas regulares sobre a Bíblia e treinamos pessoas para liderar estudos bíblicos em pequenos grupos, mas a maioria das igrejas tem pouco ou nenhum ensinamento sobre como orar. Quando oramos, nossas orações tendem a ser tão vagas que não podemos realmente dizer com certeza se Deus, de fato, as respondeu, ou se as coisas teriam funcionado da mesma maneira, mesmo sem a oração ou intervenção divina. Muitas vezes esta imprecisão é colocada na linguagem espiritual – abençoe assim e assim – sem nenhuma ideia concreta de como seria a bênção. 

A oração é a força vital dos movimentos. A Igreja no Hemisfério Norte não confia em oração, e se o comportamento é alguma indicação, também não acredita nela. Se quisermos ver movimentos no Hemisfério Norte [ou em qualquer outro lugar], precisaremos ver um novo e contínuo compromisso de oração séria, intensa e persistente para que Deus abra o céu, levante discípulos e plantadores de igrejas, nos direcione ao Seu povo de paz, e venha com poder sobre nosso trabalho.

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LIÇÕES DE ORAÇÃO PARA APRENDER

LIÇÕES DE ORAÇÃO PARA APRENDER

Extraído com permissão do livro altamente recomendado 

O Reino Liberado: Como os valores do Reino do 1º século de Jesus estão transformando milhares de culturas e despertando sua Igreja por Jerry Trousdale & Glenn Sunshine. 

(Localização no Kindle 2470-2498, do Capítulo 9 “Oração Abundante”)

A dedicação séria à oração e ao jejum é central para a realização de Movimentos de Fazedores de Discípulos. Nada acontece sem oração. Contudo, as igrejas no Hemisfério Norte são fracas quando se trata de orar. Que lições podemos aprender com as experiências relatadas aqui, do Hemisfério Sul? 

  • A melhor maneira de aprender a orar é orando com pessoas que sabem como orar. Aulas e treinamentos podem ajudar, assim como a tutoria e o exemplo pessoal, mas com a oração, a experiência é realmente o melhor professor. 
  • Use os Salmos e as orações bíblicas para orientar sua oração. 
  • A Oração do Senhor é particularmente importante para isso. Ouça a voz do Espírito

impelindo você para orar por coisas específicas, de maneiras específicas. 

  • Comece pequeno. Não tente orar durante toda a noite, fazer quarenta dias de jejum, ou qualquer outra coisa que não seja sustentável, e verifique com seu médico antes de iniciar o jejum. Comece com um simples jejum ao amanhecer ou ao entardecer, uma vez por semana. À medida que você se acostumar a isso, aumente o rigor, seja expandindo o tempo ou a frequência do jejum. Reveja o calendário de orações da África no capítulo três para ter ideias de como fazer isso. Certifique-se de dedicar tempo extra à oração. Você pode desenvolver uma abordagem semelhante para aprender a orar mais. 
  • Como indivíduo, você pode (e deve) convidar outros em sua igreja ou comunidade para se juntar a você em seu jejum e oração. 
  • Convide novos seguidores para orar. 
  • Junto com a oração particular e a oração coletiva, tanto em pequenos grupos como na congregação, faça caminhadas de oração, convidando Deus a trazer Seu Reino para uma comunidade e mostrar a você por onde e como começar. Algumas pessoas nas caminhadas de oração começam a renomear profeticamente as ruas de uma área para temas que Deus coloca em seus corações, como Lugar da Redenção ou Caminho da Libertação. 
  • Experimente formatos de oração altamente participativos. 

Como exemplo, anos atrás, algumas igrejas coreanas começaram a fazer da oração coletiva uma enorme prioridade, a ponto de muitos cristãos passarem férias em oração. As reuniões de oração se tornaram participativas, e este tipo de reunião de oração se espalhou rapidamente no Hemisfério Sul. Os líderes nas reuniões de oração indicavam uma área específica para a oração, e todos começavam então a orar verbalmente sobre esse tópico. Após alguns momentos, outro tema era anunciado e o grupo fazia a transição de suas orações para esse assunto. 

Para alguns americanos acostumados a reuniões de oração calmas, conduzidas por uma pessoa de cada vez orando, isto poderia, a princípio, parecer caótico. Entretanto, em grande parte do Hemisfério Sul, esta é uma forma comum e poderosa de manter todos ativamente engajados no processo de oração, enquanto os líderes estão constantemente guiando e formatando as reuniões de oração com temas de intercessão, e depois talvez se movendo para orações das Escrituras, que fazem a transição de oração para adoração, ação de graças, arrependimento, momentos de canto ou mesmo silêncio. Esta abordagem também é utilizada em reuniões de oração da meia-noite e de noite inteira. 

A guerra espiritual é real. Oração e jejum são as maiores armas nessa guerra. Aprenda a usá-las. 

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The Story of Movements and the Spread of the Gospel

The Story of Movements and the Spread of the Gospel

By Steve Addison –

Luke begins the book of Acts by telling us that what Jesus began to do and teach, he now continues to do through his disciples empowered by the Holy Spirit.

Luke’s story of the early church is the story of the dynamic Word of the gospel which grows, spreads, and multiplies, resulting in new disciples and new churches. We get to the end of Acts and yet the story doesn’t end. Paul is under house arrest awaiting trial; meanwhile the unstoppable Word continues to spread throughout the world. Luke’s meaning is clear: the story continues through his readers who have the Word, the Spirit and the mandate to make disciples and plant churches.

Throughout church history we see this pattern continue: the Word going out through ordinary people, disciples and churches multiplying. While the Roman Empire was collapsing, God was calling a young man named Patrick. He lived in Roman Britain but was kidnapped and sold into slavery by Irish raiders. Alone and desperate, he cried out to God who rescued him. He went on to form the Celtic missionary movement that was responsible for evangelizing and planting roughly 700 churches: throughout Ireland first and then much of Europe over the next several centuries.

Two hundred years after the Reformation, Protestants still had no plan or strategy to take the gospel to the ends of the earth. That was until God used a young Austrian nobleman to transform a bickering band of religious refugees. In 1722 Count Nikolaus Zinzendorf opened his estate to persecuted religious dissenters. Through his Christlike leadership and the power of the Holy Spirit, they were transformed into the first Protestant missionary movement, known as the Moravians.

Leonard Dober and David Nitschmann were the first missionaries sent out by the Moravians. They became the founders of the Christian movement among the slaves of the West Indies. For the next fifty years the Moravians worked alone, before any other Christian missionary arrived. By then the Moravians had baptized 13,000 converts and planted churches on the islands of St. Thomas, St. Croix, Jamaica, Antigua, Barbados, and St. Kitts.

Within twenty years Moravian missionaries were in the Arctic among the Inuit, in southern Africa, among the Native Americans of North America, and in Suriname, Ceylon, China, India, and Persia. In the next 150 years, over 2,000 Moravians volunteered to serve overseas. They went to the most remote, challenging, and neglected areas. This was something new in the expansion of Christianity: an entire Christian community—families as well as singles—devoted to world missions.

When the American War of Independence broke out in 1776, most English Methodist ministers returned home. They left behind six hundred members and a young English missionary named Francis Asbury who was a disciple of John Wesley. 

Asbury had left school before he turned twelve to become a blacksmith’s apprentice. His grasp of Wesley’s example, methods and teaching enabled him to adapt them to a new mission field while remaining true to the principles.

Methodism not only survived the Revolutionary War, it swept the land. Methodism under Asbury outstripped the strongest and most established denominations. In 1775 Methodists were only 2.5% of total church membership in America. By 1850 their share had risen to 34%. This was at a time when Methodist requirements for membership were far stricter than the other denominations. 

Methodism was a movement. They believed the gospel was a dynamic force out in the world bringing salvation. They believed that God was powerfully and personally present in the life of every disciple, including African Americans and women, not just the clergy. They also believed it was their duty and priority to reach lost people and to plant churches across the nation.

American Methodism benefited greatly from the pioneering work of John Wesley and the English Methodists. Freed from the constraints of traditional English society, Asbury discovered that the Methodist movement was even more at home in a world of opportunity and freedom. 

As the movement spread through the labors of young traveling preachers, Methodism stayed cohesive through a well-defined system of community. Methodists remained connected with each other through a rhythm of class meetings, love feasts, quarterly meetings and camp meetings. By 1811 there were 400-500 camp meetings held each year, with a total attendance of over one million.

When Asbury died in 1816 there were 200,000 Methodists. By 1850 there were one million Methodists led by 4,000 traveling preachers and 8,000 local preachers. The only organization more extensive was the U.S. government.

Eventually Methodism lost its passion and settled down to enjoy its achievements. In the process it gave birth to the Holiness movement. William Seymour was a holiness preacher with a desperate desire to know the power of God. He was the son of former slaves, a janitor and blind in one eye. God chose this unlikely man to spark a movement that began in 1906 in a disused Methodist building on Azusa Street.

The emotionally charged meetings ran all day and into the night. The meetings had no central coordination, and Seymour rarely preached. He taught the people to cry out to God for sanctification, the fullness of the Holy Spirit, and divine healing.

Immediately, missionaries fanned out from Azusa Street to the world. Within two years they had brought Pentecostalism to parts of Asia, South America, the Middle East, and Africa. They were poor, untrained, and unprepared. Many died on the field. Their sacrifices were rewarded; the Pentecostal/charismatic and related movements became the fastest growing and most globally diverse expression of worldwide Christianity.

At the current rate of growth, there will be one billion Pentecostals by 2025, most of them in Asia, Africa, and Latin America. Pentecostalism is the fastest expanding movement—religious, cultural, or political—ever. 

Jesus founded a missionary movement with a mandate to take the gospel and multiply disciples and churches everywhere. History is replete with examples of movements just like in the book of Acts; I have named only a few. Three essential elements are necessary for Jesus movements: his dynamic Word, the power of the Holy Spirit and disciples who obey what Jesus has commanded.

Steve Addison is the author of Pioneering Movements: Leadership That Multiplies Disciples and Churches www.movements.net.

Adapted from an article originally published in the Jan-Feb 2018 issue of Mission Frontiers, www.missionfrontiers.org, pages 29-31, and published on pages 169-173 of the book 24:14 – A Testimony to All Peoples, available from 24:14 or Amazon.

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Focus-on-Fruit Brief Overview 2021

Focus-on-Fruit Brief Overview 2021

By Trevor Larsen –

I came to the Lord as I entered college, and grew spiritually during my college years. The Lord kept giving me roommates from different cultures, which piqued my interest in the world. I later became a math teacher and wrestling coach. I found that coaching really influenced my ministry. A coach asks the question: How do you help other people become as effective as possible at what they’re doing? What I’m doing now is helping local movement catalysts in my SE Asian context become as effective as possible, in church planting and leadership. After teaching and coaching, I went to seminary, where I ministered to many Cambodian, Vietnamese, and Laotian refugees who had just arrived after the Killing Fields, with stories of multiple millions killed. These refugees were placed in 10 cities in America, including the city where I attended seminary. 

I recruited and formed teams with 15 other seminarians, according to the language groups on which we were focusing. I found it was a good fit for me to also mobilize local Southeast Asians to disciple others. We were stunned by the fact that some of those we were training (who we thought of as receiving our ministry) actually turned around and started other churches – both in their city, and also in Cambodia, through their relatives. We began at that time to do multiple-generation thinking, which has continued up to this day. I was a pastor in California for seven years and then have been teaching in an Asian seminary since 1993 – for 28 years. I teach at the Doctoral and Masters’ level, in a set of 15 linked seminaries. That’s my visa reason for being in the country. But we moved into UPG work about 22 years ago, focusing on majority-religion UPGs. I developed an organization of local church planters who reach the UPGs of our country. It has become a bigger part of my life than the seminary teaching, though I continue to do both. 

Some may struggle to accept the unconventional church I talk about. Keep in mind: As a seminary professor, I’m strongly connected with conventional churches, and the denominational leaders here tell me about their challenges. When I first moved here, the conventional churches were very fruitful. But during this 20-year period, the conventional churches that had been very fruitful have declined in their fruitfulness, and they are getting more and more frustrated. Conditions changed in our context when fundamentalism increased in 2000, and conventional churches have been very slow to adapt their methods to new conditions. They are talking to me more and more about their frustrations. 

Conventional churches had not been fruitful among UPGs, so in 1998 we started quietly experimenting with four young seminary graduates, trying to develop a different model – aiming for better results in a UPG. The graph of fruit reported by this small ministry team kept increasing, while the conventional church leaders were telling me stories of how their fruitfulness kept declining. I found myself in quite an interesting juxtaposition of two worlds: two sets of people serving the Lord with different models and having very different results. That’s my background. I understand the stories of both kinds of ministry models: the conventional churches, and the “church without walls” our team was developing. 

To make a long story short, I started with local evangelists who I thought were good at evangelism among people of the majority religion. I then coached four full-time local evangelists who were developing our experiment. We decided we would only count people of the majority religion who were being reached, because we didn’t want to slide back into the easier-to-reach portions of the country. It took us three years to get to our first small group of five believers. Then it took us four more years of struggle to get to 22 groups, while we learned about what worked and what didn’t work. Most of those groups were first generation groups that our church planters led; the ministry had not yet become rooted with local leaders. It took another three years to get to 52 groups, while we were discovering other fruitful practices. Then in just two more years, the ministry had grown to 110 groups. At that time, we were stunned to find that believer groups were doubling more quickly, and surprised when we found our first third generation groups. It was starting to get rooted in local culture and local leaders!

I was counting these 110 groups on a plane to the U.S., to present a case study in a conference. I began crying on the plane, as I added up all the little handwritten notes I’d been given at the airport, when I realized we were picking up our doubling speed. The number of years it took us to double had decreased quite a bit from 2006 to 2008, as compared to what it had been before that. I started thinking, “Wow, if we can get to the third generation of groups, what’s keeping us from getting to the eighth generation? Can this become a continuously expandable system? What are the obstacles to continuous expansion?” 

From that first group in 2000, this movement has become thousands of groups, a family of movements. There are movements of 1,000 believers or more, in at least six generations of groups, in many different UPGs, and in many other countries, reached by movement catalysts from an Asian country. It’s amazing that I’m saying this, because my initial goal, my lifetime career goal, was 200 groups, which at the time seemed nearly impossible. I think the Lord gives you a number to begin with, at the limits of what you dare to imagine. And while pursuing that first smaller target, you can set up a system that is expandable. We use the term “scalable” to describe this: a system with fruitful-practice DNA which supports continuous expansion.

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Ordinary People as Witnesses Making Disciples – Part 2

Ordinary People as Witnesses Making Disciples – Part 2

By Shodankeh Johnson, Victor John, and Aila Tasse –

The leader of a large movement in India shares these testimonies of God’s work through ordinary people.

The main leader in one area of our country, Abeer, has consistently reported that the Discovery Study approach is a great tool for growing people’s faith quickly. This is especially true for illiterate people, because each person can easily listen to the story on the speaker and discuss the questions.

Abeer has many generations of disciples that have reproduced from his ministry. One of the 5th generation leaders, Kanah, is 19 years old. He has already started Discovery Groups in three villages. One day, this young man went to G. Village, and was surprised to discover that a family there said they were followers of Jesus! Kanah visited the seven members of the family, including the 47-year-old mother, Rajee. During their conversation, Rajee said, “Yes, we know about Jesus, but we have no idea how we will ever grow in our faith because pastors do not come here.”

Kanah felt great sympathy for this family because his testimony was the same. When he first gave his allegiance to Christ, there had been no pastor to teach him in the ways of his new faith. Pastors would come to his village occasionally, just as one had visited this family, but the pastors would only come to preach for a while, collect an offering, and then leave. They had never committed themselves to regular visits or actual disciple-making of any kind. They had only been taught to preach, so that is what they had done. 

After listening to Rajee, Kanah said to her, “Auntie, I tell you truthfully, my story is just like yours. But one day, after I had been alone in my faith for a long time, I met a team who told me that while it was so good I had given my allegiance to Christ, I hadn’t been told the whole story. Not only are we to follow Jesus and be His disciple, but we’ve also been commanded to go and make disciples of all nations.” 

Rajee said, “We don’t have a Bible and we don’t know how to read. Kanah said, “Yes, I understand.  In my village there are also many people who cannot read, but this team gave me a speaker with Bible stories on it. If you listen to this speaker, you’ll hear God’s word and learn it, and as you discuss the questions on the speaker the truths will go deeper into your heart and life.”

Rajee asked if she could have such a speaker. Two days later, he returned to that village and gave the family a speaker. He explained: “After listening to these stories, it’s very important to discuss the five questions so you can grow in your faith without depending on someone to come from far away and teach you. 

Rajee’s family had waited a whole year for a pastor to return and teach them, but no one ever came. Then this young 19-year-old visited one day and gave them the tools they needed to grow in their faith. In ways like this, the Holy Spirit is working and this movement is growing. Kanah isn’t a pastor; he’s not had any Bible training. He’s not even a member of a big church. He’s just a simple guy from a village. And because he himself has followed this pattern for learning and growing in faith, he is able to share it with others. We praise God that even simple people are functioning as a royal priesthood – serving God and bring His salvation to others. 

What if, instead of relying upon sermons as our mode of instruction, we focused on discussing the Bible: everyone interacting over a passage in a small group and then obeying what they learned? Thousands of small churches in India today are doing exactly that. Here is a recent testimony of how this approach is helping followers of Jesus grow in their faith.

A woman named Diya lives in “K. Village,” which is far from any town. Residents there cannot travel or leave their village very often because it is so remote. This isolation really bothered them. They wondered how they would ever learn more about God. Once, they heard a man talk about Jesus, that He is great and able to do miracles. But in their isolation, they wondered if they would ever hear more about Him.

One day, several disciple makers met in the home of a church leader in that general area. The leader asked: “What do we do about people with whom we’ve been able to share a little bit about Jesus, but they need to know more? How can we follow up with people who live so far away that it’s hard for us to reach them?” This question touched JP, one of the disciple makers. 

He thought, “I have a bicycle. I could go visit with people who live in remote villages.” This is how JP ended up in Diya’s village. He met with her and her whole family and they talked about Jesus. He told them about Matthew 28, that we who are His disciples are commanded to go and make other disciples. He told her how she and her family could also obey Jesus’ commands and that as they applied Jesus’ instructions to their lives, their faith would grow. Diya and her whole family were so happy that someone from “the outside” had come all the way to their village to meet with them to talk about Jesus! 

JP gave them a speaker saying, “Sister, here is a simple way you can worship Jesus together in your home. I, too, am illiterate. I am not wise. I was never trained in an official pastor training program. But I have this speaker with many Bible stories on it.” JP told Diya how she and her family could use the speaker to study God’s Word. He left it with her, and worship to Jesus began in that village for the first time. 

One day, a neighbor family came to Diya’s house to join them in their Bible study. However as soon as they heard the voice start to narrate the Scripture, the 19-year-old daughter in the neighbor’s family began to cry out – truly wailing. Priya had a demon in her, and everyone was very afraid. 

What would happen? None of them were pastors. What were they supposed to do? What would the demon do? No one knew. So they all just kept listening to the story. The narration went on while Priya kept wailing and everyone else present was silently asking God to do a miracle. As the story ended, finally someone was brave enough to say, “Let’s pray!” So they all prayed for Priya and she was freed of the demon! And that’s not all. She also had been ill for a long time, and during that meeting, God not only freed her of the demon but also healed her illness. After witnessing these two miracles, both families declared that they wanted to be followers of Jesus! Priya’s family has now also started hosting a Bible study group in their own home. 

Diya and Priya have since visited 14 different villages for the purpose of spreading Jesus’ story! In those 14 villages, 28 Discovery Bible studies are taking place regularly. These groups are not yet spiritually mature. They are infants in the Lord, but the ladies have faith that many disciples will be made in those places. The main church leader in the area, the one who hosted the meeting that JP attended, has visited these groups himself and talked to them about growing mature in Christ.

This is the power of God’s Word and His Spirit, working where there are no seminaries or paid clergy. Just simple people hearing God’s words and putting them into practice, like the “wise man” Jesus described in Matt 7. Jesus said that anyone who hears His words and obeys is like a wise man who built his house on rock so that nothing moved it, not rain or even floods. How precious and wonderful to be taught this lesson by people who can’t even read! 

Our God is making clear that he can use all kinds of people to make disciples. He delights to show his amazing power through human weakness. As the Apostle Peter told the household of Cornelius: “I now realize how true it is that God does not show favoritism” (Acts 10:34 NIV). God delights to do extraordinary things through ordinary people. As we read the testimonies of these “ordinary” witnesses around the world, what might the Father want to say to us about our role as his witnesses? 

Shodankeh Johnson is the leader of New Harvest Ministries (NHM) in Sierra Leone. Through God’s favor, and a commitment to Disciple Making Movements, NHM has seen hundreds of simple churches planted, over 70 schools started, and many other access ministries initiated in Sierra Leone in the last 15 years. This includes churches among 15 Muslim people groups. They have also sent long-term workers to 14 countries in Africa, including eight countries in the Sahel and Maghreb. Shodankeh has done training, catalyzing prayer and disciple-making movements in Africa, Asia, Europe, and the United States. He has served as the President of the Evangelical Association of Sierra Leone and the African Director of New Generations. He is currently Director of prayer and Pioneer Ministries at New Generations.

Victor John, a native of north India, served as a pastor for 15 years before shifting to a holistic strategy aiming for a movement among Bhojpuri people. Since the early 1990’s he has played a catalytic role from its from inception to the large and growing Bhojpuri movement.

Aila Tasse is the founder and director of Lifeway Mission International (www.lifewaymi.org), a ministry that has worked among the unreached for more than 25 years. Aila trains and coaches DMM in Africa and around the world. He is part of the East Africa CPM Network and New Generations Regional Coordinator for East

(1) Excerpted from “Discovery Bible Studies Advancing God’s Kingdom,” in the May-June 2019 issue of Mission Frontiers; published on pages 174-184 of the book 24:14 – A Testimony to All Peoples, available from 24:14 or Amazon

(2) For security reasons, all personal names within these vignettes have been changed.

The five questions, as recorded in the mp3 audio DBS story sets, are: 

  1. In this whole story that you’ve heard, what one thing do you like the most?
  2. What do you learn from this story about God, about Jesus or about the Holy Spirit?
  3. What do you learn from this story about people, and about yourself?
  4. How should you apply this story to your life in the next few days? Is there a command to obey, an example to follow, or a sin to avoid?
  5. Truth is not to be hoarded. Someone shared truth with you that has benefitted your life. So, with whom will you share this story in the next week?
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Sobre Movimentos

Pessoas Comuns como Testemunhas para Fazer Discípulos – Parte 1

Pessoas Comuns como Testemunhas para Fazer Discípulos – Parte 1

Por Shodankeh Johnson, Victor John e Aila Tasse –

Nos originais de seu próximo livro sobre Movimento de Plantação de Igrejas (MPI), Shodankeh Johnson diz sobre o movimento em Serra Leoa: 

Quero contar como Deus está usando muitas pessoas comuns. Por exemplo, temos muitos plantadores de igrejas cegos. Nós os discipulamos e os treinamos. Enviamos alguns deles para a escola de cegos para aprender braile, para que possam ler a Bíblia. E embora sejam completamente cegos, esses homens e mulheres plantaram várias igrejas e discipularam muitas pessoas. O Senhor até os usou para discipular pessoas que não são cegas. Eles lideram grupos de descoberta e alguns dos membros têm visão normal.

Também já vimos Deus usar pessoas analfabetas que nunca foram à escola. Se você escrevesse a letra “A”, eles não saberiam que é “A”. Mas ao longo dos anos, por causa do processo de discipulado, eles podem citar as Escrituras. Podem explicar as Escrituras, e treinar pessoas instruídas como discípulos, embora eles mesmos nunca tenham ido à escola. 

Por exemplo, minha mãe é analfabeta. Mas ela já treinou pessoas que agora são pastores e plantadores de igrejas altamente instruídos. Ela trouxe mais mulheres muçulmanas para a fé do que qualquer outra mulher que eu conheça. Ela nunca frequentou a escola, mas pode ficar de pé e citar as Escrituras. Ela pode dizer: “Vá até João 4:7-8”. E enquanto você vai para lá, ela já está explicando essa parte da Escritura.

Este testemunho de Deus usando “pessoas comuns” é ecoado por líderes de movimentos em outras partes do mundo. Victor John, em seu livro Bhojpuri Breakthrough, escreve:

Entre os Bhojpuri, Deus agora se move entre todas as castas, até com pessoas de castas inferiores alcançando pessoas de castas superiores. Crentes de castas diferentes podem não socializar muito uns com os outros, mas têm reuniões de adoração e oram juntos. Temos uma mulher de casta baixa que lidera uma comunidade de adoração no lado da casta baixa da aldeia, depois vai para o lado da casta alta da aldeia e lidera outra comunidade de adoração lá. Embora ela venha de uma casta baixa e seja mulher (o que a torna uma líder incomum em qualquer aldeia), Deus a está usando efetivamente tanto no contexto das castas alta como no das baixas.

O líder de outro grande movimento na Índia concorda: 

Se disseram a você que somente brâmanes podem chegar a brâmanes, você foi enganado. Se disseram que somente os instruídos podem chegar aos instruídos, você foi enganado. Deus usa o menor deles.

Sobre movimentos na África Oriental, Aila Tasse compartilha estas histórias de Deus em ação:

 

Um Bêbado Torna-se um Fazedor de Discípulos

Jarso é o líder de uma corrente que plantou 63 igrejas em dois anos entre um grupo de pessoas menos alcançadas na África Oriental. Há quatro meses, Jarso estava batizando novos seguidores de Cristo desse grupo de pessoas. Jillo, que não era um seguidor de Cristo, estava observando à distância enquanto Jarso conduzia o batismo.

Com uma cerveja na mão, Jillo observava os procedimentos e começou a zombar das preliminares do batismo. Antes de conduzir o batismo, Jarso leu a história sobre o batismo de Jesus e começou a falar sobre ele. Agora, dentro do campo auditivo da pregação, Jillo se viu profundamente impregnado de tudo o que ouviu. No final da história, ele sabia que precisava seguir Jesus. Imediatamente decidiu parar de beber e até jogou fora a garrafa de cerveja consumida pela metade, que estava segurando.

Foi para casa mais cedo naquela noite. Sua esposa ficou surpresa ao vê-lo sóbrio e de mãos vazias porque ele costumava trazer para casa algumas garrafas para beber. Sua esposa se ofereceu para lhe trazer uma garrafa de cerveja que havia comprado para ele no início do dia. Jillo a deixou chocada ao dizer que havia parado de beber e que ela deveria levar a garrafa de volta à loja e pedir reembolso.

Jillo, que não lia nem escrevia, pediu então à esposa que trouxesse a Bíblia que eles tinham em casa e lesse para ele a história de Jesus que Jarso tinha lido na cerimônia de batismo. A esposa veio com a Bíblia e quando ela terminou de ler a história, Jillo compartilhou com ela o que tinha ouvido de Jarso.

Naquela noite, Jillo e a esposa tomaram a decisão de seguir Jesus. No dia seguinte, Jillo entrou em contato com Jarso, que lhe mostrou como fazer o Estudo Bíblico de Descoberta em família. A partir do dia seguinte, Jillo e a esposa, juntamente com seus filhos, começaram a fazer um EBD todas as noites.

Duas semanas mais tarde, Jillo, sua esposa e alguns vizinhos que se juntaram ao Grupo Bíblico de Descoberta foram batizados. Jillo e esposa continuaram esta jornada, promovendo o surgimento de mais oito grupos de Descoberta. Jillo conclui seu testemunho dizendo que, se a tendência atual continuar, é provável que todo o distrito seja transformado através do evangelho.

 

Uma Raabe do Novo Testamento

Nosso plantador de igrejas Wario conheceu uma jovem mulher há dois anos chamada Raabe. Essa mulher era muito bonita e quando Wario a conheceu, ela era, como seu homônimo bíblico, uma profissional do sexo. 

Wario começou a contar a ela a história da Raabe da Bíblia, incluindo o que foi citado sobre ela em Hebreus 11. Contou como a vida de Raabe foi transformada de uma vida de prostituição para a de uma mulher de fé e como ela entrou na linha genealógica de Jesus.

Raabe nunca havia lido a Bíblia por si mesma. Mas sabia que na Bíblia havia uma mulher que se chamava Raabe e que havia sido prostituta. Isso ela havia aprendido de várias pessoas que ouviam seu nome.

Mas quando ouviu pela primeira vez, de Wario, a história completa de Raabe, ela foi tocada e perguntou a Wario se poderia ser como a Raabe da Bíblia. Wario disse “sim” e se ofereceu para orar por ela. Nesse processo, ela acabou sendo libertada da escravidão demoníaca. Depois disso, sua vida mudou drasticamente.

Ela se tornou uma seguidora muito forte de Cristo e uma fazedora de discípulos. Casou-se com um seguidor de Cristo e o casal se tornou um comprometido fazedor de discípulos. No último ano, eles plantaram seis novas igrejas em sua comunidade.

Shodankeh Johnson é o líder do New Harvest Ministries (NHM) em Serra Leoa. Através do favor de Deus e de um compromisso com Movimentos de Fazedores de Discípulos, o NHM tem visto centenas de igrejas simples plantadas, mais de 70 escolas iniciadas e muitos outros ministérios de acesso iniciados em Serra Leoa nos últimos 15 anos. Isto inclui igrejas entre 15 povos muçulmanas. Também enviaram obreiros de longo prazo para 14 países na África, incluindo oito países no Sahel e Magrebe. Shodankeh fez treinamentos, catalisando orações e movimentos de fazedores de discípulos na África, na Ásia, na Europa e nos Estados Unidos. Serviu como Presidente da Associação Evangélica de Serra Leoa e como Diretor Africano da New Generations. Atualmente é Diretor de Oração e Ministérios Pioneiros na New Generations.

Victor John, um nativo do norte da Índia, serviu como pastor por 15 anos antes de mudar para uma estratégia holística visando um movimento entre o povo Bhojpuri. Desde o início dos anos 90, ele tem desempenhado um papel catalisador da concepção até o grande e crescente movimento Bhojpuri.

Aila Tasse é o fundador e diretor da Lifeway Mission International (www.lifewaymi.org), um ministério que tem trabalhado entre os não alcançados há mais de 25 anos. Aila faz treinamento e acompanhamento entre os Movimentos de Fazedores de Discípulos na África e ao redor do mundo. Faz parte da Rede de Movimentos de Plantação de Igrejas na África Oriental e é Coordenador Regional da New Generations para a África Oriental.

(1) Extraído de “Movimentos de Fazedores de Discípulos na África Oriental”, por Dr. Aila Tasse, na edição de novembro-dezembro de 2017 da Missão Fronteiras.

(2) Por razões de segurança, todos os nomes pessoais nestes relatos foram alterados.

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Sobre Movimentos

Crianças e Jovens: Peças que Faltam nos Movimentos?

Crianças e Jovens: Peças que Faltam nos Movimentos?

Por Joseph Myers, Editor Sênior, Accel –

Editado e publicado com permissão, a partir da edição de abril de 2021 da Accel, páginas 14-18

Information abounds on children’s ministry and youth ministry in traditional church settings. And hundreds of webpages, articles and books discuss church planting movements and disciple making movements. But after searching diligently, I have come across only two references that seem to address children/youth and movements with any degree of detail. The first is George O’Connor’s Reproducible Pastoral Training: Church Planting Guidelines from the Teaching of George Patterson (Pasadena, CA: William Carey Library, 2006). Guideline 32 is “Let children do serious ministry” (pages 140–9). Although not necessarily formulated with movements in mind, the concepts presented in this guideline are relevant and contain enough detail that the reader can hope to implement them. A summary appears below.

  • Let children actively participate in worship instead of listening passively to a children’s sermon or story. For example, children love to act out Bible stories for adults during worship. Mixing different ages, including adults, to dramatize sermons makes a greater impact on hearers. 
  • Always segregating children and youth by age cripples their social development. Children benefit more from working and playing with adults and children of different ages.
  • Churches and parents should apply a practical, relational approach to the training and discipling of children and youth.
  • Christian parents, especially fathers, should do far more training of children, and churches should have more activities that include whole families.
  • Children of all ages desire the attention of those older than they are. Having older children disciple younger children and youth disciple older children grows both the discipler and the discipled.
  • Help children to participate actively in the Lord’s work.
  • Recognize what each child has to offer.
  • Children thrive on being creative. Give them opportunities to share the fruit of their creativity (songs, poems, skits, artwork) with other children and, as appropriate, with adults.
  • Children learn well from non-verbal teaching. For example, accepting children as a part of the fellowship from their earliest years instills in them a love for the church and, by extension, for the truths it teaches and models for them.
  • Teach the Word the way Paul did. Good Bible exposition lays a foundation for abstract doctrinal understanding. Beginning with a concrete Bible passage on events such as creation, the Fall, the Abrahamic Covenant, or the giving of the Law can help adults as well as children grasp the more difficult related concepts.
  • Vary the ways in which you present a passage of Scripture to increase engagement and understanding. Examples include reading, dramatizing, giving object lessons, and asking questions – even within the same teaching or preaching session.

The other helpful resource is an article by C. Anderson, appropriately entitled “Can Children and Teenagers Be Part of a DMM?” In the section “Principles for Dealing with Family Issues in DMMs,” she lays out six things parents and other adults can do to help children and teens develop as disciples and disciplers: 

  • Shift your mindset from entertaining kids to training them.
  • Children and teenagers need to be taught that they too are royal priests.
  • Cast vision for movement to children and teenagers; get buy-in from them as well as their parents. (Within this principle she counsels, “Help them see what God could do through them to start a movement and invite them to pray with you for this.”)
  • Expect more of children and teenagers. They will rise to the challenge.
  • Don’t always separate kids into their own groups.
  • Help parents understand their responsibility to train their kids to obey Christ and multiply disciples.

Although these principles address the issues of “what” more than “how,” they provide a good starting point for serious consideration of ways youth and children can become active participants in, and even leaders of, movements.

Anderson closes her article with a warning that anyone seeking to disciple young people should take to heart:

Very few churches expect teenagers to actually be disciple makers. They are not challenged to exercise their spiritual gifts in any significant way. We must work to change this paradigm if we want to see movements in the West. Those of you from Africa or Asia, this is one place where you should avoid adopting an ineffective Western church model of discipling children!

Youth are the future of our churches and movements. But we recognize as well that we think of them only as the future at our peril. Surely many more stories of how God has worked in, among, and through children and youth in movements are just waiting to be shared, if only we would take the time and effort to do so.

To that end, I’d like to issue you a challenge. Look at your own ministries. Talk to people who are part of your movements. Ask your colleagues who are involved with other movements. What is God doing to reach, disciple, train, and make leaders of children and youth? How is it happening? Isn’t that worth sharing for both His glory and the building up of the body (through others taking what you have learned and applying it)?

If you think so too, drop me an email at [email protected]. God willing, we can produce a follow-up issue on “Children and Movements” in the not-too-distant future.

(1) MFD: Movimento de Fazedores de Discípulos (em inglês DDM: Disciple Making Movements). https://www.dmmsfrontiermissions.com/children-teenagers-dmm/

(2) Ibid.

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Sobre Movimentos

ORAÇÃO E GUERRA ESPIRITUAL

ORAÇÃO E GUERRA ESPIRITUAL

Extraído com permissão do livro altamente recomendado

O Reino Liberto: Como os Valores do Reino do 1º Século de Jesus Estão Transformando Milhares de Culturas e Despertando Sua Igreja, por Jerry Trousdale & Glenn Sunshine. 

(Localização no Kindle: 2399-2469, do Capítulo 9 “Oração Abundante”)

Os Movimentos de Fazedores de Discípulos não são um programa, não são uma estratégia ou um currículo. São simplesmente um movimento de Deus. Sem Ele, não há nada. É por isso que toda discussão sobre Movimentos de Fazedores de Discípulos começa com Oração e Jejum. Nosso Deus Soberano está buscando apaixonadamente os perdidos para trazê-los a si mesmo. Oração e Jejum nos permitem alinhar-nos com Ele. Não haverá resultados se andarmos com nossas próprias forças e conforme nossos próprios recursos. Deus diz: “Pede-me, e te darei as nações como herança e os confins da terra como tua propriedade”. Ainda, “como prometi a Moisés, todo lugar onde puserem os pés eu darei a vocês…”. Por trás de qualquer sucesso em plantar igrejas e fazer discípulos há muita oração e muito jejum, muito dobrar de joelhos, muito clamor e pranto diante de Deus. É aqui que se ganha a vitória e depois, quando se vai para o campo, se vê o resultado. 

-Younoussa Djao, Envolva-se! Série de vídeos da África 

ORAÇÃO E BATALHA ESPIRITUAL 

A oração é um elemento crítico da guerra espiritual que enfrentamos diariamente. Às vezes, parece que desde o momento em que abrimos os olhos e abrimos nossos telefones para olhar as notícias até o momento em que nos deitamos à noite e procuramos um filme para assistir antes das orações noturnas, somos inundados pelo pecado – a guerra espiritual é tão comum que não só não podemos ignorá-la, como quase não a notamos mais. Além disso, a Igreja do Norte Global muitas vezes ignora a realidade da atividade demoníaca, mas as igrejas do Sul Global não.

  Um homem a quem chamaremos Gonda é um plantador de igrejas em um país da África central. Viu Deus produzir resultados miraculosos na África central, sobreviveu e prosperou em situações difíceis. Ele nos disse que tem quatro princípios que moldaram seu ministério: 1. Para ele, tudo depende da oração e de escutar a voz de Deus; 2. Ele busca pessoas de paz; 3. Quando as encontra, ele catalisa os Estudos Bíblicos de Descoberta; 4. E ele orienta e acompanha seus discípulos, outros líderes e novas igrejas para que todos se reproduzam. 

Gonda tinha ouvido falar de uma cidade chamada Hante. Era uma comunidade bastante fechada, que se dedicava a um negócio horroroso de assassinato e exportação de sangue humano e partes do corpo a outros países para fins demoníacos. A cidade não tolerava muito bem os estranhos. E a investigação de Gonda sugeriu que algumas pessoas não tinham sobrevivido a uma visita a essa comunidade. 

Então Gonda começou a orar a Deus em favor desta cidade. Sabia o risco de tentar levar o Reino de Deus para aquele lugar, mas Deus o havia encorajado neste esforço. Assim, a única coisa a fazer era orar e obedecer – e realizar mais algumas investigações. 

Ele soube que o chefe da comunidade estava muito envolvido com fetiches ancestrais, que deram a ele habilidades sobrenaturais para entrar no meio de uma manada de elefantes, convocando então seus ajudantes. As pessoas temiam a ele e a seus poderes místicos. 

Gonda orou por orientação e esperou. 

Logo, ele conheceu uma mulher cristã que vivia na cidade de Hante. No momento em que conheceu a mulher, sentiu o chamado claro do Senhor para iniciar o processo. Ela queria ver o Evangelho apregoado lá, mas estava preocupada que sua comunidade fosse um desafio grande demais. Gonda elaborou um plano para começar primeiramente com um vilarejo a sete quilômetros de distância. Imaginou que poderia ser um espaço para fazer encenações e se aproximar o suficiente de Hante, para explorar e fazer caminhada de oração pela área. 

Finalmente, em uma tarde de sábado, ele fez a viagem para a aldeia da “encenação”, com dois jovens discípulos que estava orientando e acompanhando, na expectativa de dormir lá. Mas aconteceu de um antigo pastor os encontrar no caminho e, quando soube das intenções deles, insistiu em levá-los diretamente para Hante, para a própria aldeia alvo. Gonda sentiu que o pastor era uma pessoa de paz, que poderia apresentá-los aos aldeões e, por isso, concordou com a mudança de planos. 

Foi bem depois do anoitecer que os homens exaustos entraram em Hante – e não se sentiram nada seguros. Mas ajudou que eles estavam acompanhados por alguém que já era conhecido na aldeia, especialmente quando o pastor disse ao povo que seus amigos eram contadores de histórias, que contavam as histórias do Deus Criador. 

Já eram dez da noite, mas as pessoas que se reuniram no início para abordar o grupo de estranhos agora insistiam que queriam ouvir uma de suas histórias; então julgariam se eles poderiam ou não ficar. Os moradores construíram uma fogueira e os homens começaram a contar as histórias da Bíblia, começando pela Criação, passando pelas grandes narrativas do Antigo Testamento e entrando nos Evangelhos, dando ao povo tempo para descobrir o que tudo isso poderia significar para eles, se fosse verdade. Às vezes Gonda até cantava uma canção de adoração e as pessoas começavam a dançar. E assim continuou por algumas horas. Por volta das duas da manhã, as pessoas começaram a deixar o fogo – mas não para dormir. Corriam para acordar suas famílias para que fossem e ouvissem as maravilhosas histórias. 

Por fim, cerca de 150 pessoas ficaram reunidas ao redor do fogo, ouvindo a narrativa cronológica da Bíblia. Gonda jamais poderia esperar que as pessoas ficassem acordadas a noite toda para ouvir as histórias, mas ele e seus discípulos ficaram entusiasmados com esta evolução surpreendente. 

Mais tarde, as pessoas relataram que ficaram a noite toda porque tinham um medo profundo de morrer e estas histórias sobre o Deus Supremo ressoavam em seus corações. Havia famílias entre o grupo cujos antepassados tinham feito coisas terríveis e alguns deles ainda estavam fazendo essas coisas. Sentiam-se amaldiçoados e com medo, mas estavam intrigados com as histórias – quase como se as histórias fossem a primeira linha de vida para esperança e salvação que já haviam recebido. Sempre que parecia que as histórias poderiam terminar, estas famílias insistiam para que os homens continuassem. 

Durante a noite, o caçador de elefantes (que também era chefe da aldeia) ficou doente. Foi a um sacerdote animista local, que, contudo, não ajudou o chefe. Ele sabia que algo estava acontecendo na cidade, mas estava muito doente para verificar. Os fazedores de discípulos foram informados da doença do chefe da cidade e sabiam que alguns deles deveriam ir até ele e orar para que ele soubesse que havia um poder maior do que seus fetiches. Pela graça de Deus, com os fazedores de discípulos a seu lado, ele experimentou uma cura imediata, e decidiu assistir à narração de histórias nas primeiras horas da manhã.

A narração de histórias bíblicas não terminou ao amanhecer ou mesmo ao meio-dia – continuou até as três da tarde – dezessete horas de história bíblica, desde a Criação até Jesus entronizado no Céu. Durante todo esse tempo, a equipe de fazedores de discípulos ficou maravilhada que o povo estivesse ansioso para dedicar tanto tempo e energia a este estudo bíblico cronológico ininterrupto. 

Os estudos bíblicos de Diálogo e de Descoberta continuaram por duas semanas, após o que o chefe decidiu tornar-se o primeiro seguidor de Cristo da comunidade. Ele convocou uma reunião da cidade, confessou muitos pecados, incluindo seus fetiches, trouxe todos os seus artefatos ocultos e os destruiu antes de receber o batismo. Mais de quarenta pessoas foram batizadas logo depois e uma igreja nasceu na vila. Por fim, 280 pessoas foram batizadas. Então o chefe viajou para outras aldeias da região para falar do amoroso Deus Criador, que cura, perdoa e muda o coração das pessoas. Milagrosamente, a cada visita, mais igrejas eram plantadas. 

Gonda relata que, na nova cidade, as pessoas começaram a explicar porque se tornaram Seguidores de Cristo, simplesmente declarando: “Descobrimos o Deus Criador, que é muito poderoso!” Na nova cidade, os Seguidores de Cristo continuaram a crescer e a prosperar, com mais orações respondidas e mais provas do amor de Jesus. Alguns meses depois, uma guerra de rebeldes fez com que todos os aldeões, muitos dos quais haviam se tornado Seguidores de Cristo, evacuassem para uma cidade muito maior, por segurança. 

A história terminaria aí, exceto por um detalhe notável. Na cidade em que a equipe tinha originalmente a intenção de usar como área de encenação, havia um templo muito grande dedicado à deusa da cidade – uma presença malévola que, acreditavam os moradores, periodicamente causava a morte de pessoas que se aproximavam do templo. O pastor que a equipe tinha encontrado na estrada, o homem que tinha sido sua pessoa de paz para entrar em Hante em primeiro lugar – esse pastor tinha sido encorajado pelo que Deus estava fazendo na região e passou três dias em jejum e oração. Então, numa segunda-feira, às oito da manhã, ele caminhou até o centro daquela cidade “área de encenação” – e pessoalmente incendiou o templo. A maioria dos moradores estava certa de que ele morreria, mas ele não morreu. 

Graças a esse incidente, impulsionado pelo poder de Deus através da oração persistente de Hante, houve um avanço acelerado entre os Seguidores de Cristo, enquanto a adoração da deusa entrava em declínio. 

 

A DESTRUIÇÃO DO REINO DE SATANÁS

Esta história ilustra que o ministério de Jesus não era para entregar uma nova filosofia ou religião; era para destruir o reino de Satanás. Jesus terminou um de seus diálogos com os fariseus com estas palavras: “Como pode alguém entrar na casa do valente e roubar-lhe os bens sem primeiro amarrá-lo? E, então, lhe saqueará a casa” (Mt 12:29). É intenção de Jesus destruir as obras de Satanás e de seus servos, e que o povo do Reino resgate outros das trevas para povoar o Reino de Deus. 

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Sobre Movimentos

Multiplicando Movimentos – Iniciação e Polinização Cruzada, Parte 2

Multiplicando Movimentos – Iniciação e Polinização Cruzada, Parte 2

Por Benny –

Editado de um vídeo para Assembleia Global de Pastores para Finishing the Task

Na parte 1 desta publicação, eu compartilhei três estágios e três chaves que o Senhor usou para estimular ciclos de multiplicação em nossos movimentos. Nesta publicação, gostaria de compartilhar…

Três Fatores que Sustentam a Multiplicação de Movimentos

Que fatores sustentam a multiplicação de movimentos? Mencionarei três fatores: padrões, potencial e equipes de líderes. Em primeiro lugar, padrões. Padrões simples. Padrões que são ensinados e repetidos continuamente. Padrões que são imitados pela próxima geração de crentes. Nas Escrituras, vemos com frequência que Jesus criou um modelo que repetiu e depois ensinou a seus discípulos da mesma forma. Paulo, um apóstolo de Jesus, disse: “Sejam meus imitadores, como eu sou imitador de Cristo”. Líderes de movimento precisam de padrões claros para exercer seu ministério de forma eficaz. Precisam de padrões que possam transferir para líderes nas gerações seguintes. Padrões ajudam um movimento a permanecer no caminho certo. Isto é especialmente importante para manter a pureza do ensino da Bíblia. 

Descobrimos padrões ao fazer pesquisas e depois experimentá-los em diferentes contextos por períodos de tempo limitados. Em seguida, avaliamos a efetividade dos padrões. Treinamos pessoas nos padrões que se mostram úteis, para que possam ser usados em outras áreas. 

Um padrão muito útil é o monitoramento de frutos (que chamamos de “gestão de ovos”, pois os círculos no gráfico se parecem com ovos). Treinamos líderes em como monitorar frutos, para que anotem seus dados de frutos em um formato padrão. A cada trimestre coletamos dados dos líderes: os de gerações mais recentes até os líderes de gerações mais maduras. Treinamos e orientamos esses líderes para analisarem vários indicadores dentro do padrão de dados. Isto os ajuda a aperfeiçoar sua liderança.  

O segundo fator na multiplicação dos movimentos é o potencial. Um dos desafios que os líderes de movimento devem enfrentar é descobrir as pessoas com maior potencial e desenvolvê-las para serem produtivas e efetivas. Por isso, devemos ser agressivos na busca de pessoas de paz, que possam dar acesso às suas redes de relacionamento. E devemos ser agressivos na busca de pessoas com potencial para preencher as funções de liderança necessárias em um movimento. Descobri pelo menos 12 diferentes papéis em um movimento:

  1. Líderes que exercem as responsabilidades de liderança a eles confiadas. 
  2. Agentes apostólicos de diversas profissões e status sociais, que carregam o DNA de movimentos e iniciam movimentos em novas áreas. 
  3. Pesquisadores que pesquisam e analisam o que descobrem. 
  4. Conselheiros e mentores que vêm ao lado de outros para ajudá-los a descobrir respostas para seus problemas. 
  5. Facilitadores que coordenam várias atividades de desenvolvimento comunitário. 
  6. Professores espirituais que amam a palavra de Deus e descobrem e compartilham seus princípios espirituais. Chamam outros para viver suas vidas de acordo com as Escrituras. 
  7. Instrutores que ajudam outros a melhorar suas habilidades. 
  8. Administradores que coordenam várias tarefas administrativas. 
  9. Criadores de mídia que são imaginativos, criativos e inovadores na produção de conteúdo de mídia. 
  10. Doadores que fornecem apoio financeiro ou outros tipos de recursos. 
  11. Intercessores que dedicam tempo e atenção à oração. 
  12. Catalizadores que conectam pessoas dentro de várias redes. 

Quero fazer uma observação especial sobre o papel do agente apostólico. Uma pessoa com este dom apostólico pode estender um movimento a outro povo não alcançado. Pode viver transculturalmente, compreender o DNA dos movimentos e aplicar dinâmicas de movimento em um novo contexto cultural. 

Você também precisa ser agressivo no uso de vários programas de desenvolvimento comunitário polivalentes que apoiem seu ministério espiritual. 

Você já encontrou pessoas que possam preencher este tipo de papéis dentro de seu movimento? O que você vai fazer para maximizá-los? Qual seria o benefício de trabalhar com pessoas que ocupam esses papéis? 

O terceiro fator na multiplicação de movimentos são as equipes de líderes. A espinha dorsal do progresso do movimento é a maximização do potencial de liderança em múltiplas equipes. Faça todos os esforços para entrelaçar seus líderes desde o início, para que laços de irmandade se desenvolvam entre eles. Construir laços de irmandade começa com os líderes da primeira até a terceira geração para formar um grupo de líderes sobre cada agrupamento (10 ou 15 grupos). Em seguida, um vínculo de irmandade é tecido entre líderes de grupos para formar um grupo de líderes sobre cada pequena região (3 ou mais grupos). Como um movimento cresce geograficamente e aumenta a quantidade de frutos, será necessário formar os principais líderes em um grupo de líderes sobre uma ampla região (3 ou mais regiões pequenas). No início as reuniões de seus líderes podem não ter uma agenda clara, mas, por fim, os líderes devem tomar consciência das necessidades que devem ser abordadas em cada reunião.

A agenda dos grupos de líderes inclui:

  • Oração. 
  • Estudo da palavra de Deus, usando Sete Questões.
  • Compartilhamento de histórias sobre o desenvolvimento do ministério e os desafios que estão enfrentando.
  • Apresentações sobre os experimentos que estão tentando e seus resultados. 
  • Planejamento estratégico em conjunto.
  • Uso de círculos de orientação para ajudar os líderes a enfrentarem um desafio atual. 
  • Celebração do que vocês podem celebrar. 
  • Expressão de empatia para com os líderes que compartilham más notícias.
  • Ao final de uma reunião de líderes, dê a eles um desafio. (Por exemplo, durante os próximos três meses, tente abrir caminho em três novas áreas).

Reuniões regulares de grupos de líderes nos níveis de agrupamento, região pequena e região ampla devem tornar-se um viveiro. O viveiro de um grupo de líderes sobre um movimento cultiva DNA com potencial de gerar novos movimentos em outros povos não alcançados (ou mesmo em outras nações). Reuniões de líderes ajudam os líderes a aperfeiçoar e a capacitar uns aos outros. Grupos de líderes se tornam espaços para fazer crescer e desenvolver a capacidade de seus líderes. 

Questões para discussão com outros em seu ministério

Padrões: 

  1. Que dificuldades você enfrenta para descobrir bons padrões? 
  2. Os líderes locais replicam bons padrões para a próxima geração? 
  3. Quais de seus padrões de ministério são mais eficazes ou produtivos? 
  4. De quais outros padrões os líderes locais ainda precisam? 

Potencial em sua equipe de liderança: 

  1. Quem você tem em seu Círculo 1 (os principais líderes em que você confia)? Como você maximiza seus líderes no Círculo 1? 
  2. Dos doze papéis mencionados, quais papéis estão sendo desempenhados por seus líderes do Círculo 1? Quais papéis não estão sendo desempenhados por eles? O que você vai fazer para encontrar pessoas que possam desempenhar esses papéis? 

Equipes de líderes: 

  1. Que modelo de liderança é mais parecido com o do seu ministério? 
    1. Liderança centralizada: Um ou mais líderes destacados são responsáveis pela maior parte do ministério. 
    2. Liderança compartilhada: Um líder destacado é responsável por um número limitado de pessoas e assuntos. Três ou mais líderes compartilham responsabilidades em equipes de liderança. Múltiplas equipes de liderança estão em diferentes áreas e gerações.
  2. Como estes dois modelos diferentes influenciam a forma como a liderança acontece? Como a expansão do movimento é impactada por cada modelo? 
  3. De que forma as equipes de líderes atuam como viveiros que transferem o DNA do movimento para novos povos não alcançados?
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Sobre Movimentos

Multiplicando Movimentos – Iniciação e Polinização Cruzada, Parte 1

Multiplicando Movimentos – Iniciação e Polinização Cruzada, Parte 1

Por Benny –

Editado de um vídeo para Assembleia Global de Pastores para Finishing the Task

Gostaria de compartilhar como um movimento multiplicou a si mesmo dentro de um povo não alcançado e como esse movimento, liderado por crentes locais, se multiplicou em vários outros povos não alcançados. Há cerca de nove anos, viajei para fazer pesquisas e caminhadas de oração entre um povo não-alcançado. Quando visitei este grupo pela primeira vez, não havia crentes e nem obreiros servindo entre eles. Três anos depois, eu voltei. Naquela época, conheci um pescador de meia-idade em um restaurante. Um dos tópicos que ele abordou foi o uso de poderes espirituais malignos e magia negra por um xamã local. Isto deixou muitas pessoas aterrorizadas após ocorrerem várias mortes inusitadas. Ouvi atentamente sua história e então disse a ele: “Todos nós precisamos de um protetor por perto, que possa nos ajudar a nos sentir seguros e capazes de viver em paz”.

Ele respondeu: “Oh, sim! Eu certamente concordo com essa afirmação!” 

Então perguntei a ele: “Se você acha que este é um assunto importante, importa-se que continuemos nossa discussão mais tarde em sua casa? Você tem outros amigos interessados neste assunto, que talvez queiram falar sobre ele juntos quando eu for visitá-lo?” 

Ele respondeu: “Claro! Por favor, venha à minha casa”.  

Assim, marcamos um encontro na casa dele em outro dia. Fiquei em sua casa por dois dias, e ele mandou outras quatro pessoas irem lá para a discussão. Eram de vários grupos étnicos que vivem naquela área. Continuamos a discussão que havíamos iniciado, com o tema de Deus como um forte protetor. Estudamos a partir dos Salmos, usando sete perguntas para orientar a discussão. A conclusão da primeira reunião foi que Deus é capaz de superar todos os ataques de espíritos malignos e magia negra. E Deus é capaz de proteger e dar uma sensação de segurança a qualquer um. 

No dia seguinte, em nossa segunda reunião, estudamos o tema: “Deus é a fonte da bênção suprema”. Examinamos a história desta bênção que foi dada ao profeta. Eles concluíram que Deus quer que todas as pessoas recebam a bênção final: salvação para esta vida e no julgamento final. Quando tive que voltar daquela cidade para casa, assumi o compromisso de continuar nossa discussão à distância. Continuei a compartilhar material com eles, usando as mídias sociais. 

O tema que levantei foi: “Deus ama os pecadores”. Eles responderam a esta discussão concordando juntos que Deus providenciou a salvação pela graça e o verdadeiro perdão para todos através da obra de Jesus, o Messias. Após terminarem a discussão, eles imediatamente compartilharam o que haviam aprendido: com sua família, seus amigos e seus vizinhos. Eles também começaram a formar mais e menores grupos formais de descoberta, usando as sete perguntas. 

Resumindo: dois anos depois, eles me enviaram a notícia de que já haviam chegado a cinco gerações de grupos. Eles também haviam chegado a dois outros povos não alcançados, com grupos de descoberta se multiplicando para a terceira e quarta geração. 

Três Estágios que Sustentam a Multiplicação

Como estimulamos os ciclos de multiplicação em um movimento? Em minha experiência, três estágios sustentam ciclos de multiplicação. O primeiro é chegar aos não alcançados. O segundo é o grupo de descoberta, que fomenta a multiplicação dos movimentos. O terceiro é a delegação de autoridade, que maximiza a liderança em múltiplas equipes de líderes. 

 

Estágio 1: Alcance o Não-Alcançado 

A primeira chave para alcançar os não-alcançados são as viagens de pesquisa. Eu sou viciado em abrir novos campos. Como mencionei na minha história anterior, visitei um povo não-alcançado, completamente desconhecido para mim. Eles falam uma língua diferente, seguem tradições diferentes e comem comidas diferentes. Algumas práticas têm-se mostrado frutíferas neste tipo de alcance. Primeiro é orar pelos povos não-alcançados e visitá-los. Precisamos de oração pessoal e de uma equipe de oração. Planejo uma equipe de curto prazo para fazer um projeto de pesquisa. Na viagem de pesquisa de curto prazo também aproveito a oportunidade para encontrar o primeiro fruto na área. O movimento cresce na medida em que encontramos agentes apostólicos localmente, que repetem este mesmo processo: viagens de curto prazo para oração, pesquisa e busca do primeiro fruto. 

A segunda chave para alcançar o não-alcançado é o diálogo de transformação. Isto é como passar a bola para frente e para trás em um jogo de futebol. É um processo interativo de mover a bola campo abaixo, de uma discussão geral em direção ao gol de uma discussão espiritual. Podemos então acrescentar outras pessoas ao grupo de descoberta e apresentá-las a Jesus, o Messias. Começamos com um tópico que é discutido por muitas pessoas locais. Aprender sobre os padrões de pensamento das pessoas locais nos ajudará a entender como atender às suas necessidades e mudar seu paradigma através da luz da palavra de Deus.

A terceira chave para alcançar os não alcançados é focar em grupos e não em indivíduos. Alcançar grupos é muito mais eficaz do que alcançar indivíduos. Quando focamos em um indivíduo, impactamos apenas uma pessoa. Isto nos desgastará e será muito ineficiente. O foco em grupos tem muitos benefícios. Cada indivíduo precisa de uma comunidade de crentes para crescer. Pequenos grupos aceleram o crescimento em um povo não alcançado. Grupos dão origem a outros grupos. E os grupos não ficarão sem recursos: recursos humanos, recursos financeiros, habilidades e ideias. 

 

Estágio 2: Facilitar o Grupo de Descoberta

O segundo estágio do ciclo de multiplicação dos movimentos é o grupo de descoberta, que fomenta a multiplicação de movimentos. Que modelo pode facilitar que um pequeno grupo se torne como um viveiro, que cria crescimento espiritual e melhora a saúde? E o ajuda a expandir-se para novas regiões, incluindo povos não alcançados? Eu uso o modelo de discussão bíblica da descoberta das Sete Perguntas como este viveiro. Este é um método muito simples, que pode ser aplicado a qualquer pessoa. Ele deixa claro para todos que o processo tem sete partes. Assim, os líderes das gerações anteriores podem facilmente transferir o processo para as gerações posteriores. 

As sete questões são: 

  1. Pelo que você está agradecido? 
  2. Que desafios você está enfrentando? 

Estas duas perguntas ajudam os membros do grupo a aprofundar seus laços de relacionamento. 

Leiam uma passagem juntos.  

  1. O que você aprende sobre Deus a partir desta passagem? 
  2. O que você aprende sobre Jesus (Isa) a partir desta passagem?
  3. O que você aprende sobre as pessoas a partir desta passagem? 

Estas três perguntas ajudam a cada um no grupo a reconhecer que a palavra de Deus está no centro de seu crescimento espiritual; não um professor ou um líder de grupo. Eles estudam as Escrituras juntos como um grupo, usando o método indutivo. Então cada um tem a oportunidade de compartilhar o que está descobrindo nas Escrituras. 

  1. O que você fará esta semana com o que aprendeu com esta passagem? O que nosso grupo pode fazer para aplicar o que aprendemos juntos nesta semana a partir desta passagem? 

Esta pergunta ajuda a todos no grupo a entender que eles devem ser agentes da Palavra. Também aprendem a viver como parte de uma comunidade de crentes. 

  1. Com quem você vai compartilhar esta semana o que aprendeu com esta passagem? 

Esta pergunta vai ajudá-los a fazer discípulos. Eles começarão imediatamente a compartilhar o que aprenderam e naturalmente começarão a formar novos grupos em diversas áreas. 

 

Estágio 3: Delegue autoridade a Equipes de Líderes

O terceiro estágio do ciclo de multiplicação em um movimento é a delegação de autoridade, que maximiza múltiplas equipes de líderes. 

Muitas vezes uso slogans para transferir visão e para treinar mentores de campo. Em meu ministério, tenho muitos líderes, orientadores e crentes que não são de alto status; muitos não têm uma boa educação. Slogans simples os ajudam a entender e a aplicar rapidamente o que viram e ouviram. Usamos slogans para desenvolver uma pluralidade de líderes em equipes.

Aprendemos do Senhor Jesus que ele escolheu um pequeno grupo de líderes. Ele então selecionou um núcleo central de três entre eles. Quando trabalhamos entre povos não alcançados, tentamos modelar o que foi modelado por nosso grande Mestre, na forma como ele selecionou e levantou líderes. Observamos para garantir que a pluralidade de líderes proporcione uma liderança saudável dentro do movimento. Pluralidade de liderança torna possível a resolução de problemas junto com vários líderes. Grupos de líderes nos dão tempo para fazer o planejamento estratégico junto com eles. Pluralidade de liderança também nos ajuda a nos preparar para a perda de um líder se alguém morrer, se mudar ou se deslocar por causa de perseguição. Dessa forma, o movimento não é paralisado pela perda de um único líder. 

Finalmente, fazemos delegação de autoridade em vários níveis. Precisamos estar cientes de que líderes em diferentes níveis enfrentarão diferentes tipos de desafios. Líderes em gerações anteriores carregam uma carga muito mais pesada do que líderes que vem depois deles. Como delegamos autoridade e treinamos líderes em cada nível, para que possam servir em sua capacidade máxima? Como podemos ajudá-los a administrar o movimento e a administrar bem suas responsabilidades, quer liderem 50 pessoas, 100, 500 ou 1.000? Cada um desses níveis de liderança traz complicações e desafios únicos, que eles devem enfrentar e para as quais têm de encontrar soluções adequadas. Isto sublinha a importância da delegação de autoridade em vários níveis, para que os líderes de cada nível alcancem a máxima eficácia enquanto trabalham juntos no movimento. 

Estes são alguns dos estágios e chaves que o Senhor tem usado para estimular ciclos de multiplicação em nossos movimentos. Espero que você as ache úteis no ministério que o Senhor lhe confiou. Na segunda parte, compartilharei três fatores que sustentam a multiplicação de movimentos.

 

Questões para discussão com outros em seu ministério. 

  1. Quem em sua(s) equipe(s) ministerial(ais) Deus tem usado para abrir novos campos?
  2. Como você está encontrando agentes apostólicos locais?
  3. Como você está fazendo o diálogo de transformação?
  4. Como você está alcançando grupos em vez de indivíduos?
  5. Você tem usado as Sete Perguntas para orientar a discussão bíblica de descoberta? O que está indo bem? O que é um desafio?
  6. Estão sendo formadas equipes de líderes?
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Sobre Movimentos

24:14 – A Guerra Que Finalmente Acaba

24:14 – A Guerra Que Finalmente Acaba

– Por Stan Parks e Steve Smith – 

Uma guerra que se renova tem sido travada silenciosamente durante os últimos 30 anos ou mais. No início, foi como uma insurgência silenciosa de alguns “combatentes da liberdade”, que não queriam ver bilhões de pessoas vivendo e morrendo sem acesso ao evangelho. Os radicais, não se conformando que tantos vivessem em cativeiro com o “governante deste mundo”, deram suas vidas para ver Jesus libertar os prisioneiros.

Isto não é um retorno às horríveis Cruzadas de batalhas terrenas, falsamente travadas em nome de Jesus. Este reino é invisível, como Jesus declarou:

O meu Reino não é deste mundo! Se o meu Reino fosse deste mundo, os meus seguidores lutariam para não deixar que eu fosse entregue aos líderes judeus. Mas o fato é que o meu Reino não é deste mundo! (João 18:36, NTLH).

Esta é uma batalha pelas almas das pessoas. Estes soldados escolheram acreditar que discípulos, igrejas, líderes e movimentos podem multiplicar-se como movimentos do Espírito, assim como ocorreu na igreja primitiva. Escolheram acreditar que os comandos de Cristo ainda carregam a mesma autoridade e poder do Espírito de 2.000 anos atrás. 

Movimentos de Plantação de Igrejas (MPI) estão expandindo-se novamente hoje, assim como ocorreu no livro de Atos e em vários momentos da história. Não são um fenômeno novo, mas antigo. Representam um retorno ao discipulado bíblico básico, que todos os discípulos de Jesus podem imitar como 1) seguidores de Jesus e 2) pescadores de homens (Mc 1:17). Em cada continente, onde se dizia: “Um MPI não pode acontecer aqui”, movimentos estão espalhando-se.

Princípios bíblicos têm sido aplicados em modelos práticos e reprodutíveis em uma variedade de contextos culturais. Servos de Deus estão ganhando os perdidos, fazendo discípulos, formando igrejas saudáveis e desenvolvendo líderes piedosos, de formas que podem multiplicar geração após geração e começar a transformar radicalmente suas comunidades.

Estes movimentos são a única forma que identificamos historicamente para que o Reino de Deus cresça mais rapidamente que a população. Sem movimentos, mesmo os bons esforços ministeriais resultam em perda de terreno.

A onda deste esforço renovado está avançando com uma força que não pode ser paralisada. Esta insurgência não é uma moda passageira. Com mais de 20 anos reproduzindo igrejas, o número de MPI se multiplicou de um punhado nos anos 90 para mais de 1.360 em maio de 2020, com outros sendo relatados a cada mês. Cada avanço de movimento foi obtido com grande resistência e sacrifício.

Esta missão – levar o evangelho do reino a todas as pessoas e lugares não alcançados e pouco alcançados – vem com vítimas reais de perseguição. Esta é uma luta até o fim, para ver o nome de Jesus prevalecer em todos os lugares, para que Ele seja adorado por todos os povos. Esta missão custa tudo, e vale a pena! Ele vale a pena.

Após quase três décadas do reaparecimento de movimentos nos tempos modernos, surgiu uma coalizão global, não por meio de discussão de ideias na sala de reuniões, mas por líderes dentro e ao lado de movimentos, unidos para cumprir um objetivo global:

E estas boas novas do domínio do Rei serão anunciadas em todo o mundo como um testemunho para todos os povos, e então o fim chegará. (Mateus 24:14, tradução do autor)

Como Deus atrai multidões de novos crentes de cada língua, tribo, povo e nação para Seu reino, nós ansiamos: “Vem, Senhor Jesus!” (Apocalipse 22:20). Nós clamamos:

Venha o Teu Reino! (movimentos)

Não restou lugar! (alcançando todos, completamente)

Finalizar o que outros iniciaram! (honrando os que nos precederam)

Através da oração, nós, como coalizão, sentimos que Deus nos deu um prazo para intensificar a urgência: Almejamos engajar todos os povos e lugares não alcançados com uma estratégia efetiva de movimento do reino (MPI) até 31 de dezembro de 2025. 

Temos subordinado marcas organizacionais e denominacionais a uma maior colaboração do reino para cumprir esta missão. Chamamos nossa membresia aberta de exército voluntário, pelo versículo que nos inspira: 24:14.

Não somos uma iniciativa centrada no Ocidente. Somos compostos por movimentos de igrejas domésticas do Sul da Ásia, movimentos de contexto muçulmano da janela 10/40, agências missionárias de envio, redes de plantação de igrejas em regiões pós-modernas, igrejas estabelecidas e muito mais. 

Somos uma comunidade colaborativa daqueles que catalisam, multiplicam e apoiam movimentos de plantação de igrejas para engajar urgentemente cada povo e lugar não alcançado em todo o globo.

Somos inspirados por um chamado a uma mentalidade de guerra (veja esse artigo em http://www.missionfrontiers.org/issue/article/finding-my-tribe) para sacrificar ao lado de irmãos e irmãs, para ver o evangelho proclamado em todo o mundo como testemunho a todos os povos.

Esta revolução é diferente de centenas de outros planos que surgiram ao longo dos séculos? Acreditamos que sim (veja esse artigo em : http://www.missionfrontiers.org/issue/article/why-is-2414-different-than-previous-efforts). Somos uma comunidade de relacionamentos, que veio da raiz dos próprios movimentos, cativados pela mesma visão e dispostos a trabalhar juntos para fazer isso acontecer. Esta visão 24:14 poderia muito bem ser o ponto culminante destes esforços históricos e atuais, ajudando os projetos a atingirem plenamente seus objetivos.

Haverá uma geração final. Ela será caracterizada pela propagação global do reino, e avançará diante da oposição global. Nossa geração se sente estranhamente como a que Jesus descreveu em Mateus 24.

Podemos ver um fim para uma guerra espiritual de 2.000 anos. A derrota do inimigo está à vista. “Já que terminei o meu trabalho nessas regiões” está no horizonte (Rm 15:23). Deus está pedindo que paguemos o preço e o sacrifício profundo para sermos a geração que cumpre Mateus 24:14. Você está dentro?

Editado e resumido de um artigo originalmente publicado na edição de janeiro-fevereiro de 2018 de Missão Fronteiras, www.missionfrontiers.org, páginas 7-12, expandida e publicada nas páginas 174-181 do livro 24:14 – Um Testemunho para Todos os Povos, disponível em 24:14 ou na Amazon.

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Sobre Movimentos

Como Deus Está se Movimentando Através do Sul da Ásia – Parte 2

Como Deus Está se Movimentando Através do Sul da Ásia – Parte 2

– Por família “Walker” –

Na parte 1 compartilhamos o desdobramento de um MPI no sul da Ásia, de nosso ponto de vista como estrangeiros, e o ponto de vista de nosso parceiro-chave Sanjay. Aqui estão algumas das muitas lições que aprendemos no processo: 

  1. Mateus 10, Lucas 9 e 10 oferecem uma estratégia eficiente para se conectar com pessoas perdidas. 
  2. Milagres (cura e/ou libertação demoníaca) são um aspecto consistente das pessoas que entram no Reino.
  3. Quanto mais fácil for o Processo de Descoberta, mais eficaz será. Assim, simplificamos a ferramenta várias vezes. 
  4. O treinamento a partir da Palavra de Deus é mais poderoso, eficiente e com mais potencial para ser reproduzido do que ferramentas e métodos feitos pelo homem.
  5. É melhor investir profundamente na capacitação das pessoas que estão aplicando os princípios do MPI do que focar em realizar mais treinamentos.
  6. Todos devem obedecer amorosamente a Jesus, e todos devem passar o treinamento para alguém mais.
  7. É vital mostrar quando alguém está seguindo a tradição e não a Palavra, mas apenas com sensibilidade cultural e confiança crescente, não como um ataque. 
  8. É vital chegar aos lares, não apenas aos indivíduos. 
  9. Use os Estudos Bíblicos de Descoberta (EBD) tanto para igrejas como para pré-igrejas. 
  10. Capacitar discípulos analfabetos e semialfabetizados para fazer o trabalho é o que dá mais frutos. Para esse fim, fornecemos aparelhinhos de som recarregáveis e baratos com conjuntos de histórias em cartões de memória para aqueles que não sabem ler. Cerca da metade das igrejas foi plantada com o uso desses aparelhos. Discípulos se sentam juntos, ouvem as histórias e as aplicam às suas vidas.
  11. Círculos de liderança fornecem orientação mútua, sustentável e reprodutível para líderes. 
  12. A oração intercessora e a oração de escuta (que inclui tempo de silêncio para ouvir a Deus) são cruciais.

O movimento tem chegado consistentemente além da 4ª geração de grupos em muitos lugares. Em alguns poucos locais, chegou a 29 gerações. De fato, isto não é apenas um movimento, mas múltiplos movimentos, em mais de 6 regiões geográficas, diversas línguas e diversos contextos religiosos. Apenas uma pequena parte das igrejas utiliza edifícios especiais ou espaços alugados; quase todas são igrejas domésticas, que se reúnem em uma casa ou pátio, ou debaixo de uma árvore.

Nossos papéis como catalisadores externos (Estrangeiros) 

  • Oferecemos mudanças de paradigma bíblicas, simples e replicáveis.
  • Fornecemos forte apoio à oração como equipe, e também mobilizamos apoio estratégico de oração do exterior.
  • Fazemos perguntas.
  • Treinamos nacionais para que treinem outros.
  • Oferecemos orientação se/quando o passo seguinte não estiver claro.
  • Somos muito cuidadosos ao enfrentar um problema sobre o qual possamos discordar de Sanjay e John. Nós os consideramos mais importantes do que nós mesmos. Eles não são nossos funcionários, mas co-operadores que buscam obedecer ao Senhor juntos. Assim, nós os encorajamos a não apenas acolher o que falamos sobre qualquer assunto, mas também a buscar o Senhor pessoalmente para ver o que Ele está dizendo.
  • Algumas vezes convidamos nosso mentor pessoal do MFD para se encontrar com Sanjay e John para que eles possam ouvir de alguém que tenha visto e feito mais do que nós.
  • Nós nos esforçamos para diminuir seus sentimentos de dependência em relação a nós. Optamos ativamente por sair do caminho o mais rapidamente possível.
  • Fornecemos ferramentas para líderes de discipulado (treinamentos bíblicos e treinamentos para crescimento de liderança), e ferramentas para discipulado nas igrejas (Estudos de Descoberta).

O Papel da Mulher No Movimento

As líderes femininas surgiram em processos de discipulado facilitados por líderes masculinos. As líderes femininas também se multiplicaram e desenvolveram outras líderes femininas. Na verdade, as líderes femininas constituem um componente chave do trabalho, possivelmente até 30-40% dos líderes centrais dos movimentos. Mulheres, mesmo jovens, lideram igrejas domésticas, plantam novas igrejas e batizam outras mulheres.

O Papel de Líderes Chave Internos 

Os nacionais são os que fazem o trabalho “real”. Percorrem as estradas poeirentas, entram nas casas e oram por milagres e libertação. São eles que iniciam os estudos bíblicos com simples agricultores e suas famílias, ficando em suas casas e comendo sua comida, mesmo quando a temperatura está próxima de 40 graus e não há eletricidade ou água. Fazem o trabalho e estão entusiasmados com os frutos que estão produzindo! Suas histórias alimentam o resto de nós para continuarmos.

Fatores Chave em Andamento

  1. Oração de escuta. Orar é nosso trabalho. O Senhor alterou e ajustou nossas abordagens muitas vezes através da oração. Ouvir é uma parte importante da oração. Tem havido muitas mudanças ao longo do caminho. Tantas perguntas: O que vem a seguir? Devemos trabalhar com esta pessoa? Chegamos a um “impasse”; que Escrituras devemos usar para o próximo treinamento? Será um bom uso dos nossos recursos? É hora de dispensar este irmão que não está aplicando o modelo, ou devemos dar mais uma chance a ele? Devemos continuar o treinamento nesta cidade ou é um beco sem saída? Nós, a equipe inteira, aprendemos a sentar e aguardar a resposta de Deus, não importa qual seja a pergunta.
  2. Milagres. O movimento tem crescido principalmente em bases relacionais através de milagres. Temos visto muitas curas e libertações de demônios. Milagres não apenas abrem portas para um EBD, mas notícias sobre milagres se espalham ao longo das relações familiares e de relacionamentos para que outras famílias se abram. Por exemplo, um discípulo pode encontrar uma oportunidade de orar por uma pessoa endemoniada. Quando a pessoa é libertada, a palavra se espalha por toda sua família, incluindo parentes que vivem em outras aldeias. Esses parentes pedem ao discípulo que também vá orar por eles. Quando o discípulo e a pessoa recém libertada vão e oram, muitas vezes um milagre acontece também para os parentes, e outro EBD começa. Desta forma, pessoas simples e sem instrução – inclusive aquelas que mal chegaram ao Reino – veem o Reino de Deus crescer. 
  3. Avaliação. Fazemos muitas perguntas: “Como estamos indo? Nossas ações atuais nos levarão para onde queremos ir? Se fizermos _____, os nacionais poderão fazê-lo sem nós? Eles podem replicar isso?” 
  4. Somos muito cautelosos quanto ao uso dos recursos. 
  5. Adaptamos nosso material. Somos seletivos quanto aos materiais que utilizamos. Se um novo recurso que nos foi dado não se encaixa bem, nós o ajustamos. Não há uma fórmula que funcione para todos.
  6. Estamos centrados na Escritura. Qualquer “bom ensinamento” que pudéssemos dar nunca seria tão eficaz quanto o que o Espírito Santo pode imprimir no coração das pessoas através da Palavra. Portanto, cada treinamento que realizamos tem uma forte base bíblica. Durante os treinamentos, todos fazem observações, fazem perguntas e se aprofundam.
  7. Cada um compartilha com os outros o que aprende. Ninguém é um lago; todos somos rios. Espera-se que os discípulos passem cada treinamento que recebem para suas próprias correntes de discipulado.

Louvamos a Deus pelo grande trabalho que Ele tem feito desde que nossa equipe começou a focar exclusivamente no mandato de fazer discípulos de todas as nações.

A família “Walker” começou o trabalho transcultural em 2001. Em 2006, eles se juntaram a Beyond (www.beyond.org) e em 2011 começaram a aplicar os princípios do MFD. Eles se uniram à “Phoebe” em 2013. Phoebe e os Walker mudaram de país em 2016 e têm apoiado os movimentos à distância.

Esta é uma ampliação de um artigo publicado na edição de janeiro-fevereiro de 2018 da Mission Frontiers e inclui material extraído do livro “Queridos Papai e Mamãe: Uma Aventura na Obediência”, de R. Rekedal Smith; publicado na íntegra nas páginas 121-129 do livro 24:14 – Um Testemunho para Todos os Povos, disponível em 24:14 ou na Amazon.

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Sobre Movimentos

Paixão por Deus, Compaixão por Pessoas

Paixão por Deus, Compaixão por Pessoas

– Por Shodankeh Johnson 

Demonstrações práticas do amor de Deus desempenham um papel integral nos Movimentos de Plantação de Igrejas. Servem como pontos de entrada para as boas novas e também como frutos da transformação do reino na vida das pessoas e das comunidades.

 

Os ministérios de acesso são um dos pilares dos Ministérios New Harvest (MNH). Desde que New Harvest começou, tem desempenhado um papel importante em mostrar a compaixão de Deus, fazendo discípulos e plantando igrejas em mais de 4.000 comunidades em 12 países. Esses engajamentos compassivos têm sido catalisadores fundamentais na formação de centenas de milhares de novos discípulos e mais de dez mil novos líderes cristãos.

Compaixão é um valor essencial do Reino, encontrado no DNA de cada Movimento de Fazedores de Discípulos. Temos dezenas de diferentes tipos de ministérios de acesso. Cada um desempenha um papel único em nos ajudar a avançar o Reino de Deus na África. A maioria não custa muito dinheiro, mas com a ajuda de Deus, causam um grande impacto. Fazemos parcerias com pessoas locais em cada ministério. Eles frequentemente fornecem liderança, trabalho e material – coisas presentes na comunidade, que podem ajudar a atender às necessidades.

Compaixão Heróica

New Harvest atende a muitos países a partir de nossa sede em Serra Leoa. Quando o ebola afligiu em 2014, não pudemos ficar em lugares seguros e nem enfrentar o desastre ao nosso redor. A crise atingiu muitas aldeias muçulmanas de forma especialmente dura, pois os rituais de sepultamento fizeram com que a epidemia explodisse ali. De repente, por causa do ebola, as pessoas não podiam sequer tocar pais ou filhos moribundos. Nesse contexto, vários líderes da New Harvest se voluntariaram nos lugares mais perigosos. Alguns sobreviveram, mas vários perderam suas vidas a serviço de outros – na maioria muçulmanos.

O chefe muçulmano de uma comunidade foi desencorajado por pessoas que tentavam escapar de sua aldeia em quarentena. Ele ficou impressionado ao ver cristãos chegando para servir. Ele orou esta oração em particular: “Deus, se me salvares disto, se salvares minha família, quero que todos nós sejamos como estas pessoas que nos mostram amor e nos trazem comida”. O chefe e sua família sobreviveram e ele cumpriu sua promessa. Memorizando passagens da Bíblia, começou a compartilhar na mesquita onde havia sido um ancião. Uma igreja nasceu naquela aldeia, e o chefe continua indo de aldeia em aldeia, compartilhando as boas novas do amor de Deus.

Descobrindo Necessidades Sentidas, Envolvendo a Perda 

Para MNH, os ministérios de acesso começam com a avaliação das necessidades sentidas de uma comunidade. Quando completamos uma avaliação das necessidades, a parceria com a comunidade deve desenvolver o respeito mútuo e a confiança. Depois de um tempo, o relacionamento leva à narração de histórias e Estudos Bíblicos de Descoberta (EBD). Os ministérios de acesso permitem a eles ver o amor de Cristo e tocar poderosamente seus corações.

A Rampa de Acesso para Movimentos do Reino

A oração é a base de tudo o que fazemos. Assim, após uma avaliação ser feita, nossos intercessores começam a orar por: 

  • portas abertas e corações abertos
  • seleção dos líderes do projeto
  • mãos abertas dos habitantes locais
  • movimento sobrenatural de Deus
  • liderança do Espírito
  • recursos necessário fornecidos por Deus.

Todos os nossos centros de oração conhecem as comunidades que estão sendo servidas. Eles jejuam e oram por cada uma delas. E Deus sempre abre a porta certa, na hora certa, com a provisão certa.

A oração é o ministério de acesso mais poderoso e eficaz. Ela tem causado um efeito cascata em todo o movimento. Estamos convencidos, acima de qualquer dúvida, de que o jejum estratégico e a oração conduzem consistentemente à derrota dos poderes das trevas. Às vezes, a oração por enfermos abre uma ampla porta de acesso. Através da oração persistente, temos visto comunidades muito hostis abertas, Pessoas de Paz  improváveis identificadas e famílias inteiras salvas. Toda a glória vai para o Pai, que ouve e responde orações.

A oração está subjacente a tudo o que fazemos. Eu digo às pessoas que os três elementos mais importantes dos ministérios de acesso são: o primeiro oração, o segundo oração e o terceiro oração.

Cada Projeto Torna Nosso Rei Conhecido

Fazemos o que é preciso para levar o evangelho às pessoas para que Cristo receba glória. Nosso trabalho nunca é sobre nós. É sobre Ele. Nós O tornamos conhecido, com um foco estratégico em povos não alcançados.

Equipe de Educação

Quando a educação é uma necessidade óbvia, nossos intercessores levam esta necessidade a Deus em oração. Enquanto oramos, envolvemos a comunidade para descobrir que recursos eles têm. Identificamos o que podem fornecer para atender às suas próprias necessidades. Com frequência, a comunidade fornece um terreno, um edifício comunitário ou materiais de construção para construir uma estrutura temporária.

Costumamos incentivar a comunidade a pagar parte do salário do professor. O professor é totalmente certificado e ele ou ela é também um discípulo veterano ou um plantador de igrejas. As escolas começam com alguns bancos, lápis ou canetas, uma caixa de giz e um quadro-negro. A escola pode começar debaixo de uma árvore, em um centro comunitário ou em uma casa velha. Começamos devagar e cultivamos a escola acadêmica e espiritualmente.

Quando uma Pessoa de Paz abre sua casa, ela se torna a rampa de lançamento para as reuniões dos EBD e mais tarde de uma igreja. Iniciamos mais de 100 escolas primárias, a maioria das quais são agora propriedade da comunidade.

A partir deste simples programa, Deus também ergueu 12 escolas secundárias, duas escolas técnicas comerciais e o Every Nation College, uma faculdade que tem uma Escola de Negócios e uma Escola de Teologia credenciadas. Ao contrário do que alguns poderiam esperar, os Movimentos de Fazedores de Discípulos também precisa de seminários fortes.

Necessidades Médicas, Odontológicas e de Higiene

Quando identificamos uma necessidade de saúde, enviamos equipes de profissionais médicos bem qualificados com medicamentos, equipamentos e suprimentos. Todos os membros de nossa equipe são fortes fazedores de discípulos e capacitados para facilitar o processo de EBD. Muitos também são plantadores de igrejas qualificados. Enquanto a equipe trata os pacientes, também busca uma Pessoa de Paz. Se eles não descobrirem uma em sua primeira visita, fazem uma segunda visita. Assim que descobrirem uma Pessoa de Paz, ela servirá como ponte e futuro anfitrião dos EBD. Se não encontrar uma Pessoa de Paz, a equipe irá para uma comunidade diferente, enquanto continua orando por uma porta aberta na anterior.

Dez plantadores de igrejas foram bem treinados e equipados como dentistas. São credenciados pelas autoridades sanitárias para fazer extrações e obturações dentárias. Um deles também atua como optometrista. Verifica a visão e prescreve óculos adequados. Ele faz isso por um custo, para manter o processo e evitar a dependência. Outros membros da equipe de saúde oferecem treinamento em higiene, amamentação, nutrição, vacinas infantis e cuidados pré-natais para mulheres grávidas.

Um Ministério de Acesso Menos Comum

Fazemos tudo isso de uma maneira semelhante à de Cristo, procurando tornar visível o reino de Deus. Deus se move e torna Sua presença conhecida. Isto muitas vezes começa com uma família ou com um improvável líder comunitário. Desta forma, vemos constantemente a multiplicação contínua de discípulos, de grupos de Estudos Bíblicos de Descoberta e de igrejas.

Uma grande comunidade na parte sul de Serra Leoa tinha sido bem difícil para entrarmos. Eram extremamente hostis com os cristãos. Pessoas identificadas como cristãs tinham dificuldade até mesmo para entrar naquele lugar. Por isso, oramos por aquela cidade. Mas o tempo passou e nenhuma de nossas estratégias funcionou.

Então, de repente, algo aconteceu! As notícias nacionais relataram um problema de saúde naquela cidade. Os jovens estavam ficando doentes e morrendo. Descobriu-se que as infecções estavam relacionadas ao fato de que a aldeia nunca havia circuncidado seus meninos. Ao orar sobre o problema, senti o Senhor me convencer de que esta era, finalmente, nossa porta aberta para servir àquela comunidade.

Reunimos uma equipe médica voluntária e fomos para a comunidade com o equipamento e os medicamentos adequados. Perguntamos se nos deixariam ajudá-los. Ficamos muito felizes quando os líderes da cidade concordaram. No primeiro dia, eles circuncidaram mais de 300 homens jovens.

Nos dias seguintes, os homens estavam se curando. Isso nos deu a oportunidade de iniciar os grupos de Estudos Bíblicos de Descoberta durante os dias de cura. Vimos uma grande resposta e logo a multiplicação do Reino começou a acontecer, com igrejas sendo plantadas! Em poucos anos, o lugar onde cristãos não podiam entrar foi transformado em um lugar onde a glória de Deus brilhava intensamente. A compaixão do povo de Deus, o poder através de muita oração e a palavra transformadora de Deus mudaram tudo.

Equipe de Agricultura

Nosso primeiro ministério de acesso foi o da agricultura. Em lugares onde o cultivo é crítico, a agricultura se torna uma grande porta de entrada para servir às pessoas. A maior parte do plantio é de agricultura de subsistência, principalmente para consumo familiar. Em geral, nenhuma semente é guardada para o plantio seguinte.

Estas situações nos levaram a desenvolver bancos de sementes para os agricultores. Assim como fizemos com nossas outras equipes, capacitamos nove agricultores, que também são plantadores de igrejas treinados. Estes agricultores/fazedores de discípulos educam os agricultores. Seu treinamento e orientação levam a relacionamentos que resultam em grupos de EBD, batismos e eventualmente igrejas. Hoje muitos agricultores se tornaram seguidores de Cristo…

Plantação de Igrejas

Cerca de 90% de nossas tentativas com ministérios de acesso levaram a uma igreja. Muito frequentemente, um engajamento resulta em várias igrejas plantadas. Ao voltarmos a visitar as comunidades, ouvimos muitos testemunhos de transformações individuais, familiares e comunitárias. Compaixão pelas pessoas, tornando Deus conhecido!

Shodankeh Johnson, marido de Santa e pai de sete filhos, é o líder dos Ministérios New Harvest (MNH) em Serra Leoa. Através do favor de Deus e de um compromisso com o Movimento de Fazedores de Discípulos, MNH viu centenas de igrejas simples plantadas, mais de 70 escolas iniciadas e muitos outros ministérios de acesso iniciados em Serra Leoa nos últimos 15 anos. Isto inclui igrejas entre 15 povos muçulmanas. Também enviou obreiros de longo prazo para 14 países na África, incluindo oito países no Sahel e Magrebe. Shodankeh tem feito treinamentos e catalisado orações e movimentos de discipulado na África, Ásia, Europa e Estados Unidos. Serviu como Presidente da Associação Evangélica de Serra Leoa e como Diretor Africano da New Generations. Atualmente é responsável pelo treinamento global e mobilização de oração para New Generations. É um líder chave na coalizão 24:14 na África e no mundo.

Adaptado de um artigo originalmente publicado na edição de Novembro-Dezembro de 2017 da Mission Frontiers, www.missionfrontiers.org, páginas 32-35, e publicado nas páginas 26-33 do livro 24:14 – Um Testemunho para Todos os Povos, disponível em 24:14 ou na Amazon.

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Sobre Movimentos

Um Modelo de Dois Trilhos para as Igrejas Existentes Alcançarem os Não Alcançados – Parte 2

Um Modelo de Dois Trilhos para as Igrejas Existentes Alcançarem os Não Alcançados – Parte 2

– Por Trevor Larsen & um Grupo Frutífero de Irmãos 

Na Parte 1 deste artigo, compartilhamos o desenvolvimento e o projeto-piloto do modelo de dois trilhos. Aqui está como Deus trabalhou, ao longo de quatro anos de aplicação desta abordagem. 

  1. Ano Um: Treinamento e Filtragem dos Participantes 

Durante o primeiro ano, fornecemos treinamento que consistiu em dezesseis tópicos. Isto foi feito durante um dia inteiro de treinamento a cada duas semanas. Convencionei que metade dos tópicos de treinamento faria crescer a igreja “Trilho 1”. Isto os ajudou a ver que queríamos servir à igreja “Trilho 1”. Mas minha prioridade era a outra metade dos tópicos de treinamento – projetada para equipar o grupo “Trilho 2”. Estes se concentravam em servir os muçulmanos fora da igreja e discipulá-los discretamente em pequenos grupos.

O ano inicial de treinamento focou o caráter e oito habilidades básicas da liderança. Uma dessas habilidades é a “Gestão de Ovos”. É assim que chamamos nosso relatório que usa círculos (como ovos) para mostrar a multiplicação de pequenos grupos. Gerenciamos com base no fruto, não na atividade. No campo, queremos encontrar obreiros que utilizem uma variedade de estratégias e táticas. Mas queremos principalmente avaliar o fruto que está sendo produzido por suas atividades. Assim, explicamos aos obreiros de campo os indicadores de progresso. Depois que eles concordam com esses indicadores, fazemos avaliações regulares juntos. 

“Gestão de Ovos”

Estas oito habilidades básicas são importantes para obreiros de campo que alcançam os muçulmanos. A cada avaliação, queríamos saber quais aprendizes tinham aplicado as oito habilidades. Os aprendizes ativos começaram a despontar como aqueles que aplicaram estas habilidades. Se elas não foram aplicadas, por que não? Supervisionamos os aprendizes, os motivamos e os avaliamos com base nestas oito habilidades. 

De 50 adultos na igreja, 26 foram treinados para ambos os trilhos, com os dezesseis tópicos de treinamento. Após alguns meses, apenas 10 sentiram que Deus os chamava para alcançar e discipular os muçulmanos fora da igreja. Essas 10 pessoas (cerca de 20% dos membros adultos da igreja) se candidataram para discipular os muçulmanos. 

Durante nossas avaliações trimestrais, vimos que seis desses 10 escolheram continuar servindo dentro da igreja (Trilho 1). Eles focaram em fazer o ministério da igreja, treinando seus membros e conectando-se com outras igrejas. Apenas quatro dos 10 foram ativos para alcançar o povo majoritário. Alguns treinadores podem desanimar neste ponto, mas estas quatro pessoas representavam 8% da igreja, o que é uma alta porcentagem para muitas igrejas. Estes quatro mostraram um chamado especial para discipular muçulmanos na população majoritária. 

  1. Anos Dois a Quatro: Coaching e Apoio aos Obreiros de Campos Emergentes 

Mentoreamos apenas as quatro pessoas que despontaram como ativas no ministério. A mentoria dessas quatro pessoas foi feita por crentes em um pequeno grupo de terceira geração sob nossa equipe de missão. Eram muçulmanos que haviam crido e que viviam nas proximidades. 

Os quatro foram enviados para servir muçulmanos em regiões próximas. Cada um deles escolheu uma área onde quiseram ser pioneiros, dentro de 25 a 30 quilômetros da igreja. Esta igreja de 25 famílias começou a apoiar estas quatro famílias que se dedicavam ao ministério muçulmano. Além de suas próprias ofertas, os membros da igreja fizeram isso levantando fundos com doadores fora da igreja. Contataram ex-membros da igreja que haviam se mudado para as cidades e agora tinham uma renda mais alta. 

Focalizamos nosso treinamento nestes quatro. A chave neste ministério não é o treinamento inicial, porque a maioria das pessoas esquece seu treinamento antes de poder aplicá-lo. O treinamento inicial serve como um filtro para encontrar as pessoas chamadas ao ministério ativo de campo para os muçulmanos. A chave para o treinamento em direção à produtividade é o diálogo regular entre os mentores e as pessoas ativas no ministério. Os mentores discutem com os aprendizes o que eles estão enfrentando no campo. Também revisam as “Práticas Frutíferas” discutidas no treinamento, e ajudam as pessoas ativas no campo a conseguir que esses pontos de treinamento funcionem em seus contextos. Muitas pessoas precisam de treinamento regular para melhor aplicar seu treinamento no campo. 

Inspirada pelo compromisso destas quatro pessoas, a igreja aumentou seu compromisso com este projeto “Dois Trilhos”. Concordaram em sustentar estes quatro com fundos para os ministérios de desenvolvimento comunitário. O desenvolvimento comunitário é uma maneira importante de amar os muçulmanos que têm baixa renda. Dá aos evangelistas acesso social para poder iniciar pequenos grupos. Passamos muito tempo discutindo questões de segurança com a igreja e as quatro pessoas ativas no campo. Isto ajudou todos a se tornarem mais sagazes. 

  1. Muito Fruto em Quatro Anos 

Agora, após quatro anos, o fruto do ministério iniciado por esses quatro membros da igreja chegou a cerca de 500 crentes. Este fruto na igreja subterrânea “Trilho 2” (em pequenos grupos) é muito maior que os cinquenta adultos na igreja “Trilho 1” acima do solo (em um edifício). 

Eles desenvolveram pequenos grupos de discipulado nos quais os muçulmanos passaram a ter fé. Estes, por sua vez, também iniciaram e estão liderando outros pequenos grupos de muçulmanos que chegaram à fé. O pastor tem mantido bem silenciosa esta alegre notícia de frutos. 

  1. Obstáculos Enfrentados e Visão Reafirmada  

Estes quatro obreiros de campo tornaram-se agora supervisores de muitos frutos em quatro áreas. Recentemente me encontrei com eles e com o novo pastor da igreja acima do solo. Discutimos o que fazer caso surja uma emergência devido ao conflito com o crescente número de fundamentalistas influenciados pelo Estado Islâmico. Combinamos que nossos crentes em pequenos grupos tentariam lidar com o problema sem mencionar sua conexão com qualquer outro grupo pequeno. Mas se o problema fosse muito difícil e outra pessoa tivesse que ser sacrificada, eles concordaram em “sacrificar” a igreja acima do solo, referenciando sua conexão. Este é um compromisso maravilhoso em um país onde muitas igrejas não querem chegar aos muçulmanos para evitar colocar em perigo sua igreja. Ao sacrificar a igreja acima do solo, o risco será limitado à igreja, e não envolverá o número muito maior de crentes na igreja subterrânea “Trilho 2”. A igreja registrada poderá receber a proteção da lei, enquanto a igreja subterrânea não o terá. 

Assim, tanto quanto possível, pequenos grupos lidarão com quaisquer conflitos como uma “célula independente”, de modo a não colocar outros em perigo. Os quatro líderes de campo treinariam os crentes da base em pequenos grupos para lidar com as coisas desta maneira. Eles não seriam identificados como (Trilho 1) membros da igreja. Isto ajudaria a mantê-los fora de perigo. O pastor mais jovem da igreja, que substituiu o mais velho, concordou em assumir este risco para proteger a igreja subterrânea. 

Somos honestos com as igrejas que treinamos neste modelo de “Dois Trilhos”. Elas precisam ver não apenas os benefícios, mas também os riscos deste ministério para os muçulmanos. As igrejas que treinamos devem concordar em manter nossos relatórios em segredo. Eles não podem ser compartilhadas com os membros de suas igrejas ou outros cristãos. Por causa disso, selecionamos cuidadosamente quais igrejas treinamos e quais membros mentoreamos.

Tivemos desafios de segurança nesta abordagem de dois trilhos, mas nosso maior desafio tem sido os ataques de alguns líderes de igrejas. Eles nos criticam, supondo que não cuidaremos das ovelhas se elas não forem a um prédio da igreja. Entretanto, treinamos uma pluralidade de presbíteros em cada grupo para pastorearem as ovelhas. Pedimos que cada líder de grupo pequeno crie um ambiente de cuidado mútuo entre os membros do grupo pequeno, para que cuidem uns aos outros. Alguns líderes da igreja também nos criticam por não comunicar nossos frutos à polícia, o que daria a eles o status oficial de igreja. Entretanto, não estamos preocupados com o status oficial. Em vez disso, nos concentramos em amadurecer o corpo de crentes para que eles se tornem como a igreja que vemos no Novo Testamento. Essas igrejas não tinham um status oficial, mas cresceram de forma orgânica e bíblica. Esta é a nossa visão.  

Este modelo de Dois Trilhos tem três chaves: 

1) Usar o treinamento como um filtro para encontrar um pequeno número de pessoas bem selecionadas; 

2) Negociar previamente com a igreja condições saudáveis para o desenvolvimento dessas pessoas, para que a igreja não interfira enquanto elas adotam um novo paradigma de ministério; 

3) Dar apoio contínuo de mentoria para aqueles que entram no ministério aos muçulmanos.

Trevor Larsen é professor, coach e pesquisador. Sente alegria em encontrar agentes apostólicos que Deus escolheu e os ajuda a maximizarem seus frutos por meio do compartilhamento de práticas frutíferas em grupos de irmãos-líderes. Mantém parceria com agentes apostólicos asiáticos há 20 anos, resultando em múltiplos movimentos em Povos Não Alcançados.

Extraído e condensado do livro Foco no Fruto! Estudos de Caso de Movimento & Práticas Frutíferas. Disponível para compra em www.focusonfruit.org.

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Sobre Movimentos

Um Modelo de Dois Trilhos para as Igrejas Existentes Alcançarem os Não Alcançados – Parte 1

Um Modelo de Dois Trilhos para as Igrejas Existentes Alcançarem os Não Alcançados – Parte 1

– Por Trevor Larsen & um Grupo Frutífero de Irmãos 

Nosso país é muito diversificado. Muitas áreas não têm crentes em Cristo. No entanto, em algumas regiões foram estabelecidas igrejas. Algumas dessas igrejas têm potencial para alcançar muçulmanos. No entanto, a maioria das igrejas, em grande parte (90 a 99%) estabelecidas em áreas muçulmanas, não têm acrescentado muçulmanos como crentes por anos. Elas, com frequência, temem uma reação se alguém vier a crer. Em muitas áreas de maioria muçulmana, as igrejas se agarram às tradições culturais cristãs. Não se conectam com os povos não alcançados em suas comunidades. As práticas culturais da igreja visível (“acima do solo”), e as reações a ela, tornam difícil a conexão com os muçulmanos. A cultura das igrejas acima do solo (“primeiro trilho”) difere muito da cultura ao seu redor. Isto aumenta os obstáculos sociais para os muçulmanos com fome espiritual. Propomos um modelo diferente: uma igreja de “segundo trilho”. Esta igreja subterrânea sai da mesma “estação”, mas se reúne em pequenos grupos e não é facilmente percebida pela comunidade. Pode uma igreja tradicional em uma área majoritariamente muçulmana iniciar uma igreja de “segundo trilho” (subterrânea)? Eles podem discipular muçulmanos em pequenos grupos, protegendo ao mesmo tempo o ministério de “primeiro trilho” da igreja? 

Muitos Projetos-Piloto Testando um Modelo de “Dois Trilhos” 

Em áreas nominalmente muçulmanas do país, a maioria do crescimento da igreja denominacional desacelerou ou retrocedeu nos últimos dez anos. Nesses mesmos dez anos, um modelo subterrâneo de multiplicação de pequenos grupos cresceu rapidamente entre povos não alcançados. 

Algumas igrejas nos pedem para treiná-las na multiplicação de pequenos grupos para alcançar muçulmanos, mas elas querem manter sua igreja existente, a de “primeiro trilho”. Temos pilotado um modelo de “Dois Trilhos” em vinte tipos diversos de igrejas em diferentes regiões. Quatro desses projetos-piloto finalizaram um período de quatro anos de projeto-piloto. Este capítulo apresenta a primeira de quatro experiências com o modelo “Dois Trilhos””. Outras informações e os outros três experimentos podem ser encontrados no livro Foco no Fruto! Veja a nota final para detalhes.

Estudo de Caso: Nossa Primeira Igreja de Dois Trilhos

Zaul completou um projeto-piloto de quatro anos de “Dois Trilhos” em uma área de 90% de muçulmanos. Esta área possui muitos muçulmanos nominais e também muitos fundamentalistas. Zaul explica o que eles aprenderam com este primeiro modelo de “Dois Trilhos”.

  1. Seleção Cuidadosa da Igreja e dos Aprendizes 

Um bom modelo requer seleção. Queríamos começar com igrejas com chances de sucesso, então escolhemos cuidadosamente. Escolhi a Igreja A para um projeto-piloto porque o idoso pastor expressou grande interesse em fazer a ponte entre o ministério e os muçulmanos. A Igreja A é parte de uma denominação da Europa, mas incluiu alguns traços da cultura local. Eles usam a língua local para o culto, embora sejam muito parecidos com as igrejas na Europa. Cinquenta e um anos após seu início, esta igreja tinha 25 famílias frequentando regularmente. 

Eu tinha conhecido o pastor da Igreja A há muitos anos. Tivemos muitos grupos pequenos se multiplicando na área ao redor de sua igreja, começando pelos obreiros de nossa equipe missionária local. O pastor gostava dos frutos de nosso ministério, e queria aprender conosco como alcançar os muçulmanos. 

  1. Memorando de Entendimento

Como este pastor demonstrou interesse, começamos a discutir os termos de nossa parceria. Escrevemos o que tínhamos acordado em um Memorando de Entendimento. Senti que uma carta de acordo diminuiria os mal-entendidos e tornaria mais provável o sucesso. Assim, assinamos um Memorando de Entendimento entre nossa equipe missionária e o pastor da igreja, descrevendo os papéis das duas partes na parceria. 

Primeiro, a igreja concordou em fornecer dez aprendizes dispostos a serem “enviados” para ministrar aos muçulmanos da comunidade.  Discutimos os critérios que eles deveriam usar ao selecionar os aprendizes para que tivessem mais chances de sucesso no ministério com os muçulmanos. A igreja prometeu um local de treinamento, orçamento para alimentação e o apoio total do pastor. O pastor também convidou alguns outros pastores de área para o treinamento.

Em segundo lugar, a igreja concordou que a direção de campo seria feita por nossa equipe. O papel do pastor com os aprendizes se limitava a uma supervisão ampla. Ele concordou em não interferir nas decisões da nossa equipe missionária sobre o ministério de campo. Também concordou que os padrões de ministério da igreja existente não precisavam ser seguidos por seus aprendizes em seu ministério com os muçulmanos. Concordaram que o foco do modelo do “segundo trilho” seria nos muçulmanos não crentes fora da igreja atual. O trilho subterrâneo da igreja seria livre para operar com padrões de contexto. 

A igreja concordou que qualquer fruto entre os muçulmanos que viesse desta parceria seria mantido separado, em pequenos grupos, como uma igreja “segundo trilho”. Os novos crentes não seriam misturados com os da igreja acima do solo. Isto era para proteger os novos crentes de serem ocidentalizados, bem como para protegê-los de uma reação contra a igreja por parte de fundamentalistas.

Em terceiro lugar, nós, a equipe missionária, concordamos em fornecer treinamento por um período de um ano. Prometemos dar treinamento e orientação aos que atuam no ministério. Concordei em ser o facilitador do treinamento. Fornecemos o orçamento para os materiais de treinamento. Também concordamos em fornecer orientação por um período de quatro anos para os aprendizes mais ativos.  

Em quarto lugar, nós, a equipe missionária, concordamos em fornecer um percentual dos fundos para que o trilho subterrâneo da igreja realizasse ministérios de desenvolvimento comunitário durante o primeiro ano. Integramos nosso trabalho de desenvolvimento comunitário com nosso modelo de multiplicação de pequenos grupos de crentes. A igreja concordou em bancar qualquer despesa de subsistência ou de viagem dos obreiros de campo, assim como um percentual do orçamento de desenvolvimento comunitário. 

Em quinto lugar, seria feito um relatório a cada três meses. Isto incluiria finanças, frutos ministeriais e desenvolvimento do caráter dos aprendizes. 

Minha amizade de longa data com o pastor permitiu que esta parceria fosse iniciada e se fortalecesse. Os dois trilhos foram projetados para produzir duas igrejas separadas, que teriam aparência muito diferentes, mas com uma liderança comum. A igreja concordou que os aprendizes me forneceriam dados sobre seus frutos como facilitadores, e que eles não interfeririam. Como facilitador, concordei em fornecer um resumo dos dados sobre os frutos aos líderes da igreja. Eles, por sua vez, concordaram que não divulgariam os dados à igreja nem os relatariam em sua comunidade.

Na Parte 2 deste artigo compartilharemos os frutos que Deus trouxe em quatro anos de aplicação do modelo de dois trilhos, juntamente com os obstáculos que enfrentamos e nossa visão para o futuro.

Trevor Larsen é professor, coach e pesquisador. Sente alegria em encontrar agentes apostólicos que Deus escolheu e os ajuda a maximizarem seus frutos por meio do compartilhamento de práticas frutíferas em grupos de irmãos-líderes. Mantém parceria com agentes apostólicos asiáticos há 20 anos, resultando em múltiplos movimentos em Povos Não Alcançados.

Extraído e condensado do livro Foco no Fruto! Estudos de Caso de Movimento & Práticas Frutíferas. Disponível para compra em www.focusonfruit.org.

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Rendidos: Movimentos iniciam movimentos no Médio Oriente

Rendidos: Movimentos iniciam movimentos no Médio Oriente

– Por “Harold” e William J. Dubois 

Quando a mensagem criptografada apareceu no meu telefone, fiquei atônito com sua simplicidade e ousadia, e constrangido novamente com as palavras de “Harold”, meu querido amigo e parceiro no Oriente Médio. Apesar de ser um ex-Imã, terrorista da Al Qaeda e líder talibã, seu caráter foi radicalmente transformado pelo poder perdoador de Jesus. Eu confiaria a Harold minha família e minha própria vida – e confiei. Juntos lideramos uma rede de movimentos de igrejas domésticas em mais de 100 países, chamada Família de Igrejas Antioquia. 

Eu havia enviado a Harold uma mensagem no dia anterior, perguntando se algum dos nossos ex-muçulmanos, agora irmãos e irmãs seguidores de Jesus que vivem no Iraque, estaria disposto a ajudar a resgatar yazidis. Ele respondeu:

“Irmão, Deus já tem falado a nós sobre isso há vários meses, a partir de Hebreus 13:3 (NVI) 

‘Lembrem-se… dos que estão sendo maltratados, como se fossem vocês mesmos que o estivessem sofrendo no corpo.’ Você está disposto a estar conosco no resgate de cristãos perseguidos e de minorias yazidi do Estado Islâmico?” 

O que eu poderia dizer? Nos últimos anos, nossa amizade se havia consolidado em um profundo compromisso de percorrer o mesmo caminho com Jesus e de trabalhar juntos para cumprir a Grande Comissão. Estávamos trabalhando febrilmente para treinar líderes que multiplicassem nossa entrega apaixonada a Jesus, levando Sua mensagem de amor às nações. Agora Harold estava pedindo a mim para dar outro passo, mais profundo, para resgatar pessoas da escravidão ao pecado e aos crimes horríveis do Estado Islâmico. 

Eu respondi: “Sim, Irmão, estou pronto. Vamos ver o que Deus vai fazer.”

Em poucas horas, equipes de plantadores de igrejas locais do Oriente Médio, treinados e experientes, se voluntariaram para deixar seus postos para fazer o que fosse necessário para resgatar essas pessoas do Estado Islâmico. O que descobrimos mudou nossos corações para sempre. 

Deus já estava trabalhando! Destroçados pelas ações demoníacas e bárbaras dos terroristas do Estado Islâmico, os yazidis começaram a encher nossos locais secretos subterrâneos, que chamamos de “Campos de Refugiados Comunidade da Esperança”. Mobilizamos equipes de seguidores locais de Jesus para fornecer assistência médica gratuita, aconselhamento em cura de traumas, água potável, abrigo e proteção. Foi um movimento de igrejas domésticas seguidoras de Jesus, que viviam sua fé para impactar outras pessoas. 

Descobrimos também que os melhores obreiros vinham de igrejas domésticas próximas. Eles conheciam a língua e a cultura, e tinham o coração pulsante do evangelismo e da plantação de igrejas. Enquanto outras ONGs que se registraram junto ao governo tiveram que restringir sua mensagem de fé, nossos esforços não formais baseados na igreja eram cheios de orações, leituras das Escrituras, curas, amor e cuidados! E porque nossos líderes de equipe haviam sido generosamente perdoados por Jesus, eles viviam completamente rendidos e cheios de coragem e ousadia. 

Logo começaram a chegar cartas: 

Sou de uma família yazidi. Há muito tempo a condição do meu país tem sido precária por causa da guerra. Mas agora se agravou por causa do Estado Islâmico. 

No mês passado, eles atacaram nossa aldeia. Mataram muitas pessoas e me sequestraram junto com outras meninas. Muitos deles me estupraram, me trataram como um animal e me bateram quando eu não obedecia às ordens deles. Eu implorava: “Por favor, não me façam isso”, mas eles riam e diziam: “Você é nossa escrava”. Eles mataram e torturaram pessoas, muitas pessoas, na minha frente.

Um dia eles me levaram para outro lugar para me vender. Minhas mãos estavam amarradas e eu gritava e chorava enquanto nos afastávamos dos homens que me venderam. Após 30 minutos, os compradores disseram: “Querida Irmã, Deus nos enviou para resgatar as meninas yazidi destas pessoas más”. Então vi que havia 18 garotas que eles haviam comprado. 

Quando chegamos ao acampamento Comunidade da Esperança, entendemos que Deus enviou Seu povo para nos salvar. Soubemos que as esposas desses homens entregaram suas joias de ouro e pagaram para que fôssemos libertas. Agora estamos a salvo, aprendendo sobre Deus e tendo uma vida boa. 

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(De um líder de um de nossos Campos de Refugiados Comunidade da Esperança).

Muitas famílias yazidi aceitaram Jesus Cristo e pediram para se juntar aos nossos líderes para trabalhar e servir seu próprio povo. Isto é muito bom porque eles podem compartilhar com eles de sua própria maneira cultural. Hoje, como seguidores de Jesus, estamos orando pelo povo afetado para que Deus supra suas necessidades e os proteja dos combatentes islâmicos. Por favor, junte-se a nós em oração. 

Um milagre tinha começado. Um movimento de seguidores de Jesus de nações próximas, agora rendidos – todos anteriormente aprisionados pelo Islã –, haviam sido libertos de seus próprios pecados para viver para Jesus como seu Salvador. Estavam dando suas vidas para salvar outros. Agora, um segundo movimento de seguidores de Jesus tinha começado entre os yazidis. 

Como isso pôde acontecer? Como escreveu D.L. Moody: “O mundo ainda está para ver o que Deus pode fazer com um homem plenamente consagrado a ele. Com a ajuda de Deus, eu almejo ser esse homem”. 

 

“Harold” nasceu em uma família islâmica, criado e educado para ser um jihadista radical e Imã. Após sua conversão radical a Jesus, Harold usou sua educação, influência e capacidade de liderança para fazer crescer um movimento de seguidores de Jesus. Agora, mais de 20 anos depois, Harold ajuda a mentorear e a liderar uma rede de movimentos de igrejas domésticas entre povos não alcançados. 

“William J Dubois” trabalha em áreas altamente sensíveis, nas quais o evangelho está em poderosa expansão. Ele e sua esposa passaram os últimos 25 anos, e mais, treinando novos crentes da colheita para crescerem em sua capacidade de liderança e multiplicarem igrejas domésticas entre povos não alcançados.

Este texto é de um artigo publicado na edição de janeiro-fevereiro de 2018 da Missão Fronteiras, www.missionfrontiers.org, páginas 36-37, e publicado nas páginas 192-195 do livro 24:14 – Um Testemunho para Todos os Povos, disponível em 24:14 ou na Amazon.

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Lançamento de um Movimento entre Muçulmanos: Melhor Estudo de Caso de Práticas – Igreja da Família Antioquia

Lançamento de um Movimento entre Muçulmanos: Melhor Estudo de Caso de Práticas – Igreja da Família Antioquia

Por William J. Dubois

Sou William J. Dubois, colíder da Igreja da Família Antioquia, uma aliança global de movimentos indígenas de plantação de igrejas. Ao longo dos últimos 30 anos, concentrámo-nos em construir a capacidade de liderança dos cristãos de primeira geração que vivem em países fechados e ajudá-los a aprender a multiplicar as igrejas domésticas. Hoje concentrar-me-iei no lançamento do movimento entre muçulmanos.

Durante os nossos primeiros 20 anos de trabalho, muitos dos nossos esforços foram recebidos com erros, erros e fracassos. No entanto, foi através de uma crise pessoal na minha própria vida que aprendemos a fazer ajustamentos que levariam a avanços. Em 2004, ajudei os líderes subterrâneos da igreja do Irão a aprender e a compreender 2 Timóteos. Depois deste treino ter terminado, fui envenenado por uma operação da Al-Qaeda e quase morri. Muitas pessoas rezaram por mim, e depois de dois meses e meio de consultas médicas e hospitalares a tentar determinar o que tinha acontecido, recuperei milagrosamente. Estou tão agradecida por isso!

Mas o poder da história veio mais tarde – muitos anos depois, na verdade. Coorganizei o treino de plantação de igrejas para líderes do Afeganistão, Iraque e Paquistão, e no início do nosso tempo juntos apresentámo-nos. Descobri que um dos transmissores da igreja tinha alguém designado o meu envenenamento!

Nessa altura, comecei a compreender que o movimento de multiplicação precisava mais do que apenas de linguagem intercultural e competências culturais. O poder da encarnação começa com a aprendizagem da alma humana. E neste caso, desenvolva uma compreensão profunda daqueles que são radicalizados para o mal. Deus pôs-me numa jornada para começar a entender o coração do que seria levado para iniciar um movimento entre muçulmanos.

Hoje, a mesma Família da Igreja de Antioquia tem 1.225 compromissos de movimentos em 748 línguas em 157 países. Há 2,3 milhões de igrejas com 42 milhões de adultos. O que Deus começou, dentro e entre nós, começa com a nossa frescura, os nossos erros, e os nossos mal-entendidos. Mas depois que o Senhor gentilmente nos permite aprender algumas ferramentas poderosas e princípios eficazes, avanços exponenais ocorreram.

Concentramo-nos em três prioridades. A primeira é salvar as pessoas da escravatura em crianças. A escravatura pode ser tráfico humano, mas é sempre um pecado. E era uma vida cheia de discriminação, dor e mágoa. Mas quando estabeleceram uma relação pessoal com Deus através de Jesus Cristo, tornaram-se filhos e filhas do Deus vivo, e herdeiros comuns. Assim, as nossas relações, mesmo com novos crentes, não são hierárquicas. É como uma família porque pedimos que sejam batizados em Jesus, e depois na Igreja, e depois no mundo. Nunca pedimos a ninguém que se junte à nossa cultura antes de encontrarem o nosso Salvador. Certificamo-nos de que se encontram primeiro com o nosso Salvador. Então juntos descobrimos como seria a igreja na sua própria cultura. Então, a primeira prioridade é salvar da escravatura para a sonship.

A segunda é capacitar as pessoas para trazerem os outros a Cristo. Deve ter ouvido o termo “procurar um homem de paz”. No nosso modelo, procuramos um homem ou uma mulher Influência. Chamamos-lhe modelo Cornelius, do capítulo 10 dos Atos. Pedimos a Deus que nos mostre pessoas que têm uma influência tremenda na sua aldeia ou na sua comunidade, ou no seu país. Ao trazer-lhes o evangelho, eles, por sua vez, têm a capacidade de espalhar as boas notícias a todos nas suas redes sociais. Então, assim como o Apóstolo Paulo pediu a Tito para estabelecer anciãos em cada igreja, pedimos a estes Cornelius que ajudassem a criar líderes e estabelecer anciãos em todas as igrejas. O nosso ministério, então, era de igreja em igreja. Não é uma organização para a igreja, mas uma igreja local que faz parceria com outra igreja tradicional para perguntar a Deus o que precisa ser feito e, em seguida, trabalhar em conjunto.

Então veio a nossa

terceira prioridade tripla . Segundo Timóteo 2:2 diz que as coisas que ouvimos de pessoas de confiança, devemos transmitir àqueles que podem partilhar com os outros. É uma multiplicação de três gerações. Descobrimos que se nos concentrarmos numa geração crescente de líderes, podemos multiplicar o movimento. O nosso treino de liderança baseia-se na obediência, não no conhecimento. Vou dar-lhe um exemplo. Há alguns anos, abrimos um novo ministério numa grande cidade, e encontramos alguém que se interessava por coisas espirituais. Um dos nossos trabalhadores começou a falar com eles, e logo perguntaram sobre Jesus. Mas antes de explicar as profundezas do Reino, pedimos ao homem para ir procurar cinco amigos.

O objetivo não é unir estes cinco amigos numa reunião da igreja, mas sim ter cada um deles guiado por este “Cornelius”. Estas cinco pessoas vão começar a partilhar com os seus cinco amigos em breve, e esses cinco amigos vão encontrar cinco deles. Então, desde o início, a multiplicação foi incorporada em todo o ministério.

Com estas três coisas – salvando, fortalecendo e multiplicando -, descobrimos que podemos aprender tanto com aqueles que acabaram de chegar a Cristo. Então, em vez de ensiná-los com declarações, começamos por fazer perguntas fortes. Aqui estão três perguntas que fizemos. Nós perguntamos”,Quem está espiritualmente com fome? Quando procuram espiritualmente? E onde estão espiritualmente atentos?” Tentamos encontrar os ritmos culturais e espirituais daqueles em que estamos a trabalhar.

Por exemplo, o fim de semana da Páscoa não será um dia sagrado para um muçulmano porque eles ainda não conhecem Jesus. Constatamos, de facto, que o Ramadão é o momento de calendário mais importante quando podemos partilhar boas notícias com os muçulmanos. Porquê? Porque é o mês em que procuram o Senhor. Não é o mesmo Deus. Eles não procuraram Jesus o Filho de Deus; Só estão a tentar encontrar uma maneira de obter crédito suficiente para que Deus os aceite. Então, em vez de apresentá-los às nossas férias primeiro, decidimos vir com eles, entender os seus ritmos espirituais, e rezar por aqueles que estão espiritualmente famintos. Descobrimos onde tinham fome e a que estavam atentos. Depois, através de uma conversa espiritual, podemos encontrar Cornelius. Pedimos-lhe que encontrasse os amigos e o processo de multiplicação começou.

Complementamos os nossos líderes com traduções da Bíblia ou versos-chave. Muitas vezes damos-lhes caixas Wi-Fi, por isso, carregando no botão, podem espalhar o filme JESUS ou parte do Novo Testamento, pelo menos na linguagem do comércio. Se o grupo de pessoas não estiver separado, fornecemos a mochila móvel da nossa equipa, para que, se estiverem nas aldeias, possam mostrar o filme de JESUS a até 300 pessoas. E damos-lhes muita formação sobre como começar conversas espirituais com as pessoas – para que as pessoas Quer conhecer o Senhor que pode salvá-los, capacitá-los e multiplicar a sua influência. Eles podem conhecer Deus, Jesus, que pode perdoá-los dos seus pecados.

No meio de tudo isto, descobrimos que se nos unirmos e rezarmos, se construirmos uma equipa para interceder, há imensas oportunidades nestes momentos. Há um dia especial, perto do fim do Ramadã (na verdade o 27º dia), chamado A Noite do Poder. Naquela noite, muitos muçulmanos em todo o mundo acreditavam que as suas orações levavam mil vezes o peso de outros dias. Naquela noite, pediram a Deus uma revelação sobre quem era. Pedem perdão a Alá pelos seus pecados, e pedem sonhos e visões. Então enviamos o nosso povo para dentro, para murk com aqueles que estão à procura de um Deus que eles não conhecem, para que possamos partilhar com Deus que nós Sabia que?

você, porque dentro para o

No dia 19 de maioEm 2020, mais de mil milhões de muçulmanos reúnem-se em casas para jejuar e rezar. Pela primeira vez desde 622 DC, as mesquitas foram fechadas, devido ao coronavírus. Rezaram nesta “Noite do Poder” pela revelação especial de “Deus” e pela remissão dos seus pecados. Ao mesmo tempo, mais de 38 milhões de seguidores de Jesus de 157 nações – todos ex-muçulmanos – ergueram as suas vozes em oração pedindo ao Verdadeiro e vivo Deus que se revelasse através de sinais, milagres, sonhos e visões aos muçulmanos em todo o mundo. Rezaram para que, pela primeira vez, através do poder do Espírito Santo, os muçulmanos entendessem a misericórdia, o amor e o perdão encontrados apenas em Jesus Cristo. E nesta “Uma Noite das Maravilhas”, Deus ouve as nossas orações.

Quando concordamos juntos na oração e vamos para a sala do trono do céu, pedimos a Jesus que interceda em nosso nome – para que tenhamos uma conversa espiritual no momento certo no lugar certo. Podemos esperar que coisas mágicas aconteçam. Quero contar-te a história que aconteceu este ano durante o Ramadão. Enviamos uma equipa de aldeia em aldeia durante este tempo, pedindo a Deus que nos desse uma porta aberta e abrisse os nossos corações. Uma equipa foi para um país (pedi desculpa por razões de segurança que não podia partilhar os detalhes do país), mas foram para uma aldeia onde ninguém o aceitou. Ninguém mostrou hospitalidade, ninguém abriu as portas.

No final, a equipa ficou muito desencorajada. Saíram da aldeia e sentaram-se debaixo de árvores e construíram fogueiras para que se aquecessem durante a noite. Eles começaram a rezar e perguntar a Deus o que fazer, pedindo uma maneira de fazer uma descoberta nesta aldeia. À medida que a noite ia passando, eles adormeceram. Logo acordaram e um dos líderes viu as chamas a virem na sua direção. Acontece que 274 pessoas com tochas de fogo nas mãos, caminharam na sua direção. A equipa estava inicialmente cheia de medo até que um deles disse: “Rezamos para que tenhamos a oportunidade de ir a esta aldeia e partilhar Jesus. Agora a aldeia virá até nós!

Pouco antes de conhecerem estas pessoas, uma das 274 pessoas adiantou-se e disse: “Não sabemos quem és, não sabemos de onde és, e não abrimos a nossa casa quando estiveste hoje na nossa aldeia. Mas esta noite, cada um de nós tem exatamente o mesmo sonho. E naquele sonho um anjo veio até nós e disse: “As pessoas que vêm à sua aldeia são as que têm a verdade. Tens de ir perguntar-lhes, e seguir o que eles dizem.”

É o momento: uma conversa espiritual com a pessoa certa, na hora certa, no lugar certo acontece. E antes do fim da noite, os 274 líderes da casa todos fizeram profissões de fé e abandonaram a sua religião para entrar. Relacionamento com Jesus. É o poder da oração e ter conversas espirituais no lugar certo.

Quero deixar-vos com mais uma história sobre o lançamento de um movimento entre muçulmanos. Não é da ideia de que um trabalhador ou missionário é quem deve fazer isto. Trata-se de equipar e construir um líder, Cornelius, que vai duplicar o trabalho. Há alguns meses, os líderes vieram ter comigo e disseram: “Sabes, não conseguimos chegar a certas aldeias e não há maneira de chegar a eles usando meios regulares. Por isso, rezámos, e sentimos que o Espírito Santo nos tinha pedido para pôr de lado uma equipa de pessoas que atravessariam o deserto e garantir que todos aqueles que não eram mais curtos, todos aqueles que não foram alcançados e intocáveis, ouviriam as boas notícias.”

Temos a oportunidade de lançar um movimento entre muçulmanos. Começa quando treinamos pessoas locais que vivem nas proximidades e estão perto da cultura. Encontrámos o Cornelius, investimos no homem, e ele ajudou-nos a perceber como mobilizar os amigos para contar aos amigos. Pode ser até ao deserto do Médio Oriente em camelos. Se capacitarmos as igrejas locais a assumir as responsabilidades que Deus lhes deu em vez de estarmos à frente, tornamo-nos Barnabas que sustentam os apóstolos e as pessoas que enviam. Por isso, diria que a nossa responsabilidade é dotar as pessoas de formação e de ferramentas e de criar confiança. Nomearam líderes e enviaram transmissores da igreja para multiplicar outros que depois partilhariam as boas notícias.

Em suma, penso que podemos ver desta forma o movimento de lançamento entre os muçulmanos. Primeiro, um livro cultural pode produzir um livro inovador Atos. Em segundo lugar, lançámos um movimento entre muçulmanos, adaptando as nossas conversas, para que as conversas sejam espiritualmente conduzidas com as pessoas certas, no momento certo, no lugar certo.

Pedimos às pessoas para serem batizadas em Jesus, e depois ajudá-las a descobrir como é a sua igreja, em vez de pedir às pessoas para encontrarem o seu caminho na nossa cultura da igreja. Precisamos também de pedir a Deus cornelius, um homem ou mulher influente, que usará a sua influência para multiplicar o Reino entre as relações que já têm. Quero encorajá-lo a lançar um movimento entre muçulmanos, procurar ferramentas, encontrar treino de qualidade e criar confiança. Uma igreja, ligada à igreja cultural mais próxima e próxima, para que juntos possam ir a pessoas inatingíveis, inalcançáveis e ver Cornelius multiplicar o Reino em parceria consigo. Deus te abençoe.

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Sobre Movimentos

Deus em Ação Durante a Pandemia

Deus em Ação Durante a Pandemia

– Por Jon Ralls 

Em meio à pandemia e incertezas, Deus ainda está trabalhando. Seu Espírito está movendo-se na vida de pessoas em todo o mundo.

 

Como as pessoas se encontram em casa, às vezes sozinhas e com perguntas, muitas buscam respostas para os desafios e emoções que estão sentindo. Um dos lugares para o qual as pessoas estão voltando-se em busca de respostas é a internet. O número de pessoas online – pesquisando no Google, vendo vídeos no YouTube, fazendo comentários no Facebook, e muito mais – continua a aumentar. O Facebook tem mais de 2 bilhões de usuários, e o YouTube é o segundo maior mecanismo de busca, atrás do Google (que é o proprietário do YouTube). Este aumento de usuários de mídias sociais também está ampliando as oportunidades para o ministério de mídia social e discipulado.

 

Deus está realmente abrindo portas para o evangelho para muitos que estão procurando.

 

De Um Vem Muitos

Deus abriu uma porta para o evangelho para Azzibidiin através de um anúncio evangelístico que ele viu nas mídias sociais. Ele respondeu ao anúncio e estava conectado a um fazedor de discípulos local chamado Bishara. Bishara tinha chegado à fé há um ano e compartilhava entusiasticamente sua fé com qualquer um que quisesse ouvir. Como resultado, 300-400 chegaram à fé, representando 30 comunidades de fé únicas. Bishara está sendo fortemente perseguido por sua fé, mas tem mantido sua mão no arado e está atualmente discipulando e fornecendo capacitação ao Azzibidiin para o ministério.

 

Você Não Está Só 

Para estudantes universitários em uma região asiática, Deus abriu uma porta para o evangelho através de videoclipes do Filme Jesus, usados em uma campanha publicitária de mídia social. Um estudante respondeu a um anúncio com uma mensagem que dizia: “Eu pensava que era a única pessoa que se sentia tão sozinha durante a pandemia, mas ouvi falar de vocês, cristãos, e de seu amor por nós”. Este estudante não foi o único a ouvir o amor de Cristo. Pelo menos três pessoas aceitaram Cristo depois de responder a estes anúncios.

Uma campanha publicitária perguntou: “Que tipo de oração você pediria a Deus para responder?”. Centenas de estudantes responderam com afirmações como “Deus, por favor, me perdoe”. “Deus, por favor, me ajude com as coisas que me fazem ter medo”. “Deus, por favor, traga-me alguém que me entenda e me ame”. “Deus, por favor, mostre-me que escolhas devo fazer”.

 

O Alcance do Não Alcançado

As mídias sociais estão permitindo que muitos em áreas não alcançadas se conectem com aqueles que podem compartilhar as boas novas. Por exemplo, uma página de ministério no Facebook ganhou mais de 1.800 seguidores de um grupo não-alcançado no Sudeste Asiático. Os cristãos locais têm-se conectado com os interessados no evangelho, e pelo menos uma pessoa já foi batizada.



Não É Uma Coincidência

Por meio do uso de anúncios direcionados e conteúdo orgânico (não pago), pessoas estão ouvindo falar de Jesus. Em um país que é 99,9% muçulmano, esta mensagem chegou a uma equipe que usa os meios de comunicação de massa para encontrar os buscadores: “Em todo lugar no Facebook, Instagram e YouTube eu sempre me deparei com coisas sobre Jesus e assim por diante. Não acho que isto possa ser uma coincidência. Fico pensando se… eu posso acreditar em Jesus. Pergunto-me se posso ver um milagre”.

 

Tempos e Ferramentas Extraordinários

Desde o início da Igreja, as pessoas têm compartilhado as boas novas. Compartilhamos a esperança dentro de nós enquanto interagimos com as pessoas ao longo do dia em nosso trabalho, nas escolas e em outros lugares. Com o poder e a escala da internet, agora temos ferramentas e tecnologia que nos permitem chegar a locais distantes, 24 horas por dia. Mesmo enquanto dormimos, o Espírito de Deus está trabalhando, atraindo buscadores para aqueles que podem compartilhar sobre Seu Filho, Jesus Cristo.

O alcance digital não substitui que vivamos pessoalmente uma vida missionária, mas permite um paradigma de ministério radicalmente diferente à medida que os buscadores alcançam os obreiros cristãos. Estes buscadores estão contatando pessoas que podem iniciar uma conversa com eles (tanto online quanto offline), o que pode, em última instância, levar a um discípulo que possa fazer discípulos.

 

Não é Uma Solução Mágica

O alcance digital não é uma solução mágica. Não podemos simplesmente fazer um anúncio pago e esperar que milhares sejam salvos. É necessária muita estratégia, treinamento e reflexão para aproveitar melhor estas oportunidades digitais. Mas, com aqueles que estão na área, essa poderosa ferramenta pode ser usada para a glória de Deus e o avanço de seu reino.

Se você estiver curioso ou quiser começar a encontrar buscadores por meio da mídia de massa, vários ministérios oferecem treinamento e fornecem recursos para obreiros cristãos que utilizam essa mídia. Alguns são:

 

Mídia para Movimentos – A equipe Mídia para Movimentos capacita os discipuladores em estratégias de mídia para identificar e engajar buscadores espirituais que acelerem um movimento para reproduzir discípulos. Fornecem treinamento e orientação desde os primeiros passos até a divulgação contínua. www.Mediatomovements.org

 

Treinamento do Reino – Este grupo tem feito divulgação digital há anos e dispõe de vários cursos excelentes para ajudar as pessoas a começar. www.Kingdom.training

 

Missão Mídia U – MMU é uma plataforma de treinamento online mentoreado, projetada para ajudar os seguidores de Cristo a serem mais eficazes na formação de discípulos e no estabelecimento de igrejas, utilizando a mídia, a história e uma tecnologia inovadora. www.missionmediau.org/foundations-of-media-strategy

 

Kavanah Mídia – Especializados em ajudar equipes missionárias e igrejas a encontrarem buscadores em seu contexto. Especializados em treinamento, criação de mídia, gerenciamento de campanhas e orientação, trabalham com ministérios para aproveitar ao máximo seu orçamento publicitário. Também hospedam um podcast semanal de divulgação na mídia: “Christian Media Marketing”. www.Kavanahmedia.com 

 

Uma cooperação entre Mídia para Movimentos, Treinamento do Reino e Missão Media U reuniu um grande vídeo, que reflete sobre como o trabalho destas equipes está avançando. Assista ao vídeo What Is Media Outreach? para ver um grande exemplo de colaboração.

 

Na estratégia que os grupos acima usam, tudo começa com o fim em mente: reproduzir discípulos. A pesquisa informada, criativa e culturalmente sensível ao conteúdo da mídia, que oferece vídeos e postagens de mídia social, combinados com marketing estratégico, convida as pessoas a explorarem e a responderem às Escrituras. Oro para que possamos olhar para estes tempos e, como os homens de Issacar (1 Cr 12:32), compreender os tempos e usar todos os meios possíveis para que todos possam saber do amor, sacrifício e perdão de Cristo.